SÍNDROME DO TÚNEL CÁRPICO: MAIS QUE MOVIMENTOS REPETITIVOS?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa,Diana
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532020000100015
Resumo: RESUMO Introdução/ enquadramento/objetivos: A síndrome do túnel cárpico (STC) é uma condição progressivamente dolorosa do punho e mão, causada pela compressão do nervo mediano, ao nível do túnel cárpico, na face anterior do punho. Existem vários fatores de risco conhecidos, como movimentos repetitivos, cargas, vibrações, diabetes ou gravidez, mas alguns autores consideram que em 50% dos casos a etiologia é idiopática. Esta revisão propõe-se a visualizar a STC além dos movimentos repetitivos, procurando fornecer uma perspetiva diferente ao relacioná-la com estilos de vida desadequados, como síndrome metabólica ou resistência à insulina. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa nas bases de dados EBSCO: CINAHL Plus, Nursing & Allied Health Collection, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Database of Abstracts of Reviews of Effects (DARE), MedicLatina, MEDLINE, PUBMED e RCAAP, realizada em Janeiro de 2020, considerando o que está descrito na literatura relativamente a síndrome do túnel cárpico e resistência à insulina ou síndrome metabólica. Conteúdo/ Discussão: Encontram-se uma série de estudos transversais ou de caso controlo, em que a STC está associada a alterações no metabolismo glicémico (entre 50 a 75% dos casos), ou manifestações ao nível insulinémico, incluindo alterações de insulina em jejum ou HOMA-IR. Conclusões: Pensar na associação entre STC idiopática como um indicador de um estilo de vida desadequado (demarcado por síndrome metabólica, ou resistência à insulina) representa um primeiro passo para abordagens precoces em indivíduos que apresentam tendinopatias. Propõe-se aos profissionais o estudo de uma possível resistência à insulina como suspeita de todos os trabalhadores com tendinopatias idiopáticas, requerendo um esforço de toda a equipa multidisciplinar. Mais do que alongamentos, massagens, anti-inflamatórios e relaxantes musculares, é necessário não olharmos para o STC como somente “um punho”, mas como um sistema que atua (repetitivamente) em sinergia com estilos de vida desadequados, resultado da exposição a mais fatores de risco para além mais óbvios.
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