Longevidade e cuidados filiais: um estudo com potenciais cuidadores informais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Rita Maria da Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/2251
Resumo: Contexto e objetivos. O aumento significativo da população idosa comparativamente a outras faixas etárias e da longevidade estão a tornar-se caraterísticas das sociedades a nível mundial, sendo que se espera que nos próximos 20 anos o envelhecimento da população seja ainda mais acentuado (Neri, 2002). O envelhecimento demográfico e a longevidade colocam desafios a governos e sociedades, nomeadamente com o aumento da longevidade emergem as fragilidades comuns das idades mais avançadas. Face ao acentuado envelhecimento da população verifica-se uma insuficiência do número de respostas sociais atendendo às necessidades desta faixa etária. Assim sendo, perante este cenário as famílias enfrentam novos desafios relacionados com os cuidados aos familiares que envelhecem (Neri, 2002). Com o aumento da longevidade, os filhos são cada vez mais responsáveis por proporcionar cuidados aos pais envelhecidos, sendo estes cuidados designados de cuidados filiais (Cicirelli, 1993). Nas famílias, a responsabilidade pelo cuidado geralmente recai sobre um único membro, designado de cuidador principal, que geralmente é do sexo feminino (esposa, filha ou nora), na meia-idade, com baixo nível de escolaridade e casada (Antunes, 2009). Enquanto processo, cuidar entende-se como o suporte físico, financeiro e/ou emocional que os membros da família proporcionam a outros (Aldous, 1994). Quando os filhos da meia-idade percecionam que os pais poderão necessitar de cuidados, vivenciam um estado de preocupação antecipada relativamente à sua capacidade para cuidar e ao declínio, e consequente, perda dos pais. Este estado de preocupação foi designado por Cicirelli (1988) como Ansiedade Filial e entende-se como a preocupação perante a capacidade de responder às necessidades de cuidados ou um estado de preocupação antecipada dos filhos perante o declínio e a morte dos pais idosos. Este estado de ansiedade desempenha um papel importante na disponibilidade e qualidade dos cuidados proporcionados. Em contraponto à Ansiedade Filial, surge a Maturidade Filial (Blenkner, 1965), decorrente da vivência da crise filial, em que os filhos adultos são desafiados a apoiar os pais motivados por sentimentos de amor e sentido de dever numa relação de reciprocidade e num contexto familiar favorável, percecionando-os como pessoas com potencialidade e limitações com uma história e necessidades próprias que estão para além do seu papel como progenitores/pais. Na mesma linha, Bengtson e Roberts (1991) propõem o Modelo de Solidariedade Intergeracional que assume que o comportamento de ajuda por parte dos filhos aos pais envelhecidos é entendido como solidariedade entre gerações. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivos: 1) avaliar vinculação, Maturidade Filial e Ansiedade Filial em filhos adultos potenciais cuidadores de pais idosos; 2) analisar a relação entre Ansiedade Filial e Maturidade Filial em filhos adultos na meia-idade; e 3) explorar diferenças na Ansiedade Filial e na Maturidade Filial em função do estilo de vinculação. Método. Neste estudo, quantitativo correlacional, participaram 144 potenciais cuidadores (filhos na meia-idade), com idades compreendidas entre os 35 a 60 anos, com pelo menos um dos pais vivos. A recolha de dados foi realizada com um protocolo de avaliação composto por: ficha sociodemográfica, Filial Maturity Measure (FMM; Birditt, Fingerman, Lefkowitz, & Dush, 2008, versão portuguesa de Mendonça & Fontaine, 2013), Escala de Vinculação do Adulto (EVA, Collins & Read, 1990, versão portuguesa de Canavarro, Dias, & Lima, 2006), e Escala de Ansiedade Filial (EAF, Cicirelli, 1988, versão portuguesa de Faria, Toipa, Lamela, Bastos & Cicirelli, 2012). Os dados foram analisados seguindo a tendência da investigação no domínio. Resultados. A maioria dos participantes é do género feminino (65.3%), casada (88.6%), com uma média de idade de 46.6 anos (dp=6.3) e escolaridade superior a 10 anos (39.6%). Não foram encontradas associações estatisticamente significativas entre a Ansiedade Filial (Total, A e B) e as caraterísticas sociodemográficas, tendo sido encontrada uma associação significativa entre uma das dimensões da Maturidade Filial (Compreensão) e escolaridade (r=0.20, p=0.018). O estilo de vinculação predominante foi o estilo de vinculação seguro, estando associado a um nível superior de escolaridade (r=0.22, p<0.01). No que se refere à associação entre variáveis, a Ansiedade Filial Total estava positiva e significativamente relacionada com a Compreensão (r=0.30, p<0.001) e o Distanciamento (r=0.34, p<0.01); a Ansiedade Filial A estava positiva e significativamente relacionada com o Distanciamento (r= 0.34, p<0.001) e a Ansiedade Filial B estava positiva e significativamente