Concepções e práticas de professores de matemática: contributos para o estudo da pergunta
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1996 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.19/1145 |
Resumo: | Os alunos têm uma participação diferenciada nas aulas consoante as perguntas formuladas pelos professores. As perguntas de asserção e as enfatizantes, que funcionam como apoio ao discurso do professor, visam ganhar a atenção dos alunos para aquilo que está a ser dito. As perguntas teste levam a uma participação individualizada dos alunos, que não sentem necessidade de cooperarem uns com os outros. As perguntas convergentes conduzem a reacções diferentes dos alunos se são colocadas a toda a turma ou a grupos particulares. No primeiro caso, tendem a induzir uma resposta imediata e, por vezes, pouco reflectida, enquanto que no segundo, as perguntas convergentes induzem os alunos a dialogarem uns com os outros. As perguntas divergentes originam, nos alunos, reacções diferentes consoante as situações. As mais frequentes são a discussão entre os alunos e os silêncios (quando a pergunta é pouco clara). Estas perguntas surgem, normalmente, associadas aos momentos de discussão dos problemas. A relação entre as concepções dos professores — sobre o ensino e a aprendizagem da Matemática — e as práticas da aula (em relação ao uso que aqueles fazem da pergunta) é dialéctica, isto é, trata-se de uma relação de mútua influência. No entanto, é de assinalar uma apreciável consistência entre o tipo de perguntas a que o professor recorre e as suas concepções sobre o ensino e a aprendizagem da disciplina. A elevada frequência das perguntas, no discurso do professor, é consentânea com a importância que lhe atribuem. Na relação entre as concepções e as práticas, é de sublinhar a influência de factores de carácter social e do nível de reflexão dos professores. |
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