Relação e cuidados filiais na velhice: contributos da ansiedade filial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Faria, Carla
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/3716
Resumo: Uma das consequências de uma sociedade envelhecida é a crescente necessidade de cuidado- res, particularmente cuidadores informais. A investigação sugere que as necessidades de cuidados dos adultos mais velhos estão a tornar-se cada vez mais uma responsabilidade dos filhos adultos. Neste contexto, conceitos como maturidade filial e ansiedade filial são muito uteis pois permitem compreender as transformações que ocorrem na relação pais envelhecidos-filhos adultos. A inves- tigação neste âmbito tem reunido evidências que sugerem a relevância da ansiedade filial para os cuidados filiais, na medida em que desempenha um papel importante na disponibilidade e qualida- de do cuidado proporcionado, pois pode, antecipadamente, condicionar a capacidade do cuidador informal para cuidar. O presente estudo tem como objectivos (1) avaliar a ansiedade filial em filhos adultos portugueses de meia-idade e (2) explorar a sua relação com características destes cuida- dores informais. Participam no estudo 130 adultos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 35 e os 64 anos (M = 50.25; DP = 7.97) e com pelo menos um familiar idoso vivo, avalia- dos com a Escala de Ansiedade Filial. Os resultados sugerem que as mulheres apresentam níveis mais elevados de ansiedade filial, assim como os adultos menos instruídos. Estes resultados vão no mesmo sentido dos da literatura internacional no domínio, o que parece reforçar o papel da ansie- dade filial na qualidade das relações filiais na vida adulta, particularmente ao nível dos cuidados filiais na velhice, com fortes implicações para os cuidadores informais e os idosos. ABSTRACT: One of the consequences of an aging society is the growing need for caregivers, particularly informal caregivers. Research suggests that older adults care needs are becoming increasingly a responsibility of adult children. In this context, concepts such as filial maturity and filial anxiety are very useful because they allow us to understand the changes that occur in the relationship aged par- ents-adult children. Research in this field has gathered evidence that suggest the relevance of filial anxiety for filial care, as it plays an important role in the availability and quality of care provided and it may in advance constrain the ability of the caregiver to provide care. In this context, this study aims to (1) assess filial anxiety in middle-aged Portuguese adult children and (2) explore the rela- tionship of filial anxiety with characteristics of the informal caregivers. Participated in the study 130 adults, aged between 35 and 64 years (M = 50.25, SD = 7.97), with at least one elderly living rela- tive, that were assessed with the Filial Anxiety Scale. The results suggest that women have higher levels of filial anxiety, as well as the less educated adults. These results go in the same direction of the international literature in the field, which seems to strengthen the role of filial anxiety in the qual- ity of filial relationship in adulthood, with strong implications for informal caregivers and for the eld- erly.
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