relacionada com a Compreensão (r=0.49, p<0.001). Além disso, verificaram-se diferenças estatisticamente significativas na Ansiedade Filial A e na Compreensão entre seguros e inseguros, com os participantes com vinculação segura a apresentar valores médios inferiores de Ansiedade Filial A (F(1.142)=6.42, p=0.012), e valores médios superiores de Compreensão (F(1.142)=9.13, p=0.003). Conclusão. Os resultados obtidos, globalmente, vão ao encontro do estabelecido no domínio. O presente estudo constitui um contributo relevante para a compreensão dos cuidados filiais, nomeadamente dos antecedentes do cuidar. Atendendo ao envelhecimento da população, os cuidados filiais têm ganho cada vez mais destaque. É importante que os Gerontólogos Sociais compreendam a dinâmica da relação filial para que a intervenção tenha em consideração os antecedentes de cuidar.
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Assim sendo, perante este cenário as famílias enfrentam novos desafios relacionados com os cuidados aos familiares que envelhecem (Neri, 2002). Com o aumento da longevidade, os filhos são cada vez mais responsáveis por proporcionar cuidados aos pais envelhecidos, sendo estes cuidados designados de cuidados filiais (Cicirelli, 1993). Nas famílias, a responsabilidade pelo cuidado geralmente recai sobre um único membro, designado de cuidador principal, que geralmente é do sexo feminino (esposa, filha ou nora), na meia-idade, com baixo nível de escolaridade e casada (Antunes, 2009). Enquanto processo, cuidar entende-se como o suporte físico, financeiro e/ou emocional que os membros da família proporcionam a outros (Aldous, 1994). Quando os filhos da meia-idade percecionam que os pais poderão necessitar de cuidados, vivenciam um estado de preocupação antecipada relativamente à sua capacidade para cuidar e ao declínio, e consequente, perda dos pais. Este estado de preocupação foi designado por Cicirelli (1988) como Ansiedade Filial e entende-se como a preocupação perante a capacidade de responder às necessidades de cuidados ou um estado de preocupação antecipada dos filhos perante o declínio e a morte dos pais idosos. Este estado de ansiedade desempenha um papel importante na disponibilidade e qualidade dos cuidados proporcionados. Em contraponto à Ansiedade Filial, surge a Maturidade Filial (Blenkner, 1965), decorrente da vivência da crise filial, em que os filhos adultos são desafiados a apoiar os pais motivados por sentimentos de amor e sentido de dever numa relação de reciprocidade e num contexto familiar favorável, percecionando-os como pessoas com potencialidade e limitações com uma história e necessidades próprias que estão para além do seu papel como progenitores/pais. Na mesma linha, Bengtson e Roberts (1991) propõem o Modelo de Solidariedade Intergeracional que assume que o comportamento de ajuda por parte dos filhos aos pais envelhecidos é entendido como solidariedade entre gerações. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivos: 1) avaliar vinculação, Maturidade Filial e Ansiedade Filial em filhos adultos potenciais cuidadores de pais idosos; 2) analisar a relação entre Ansiedade Filial e Maturidade Filial em filhos adultos na meia-idade; e 3) explorar diferenças na Ansiedade Filial e na Maturidade Filial em função do estilo de vinculação. Método. Neste estudo, quantitativo correlacional, participaram 144 potenciais cuidadores (filhos na meia-idade), com idades compreendidas entre os 35 a 60 anos, com pelo menos um dos pais vivos. A recolha de dados foi realizada com um protocolo de avaliação composto por: ficha sociodemográfica, Filial Maturity Measure (FMM; Birditt, Fingerman, Lefkowitz, & Dush, 2008, versão portuguesa de Mendonça & Fontaine, 2013), Escala de Vinculação do Adulto (EVA, Collins & Read, 1990, versão portuguesa de Canavarro, Dias, & Lima, 2006), e Escala de Ansiedade Filial (EAF, Cicirelli, 1988, versão portuguesa de Faria, Toipa, Lamela, Bastos & Cicirelli, 2012). Os dados foram analisados seguindo a tendência da investigação no domínio. Resultados. A maioria dos participantes é do género feminino (65.3%), casada (88.6%), com uma média de idade de 46.6 anos (dp=6.3) e escolaridade superior a 10 anos (39.6%). Não foram encontradas associações estatisticamente significativas entre a Ansiedade Filial (Total, A e B) e as caraterísticas sociodemográficas, tendo sido encontrada uma associação significativa entre uma das dimensões da Maturidade Filial (Compreensão) e escolaridade (r=0.20, p=0.018). O estilo de vinculação predominante foi o estilo de vinculação seguro, estando associado a um nível superior de escolaridade (r=0.22, p<0.01). No que se refere à associação entre variáveis, a Ansiedade Filial Total estava positiva e significativamente relacionada com a Compreensão (r=0.30, p<0.001) e o Distanciamento (r=0.34, p<0.01); a Ansiedade Filial A estava positiva e significativamente relacionada com o Distanciamento (r= 