experiência do filme-ensaio em Sinfonia e Cacofonia e Cinemacidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral, Jefferson Bruno de Sousa
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://ojs.labcom-ifp.ubi.pt/doc/article/view/735
Resumo: Nossa sociedade contemporânea manifesta-se cada vez mais por meio de produtos audiovisuais de características difusas e polifônicas, capitadas e circuladas por uma quantidade inimaginável de câmeras e telas. Ao mesmo tempo atribuímos cotidianamente uma funcionalidade apropriativa a estas imagens e sons, especialmente quando distanciamos a sua origem do seu destino, ou seja, sempre que retiramos os tipos audiovisuais do seu contexto particular e os ressignificamos com um novo sentido (Bernardet, 1999a, 1999b, 2000, 2004). Este novo significado pode ser derivado de uma expressão ensaística do sujeito que, partindo de uma manifestação subjetiva imbricada na experiência pública, decide pensar e agir com as imagens e sons (Corrigan, 2015). No cinema, este movimento de apropriação audiovisual, em direção à ressignificação, encontra terreno próspero na produção dos filmes de arquivo e no campo do filme-ensaio (Teixeira, 2015). Este entendimento está presente na produção coletiva dos médias-metragens São Paulo: Sinfonia e Cacofonia (1994), de Jean-Claude Bernardet, e São Paulo: Cinemacidade (1994), de Aloysio Raulino, Marta Grostein e Regina Meyer, filmes de arquivo que utilizam pedaços de outros filmes para construir as suas narrativas históricas e poéticas sobre a cidade de São Paulo. Partindo da análise fílmica, pesquisa documental e discussão bibliográfica, este trabalho identificou os processos de ressignificação das imagens de arquivo do audiovisual brasileiro que serviram de material primário para a produção destes filmes-ensaio, que se traduzem como expressões ensaísticas dos autores e autoras para compor uma paisagem cinematográfica representacional da cidade de São Paulo. Dessa forma, a montagem se apresenta como estratégia central para a produção de discursos audiovisuais que medeiam os pontos de vistas dos artistas, as imagens de arquivo e a liberdade do espectador em prolongar o poder de ressignificação do filme com outras imagens e sons do mundo. O trabalho reconhece também que as inscrições de subjetividades presentes em São Paulo: Sinfonia e Cacofonia (1994) e São Paulo: Cinemacidade (1994) contribuem para o registro atual destes filmes na arqueologia do filme-ensaio no Brasil.
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Este entendimento está presente na produção coletiva dos médias-metragens São Paulo: Sinfonia e Cacofonia (1994), de Jean-Claude Bernardet, e São Paulo: Cinemacidade (1994), de Aloysio Raulino, Marta Grostein e Regina Meyer, filmes de arquivo que utilizam pedaços de outros filmes para construir as suas narrativas históricas e poéticas sobre a cidade de São Paulo. Partindo da análise fílmica, pesquisa documental e discussão bibliográfica, este trabalho identificou os processos de ressignificação das imagens de arquivo do audiovisual brasileiro que serviram de material primário para a produção destes filmes-ensaio, que se traduzem como expressões ensaísticas dos autores e autoras para compor uma paisagem cinematográfica representacional da cidade de São Paulo. Dessa forma, a montagem se apresenta como estratégia central para a produção de discursos audiovisuais que medeiam os pontos de vistas dos artistas, as imagens de arquivo e a liberdade do espectador em prolongar o poder de ressignificação do filme com outras imagens e sons do mundo. O trabalho reconhece também que as inscrições de subjetividades presentes em São Paulo: Sinfonia e Cacofonia (1994) e São Paulo: Cinemacidade (1994) contribuem para o registro atual destes filmes na arqueologia do filme-ensaio no Brasil.Nossa sociedade contemporânea manifesta-se cada vez mais por meio de produtos audiovisuais de características difusas e polifônicas, capitadas e circuladas por uma quantidade inimaginável de câmeras e telas. Ao mesmo tempo atribuímos cotidianamente uma funcionalidade apropriativa a estas imagens e sons, especialmente quando distanciamos a sua origem do seu destino, ou seja, sempre que retiramos os tipos audiovisuais do seu contexto particular e os ressignificamos com um novo sentido (Bernardet, 1999a, 1999b, 2000, 2004). Este novo significado pode ser derivado de uma expressão ensaística do sujeito que, partindo de uma manifestação subjetiva imbricada na experiência pública, decide pensar e agir com as imagens e sons (Corrigan, 2015). No cinema, este movimento de apropriação audiovisual, em direção à ressignificação, encontra terreno próspero na produção dos filmes de arquivo e no campo do filme-ensaio (Teixeira, 2015). 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Dessa forma, a montagem se apresenta como estratégia central para a produção de discursos audiovisuais que medeiam os pontos de vistas dos artistas, as imagens de arquivo e a liberdade do espectador em prolongar o poder de ressignificação do filme com outras imagens e sons do mundo. O trabalho reconhece também que as inscrições de subjetividades presentes em São Paulo: Sinfonia e Cacofonia (1994) e São Paulo: Cinemacidade (1994) contribuem para o registro atual destes filmes na arqueologia do filme-ensaio no Brasil.Nossa sociedade contemporânea manifesta-se cada vez mais por meio de produtos audiovisuais de características difusas e polifônicas, capitadas e circuladas por uma quantidade inimaginável de câmeras e telas. Ao mesmo tempo atribuímos cotidianamente uma funcionalidade apropriativa a estas imagens e sons, especialmente quando distanciamos a sua origem do seu destino, ou seja, sempre que retiramos os tipos audiovisuais do seu contexto particular e os ressignificamos com um novo sentido (Bernardet, 1999a, 1999b, 2000, 2004). Este novo significado pode ser derivado de uma expressão ensaística do sujeito que, partindo de uma manifestação subjetiva imbricada na experiência pública, decide pensar e agir com as imagens e sons (Corrigan, 2015). No cinema, este movimento de apropriação audiovisual, em direção à ressignificação, encontra terreno próspero na produção dos filmes de arquivo e no campo do filme-ensaio (Teixeira, 2015). Este entendimento está presente na produção coletiva dos médias-metragens São Paulo: Sinfonia e Cacofonia (1994), de Jean-Claude Bernardet, e São Paulo: Cinemacidade (1994), de Aloysio Raulino, Marta Grostein e Regina Meyer, filmes de arquivo que utilizam pedaços de outros filmes para construir as suas narrativas históricas e poéticas sobre a cidade de São Paulo. Partindo da análise fílmica, pesquisa documental e discussão bibliográfica, este trabalho identificou os processos de ressignificação das imagens de arquivo do audiovisual brasileiro que serviram de material primário para a produção destes filmes-ensaio, que se traduzem como expressões ensaísticas dos autores e autoras para compor uma paisagem cinematográfica representacional da cidade de São Paulo. Dessa forma, a montagem se apresenta como estratégia central para a produção de discursos audiovisuais que medeiam os pontos de vistas dos artistas, as imagens de arquivo e a liberdade do espectador em prolongar o poder de ressignificação do filme com outras imagens e sons do mundo. O trabalho reconhece também que as inscrições de subjetividades presentes em São Paulo: Sinfonia e Cacofonia (1994) e São Paulo: Cinemacidade (1994) contribuem para o registro atual destes filmes na arqueologia do filme-ensaio no Brasil.Nossa sociedade contemporânea manifesta-se cada vez mais por meio de produtos audiovisuais de características difusas e polifônicas, capitadas e circuladas por uma quantidade inimaginável de câmeras e telas. 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