Temor e insignificância: representações sociais da hanseníase para adolescentes com a doença

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marinho,Fabiana Drumond
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Nardi,Susilene Tonelli, Avellar,Luziane Zaccché, Coutinho,Gilma Corrêa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862019000100016
Resumo: Fundamentado pela Teoria das Representações Sociais, o estudo objetivou investigar e analisar as representações sociais da hanseníase para adolescentes com a doença, além de explorar o processo de objetivação relacionando-o aos contextos de produção das representações. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, realizada com 19 sujeitos em tratamento medicamentoso para a hanseníase com idade entre 12 e 18 anos. O material verbal foi analisado pelo software ALCESTE, que gerou cinco classes. Os resultados indicaram representações marcadas por afetos positivos e negativos acerca da doença, dinâmica que se confirma no conteúdo icônico das representações. A elaboração do núcleo figurativo do objeto hanseníase, para alguns participantes, apoiou-se na ideia de tranquilidade, despreocupação e cura; para outros, foi representado como uma doença assustadora e ameaçadora. Os dados indicaram também prevalência de conhecimentos oriundos do senso comum no que diz respeito à hanseníase, contribuindo para uma construção simbólica da doença alicerçada por crenças e hipóteses pessoais por parte de alguns entrevistados. Conclui-se, portanto, a necessidade de avanço das práticas profissionais para a valorização da dimensão psicossocial, assumindo a ação legítima não só do conhecimento científico, mas como de construção da realidade, em que a partir de um processo ativo sejam efetivados espaços de produção e transformação de representações arcaicas.
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