0.34, p<0.001) e a Ansiedade Filial B estava positiva e significativamente relacionada com a Compreensão (r=0.49, p<0.001). Além disso, verificaram-se diferenças estatisticamente significativas na Ansiedade Filial A e na Compreensão entre seguros e inseguros, com os participantes com vinculação segura a apresentar valores médios inferiores de Ansiedade Filial A (F(1.142)=6.42, p=0.012), e valores médios superiores de Compreensão (F(1.142)=9.13, p=0.003). Conclusão. Os resultados obtidos, globalmente, vão ao encontro do estabelecido no domínio. O presente estudo constitui um contributo relevante para a compreensão dos cuidados filiais, nomeadamente dos antecedentes do cuidar. Atendendo ao envelhecimento da população, os cuidados filiais têm ganho cada vez mais destaque. É importante que os Gerontólogos Sociais compreendam a dinâmica da relação filial para que a intervenção tenha em consideração os antecedentes de cuidar.Context and objectives. The significant increase in the elderly population compared to other age groups and the longevity are becoming characteristic of societies worldwide, and it is expected that in the next 20 years the aging of the population will be even more distinct (Neri, 2002). Demographic aging and longevity pose challenges to governments and societies, particularly with increasing longevity the common frailties of the more advanced ages emerge. Given the aging of the population there is an insufficient number of social responses to meet the needs of this age group. Thus, faced with this scenario, families face new challenges related to the caring of aging family members (Neri, 2002). With increasing longevity, their children are increasingly responsible for providing care for aging parents, these caregivers being designated as subsidiary care (Cicirelli, 1993). In families, the responsibility for providing care usually falls upon a single member designated as primary caregiver, who is usually female (wife, daughter or daughter-in-law), middle-aged, low-level of education and married (Antunes, 2009). As a process, caregiving is understood as the physical, financial and/or emotional support that family members provide to others (Aldous, 1994). When middle-aged children perceive that their parents may require care, experience a state of anticipated concern about their ability to care for and to decline, and consequent, loss of parents. This state of anticipated anxiety was designated by Cicirelli (1988) as Filial Anxiety, which is understood as the concern about the ability to meet the caring needs or a state of anticipated children's concern about the decline and death of their elderly parents. This state of Anxiety plays an important role in the availability and quality of care provided. In contrast to Filial Anxiety, Filial Maturity arises (Blenkner, 1965), due to the experience of the Filial crisis, in which adult children are challenged to support parents motivated by feelings of love and a sense of duty in a reciprocal relationship and in a supportive home environment, by perceiving them as people with potentialities and limitations with a history and needs of their own that are beyond their role as parents. In the same vein, Bengtson and Roberts (1991) propose the Intergenerational Solidarity Model, which assumes that the child's behavior of helping aged parents is understood as solidarity between generations. In this context, the present study has as objectives: 1) to evaluate Attachment, Filial Maturity and Filial Anxiety in potential adult caregivers of elderly parents; 2) to analyze the relationship between Filial Anxiety and Filial Maturity in adult children of middle age; and 3) explore differences in Filial Anxiety an Filial Matrity based on Attachment style. Method. In this quantitative correlation study, 144 potential caregivers (middle-aged children), aged between 35 and 60 years old, with at least one of their parents still alive, participated. The data collection was carried out with an evaluation protocol composed of: Socio-demographic record; Filial Maturity Measure (FMM; Birditt, Fingerman, Lefkowitz, & Dush, 2008, Portuguese version of Mendonça & Fontaine, 2013); Adult Attachament Scale (AAS, Collins & Read, 1990, portuguese version of Canavarro, Dias, & Lima, 2006), and Filial Anxiety Scale (FAS, Cicirelli, 1988, Portuguese version of Faria, Toipa, Lamela, Bastos & Cicirelli, 2012). The data was analyzed following the trend of research in the field. Results. The majority of participants were female (65.3%), married (88.6%), with an average age of 46.6 years old. (sd=6.3) and schooling superior to 10 years (39.6%). There were no statistically significant links between Filial Anxiety (Total, A and B) and sociodemographic characteristics, and a significant link was found between one of the dimensions of Filial Maturity (Comprehension) and schooling (r = 0.20, p = 0.018). The predominant attachment style was the