A resposta ao stress - Ponto de vista fisiopatológico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/81889 |
Resumo: | Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina |
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A resposta ao stress - Ponto de vista fisiopatológicoStress response - pathophysiology point of viewStressResposta ao stressResiliênciaFisiopatologiaStressStress responseResiliencePhysiopathologyTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: O stress é uma resposta fisiológica que pretende restabelecer a homeostasia quebrada pela ação de stressores internos ou externos. Em situações agudas e face a níveis moderados de stress este contribui para a sobrevivência do indivíduo e para o desenvolvimento de mecanismos adaptativos, verificando-se o oposto em situações de stress crónico, que acarretam consequências para o seu bem-estar. A resistência face ao stress (resiliência) sofre uma forte variabilidade interindividual, para a qual contribuem diferentes mecanismos de coping. Tendo em conta a crescente prevalência de níveis excessivos de stress e das patologias associadas, este trabalho tem por objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre os principais mecanismos do stress, bem como sobre a resiliência individual e sugerir estratégias que sejam capazes de atenuar as suas consequências e potenciar respostas adaptativas.Materiais e métodos: Foram pesquisados artigos de revisão recentes nas bases de dados The Cochrane Library e PubMed e recorreu-se ao livro “Fisiopatologia – Fundamentos e Aplicações” de Anabela Mota Pinto.Resultados e discussão: A resposta ao stress tem um envolvimento multissistémico mas depende maioritariamente do sistema neuroendócrino, sobretudo do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal e respetivos glicocorticóides e do sistema nervoso central e autónomo, que contribuem para a sobrevivência numa fase aguda. No caso de exposições crónicas verifica-se uma desregulação destes mecanismos, o que cursa com uma hiperativação do referido eixo, com excessiva libertação de glicocorticóides e desregulação dos ritmos circadiano e ultradiano associados. Também a nível do sistema nervoso central se verificam alterações estruturais e funcionais, com aumento do volume e da ação da amígdala mas diminuição do tamanho do hipocampo e córtex pré-frontal. Estas são respostas não adaptativas e podem potenciar patologia no indivíduo, quer a nível mental (como depressão major e perturbação de stress pós-traumático), quer físico (como diabetes mellitus, hipertensão arterial e imunossupressão). Não obstante, nem todos os indivíduos submetidos a estes estímulos desenvolvem consequências na sua saúde, o que denota haver uma variabilidade interindividual na resiliência, influenciada por múltiplos fatores endógenos e exógenos. No sentido de atenuar ou prevenir estes efeitos negativos é essencial que se desenvolvam mecanismos de coping adequados, de entre os quais se está a estudar o efeito do mindfulness, das terapias cognitivo-comportamentais e de algumas terapias mente-corpo como a meditação e o yoga, que já mostraram contribuir para a atenuação do stress e da dor. Conclusão: Apesar de estudos mais extensos, aprofundados e uniformes serem necessários, algumas estratégias como o mindfulness e as terapias cognitivo-comportamentais têm mostrado benefícios na redução do stress, contribuindo para a atenuação das suas consequências e para a melhoria da qualidade de vida, mesmo em doenças como o cancro e esclerose múltipla, devendo assim incentivar-se a sua prática.Introduction: Stress is a physiological response that aims to restore homeostasis broken by the action of internal or external stressors. In acute situations and in the face of moderate levels of stress, this contributes to the survival of the individual and to the development of adaptive mechanisms. The opposite occurs in situations of chronic stress that have consequences for their well-being. Resistance to stress (resilience) suffers a strong interindividual variability, to which different coping mechanisms contribute. Taking into account the increasing prevalence of excessive levels of stress and associated pathologies, this work aims to perform a literature review on the main mechanisms of stress as well as on individual resilience and to suggest strategies that are able to mitigate the consequences of stress and enhance adaptive responses.Materials and methods: Recent review articles in the Cochrane Library and PubMed databases were searched and the book "Fisiopatologia – Fundamentos e Aplicações" by Anabela Mota Pinto was consulted.Results and discussion: The stress response has a multisystemic involvement but it mainly depends on the neuroendocrine system, especially the hypothalamic-pituitary-adrenal axis and its glucocorticoids and the central and autonomic nervous systems, which contribute to the survival in an acute phase. In the case of chronic exposures there is a deregulation of these mechanisms, with a hyperactivation of that axis, with excessive release of glucocorticoids and deregulation of the associated circadian and ultradian rhythms. Furthermore, in the central nervous system there are structural and functional changes, with an increase in the volume and action of the amygdala, but a decrease in the size of the hippocampus and prefrontal cortex. These maladaptive responses may potentiate pathology, either mental (such as major depression and posttraumatic stress disorder) or physical (such as diabetes mellitus, hypertension and immunosuppression). However, not all individuals undergoing these stimuli have health consequences which suggest an interindividual variability in resilience that is influenced by multiple endogenous and exogenous factors. In order to mitigate or prevent these negative effects it is essential to develop adequate coping mechanisms, among which one is studying mindfulness, cognitive-behavioral therapies and some mind-body therapies such as meditation and yoga, which have already shown some attenuation of stress and pain.Conclusion: Although more extensive, thorough and uniform studies are needed, some strategies such as mindfulness and cognitive-behavioral therapy have shown benefits in reducing stress, contributing to attenuation of its consequences and to the improvement of quality of life, even in diseases such as cancer and multiple sclerosis. Therefore their practice should be encouraged.2018-03-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/81889http://hdl.handle.net/10316/81889TID:202052036porBranco, Raquel Almeidainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T03:19:13Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/81889Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:03:54.222424Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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