secure attachment style, being associated with a higher level of schooling (r = 0.22, p <0.01). Regarding the link between variables, Total Filial Anxiety was positively and significantly related to Comprehension (r = 0.30, p <0.001) and Distancing (r = 0.34, p <0.01); (r = 0.34, p <0.001), and Filial Anxiety B was positively and significantly related to Comprehension (r = 0.49, p <0.001). In addition, there were statistically significant differences in Filial Anxiety A and in the Understanding between safe and unsafe, with participants with secure attachment, presenting lower mean values of Filial Anxiety A, (F (1,142) = 6.42, p = 0.012), and higher mean values of Comprehension (F (1,142) = 9.13, p = 0.003). Conclusion. The results obtained, in general, meet the established in the field. The present study constitutes a relevant contribution to the understanding of the filial care, namely the caring background. In view of the aging of the population, the care of subsidiaries has gained increasing prominence. It is important that Social Gerontologists understand the dynamics of the filial relationship so that the intervention is carried out taking into account the caring background.2019-11-18T09:41:06Z2019-06-19T00:00:00Z2019-06-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/2251TID:202302547porLima, Rita Maria da Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-14T07:40:24Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/2251Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:43:21.920597Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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Nas famílias, a responsabilidade pelo cuidado geralmente recai sobre um único membro, designado de cuidador principal, que geralmente é do sexo feminino (esposa, filha ou nora), na meia-idade, com baixo nível de escolaridade e casada (Antunes, 2009). Enquanto processo, cuidar entende-se como o suporte físico, financeiro e/ou emocional que os membros da família proporcionam a outros (Aldous, 1994). Quando os filhos da meia-idade percecionam que os pais poderão necessitar de cuidados, vivenciam um estado de preocupação antecipada relativamente à sua capacidade para cuidar e ao declínio, e consequente, perda dos pais. Este estado de preocupação foi designado por Cicirelli (1988) como Ansiedade Filial e entende-se como a preocupação perante a capacidade de responder às necessidades de cuidados ou um estado de preocupação antecipada dos filhos perante o declínio e a morte dos pais idosos. Este estado de ansiedade desempenha um papel importante na disponibilidade e qualidade dos cuidados proporcionados. Em contraponto à Ansiedade Filial, surge a Maturidade Filial (Blenkner, 1965), decorrente da vivência da crise filial, em que os filhos adultos são desafiados a apoiar os pais motivados por sentimentos de amor e sentido de dever numa relação de reciprocidade e num contexto familiar favorável, percecionando-os como pessoas com potencialidade e limitações com uma história e necessidades próprias que estão para além do seu papel como progenitores/pais. Na mesma linha, Bengtson e Roberts (1991) propõem o Modelo de Solidariedade Intergeracional que assume que o comportamento de ajuda por parte dos filhos aos pais envelhecidos é entendido como solidariedade entre gerações. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivos: 1) avaliar vinculação, Maturidade Filial e Ansiedade Filial em filhos adultos potenciais cuidadores de pais idosos; 2) analisar a relação entre Ansiedade Filial e Maturidade Filial em filhos adultos na meia-idade; e 3) explorar diferenças na Ansiedade Filial e na Maturidade Filial em função do estilo de vinculação. Método. Neste estudo, quantitativo correlacional, participaram 144 potenciais cuidadores (filhos na meia-idade), com idades compreendidas entre os 35 a 60 anos, com pelo menos um dos pais vivos. A recolha de dados foi realizada com um protocolo de avaliação composto por: ficha sociodemográfica, Filial Maturity Measure (FMM; Birditt, Fingerman, Lefkowitz, & Dush, 2008, versão portuguesa de Mendonça & Fontaine, 2013), Escala de Vinculação do Adulto (EVA, Collins & Read, 1990, versão portuguesa de Canavarro, Dias, & Lima, 2006), e Escala de Ansiedade Filial (EAF, Cicirelli, 1988, versão portuguesa de Faria, Toipa, Lamela, Bastos & Cicirelli, 2012). Os dados foram analisados seguindo a tendência da investigação no domínio. Resultados. A maioria dos participantes é do género feminino (65.3%), casada (88.6%), com uma média de idade de 46.6 anos (dp=6.3) e escolaridade superior a 10 anos (39.6%). Não foram encontradas associações estatisticamente significativas entre a Ansiedade Filial (Total, A e B) e as caraterísticas sociodemográficas, tendo sido encontrada uma associação significativa entre uma das dimensões da Maturidade Filial (Compreensão) e escolaridade (r=0.20, p=0.018). 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