Percursos: a construção social de identidades de género

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinho, Ana Paula de Moreira e Silva
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/10314
Resumo: A presente dissertação tem o seu enfoque central na questão do “Outro”, num olhar antropológico que escuta as vozes particulares e os seus universos simbólicos, estando situada na intersecção da Antropologia com a construção social de Género. Tratou-se de compreender como se dá a apropriação por parte das crianças, de posturas corporais, de comportamentos e de formas de pensamento, ou seja, como se faz a aprendizagem dosa códigos de acção de género, nos diversos meios onde a criança se move: família, escolar e comunitário. O trabalho foi realizado no lugar de Vilarinho, situado num concelho da zona norte do distrito de Aveiro e teve como timoneiros de viagem duas crianças, uma de cada sexo, as respectivas famílias, a comunidade escolar da instituição que frequentam e alguns informantes significativos da comunidade. Posicionei-me no paradigma da abordagem qualitativa, por permitir uma análise compreensiva e interpretativa dos dados. Os instrumentos de que me muni foram a observação directa e diferida através de fotografia e vídeo, a descrição e a interpretação. O próprio texto escrito é assumido aqui como elemento central de reflexividade da pesquisa antropológica. O recurso ao passado dos informantes, funcionou como acesso a lugares de memória construtores das identidades presentes e esquissos das identidades futuras. A festividade anual do lugar, é analisada enquanto veículo constrangedor dos modelos identitários de género, bem assim como uma história e canção tradicionais repetidamente utilizados naquele espaço escolar. Alguns desenhos feitos pelas crianças do Jardim de Infância, bem como composições de alunos do primeiro ciclo que considero representativos das suas formas de ver a realidade, são neste trabalho suporte de interpretação. A Identidade enquanto demarcação pessoal e sociocultural é chamada a debate dado ser um conceito central a todo o trabalho, partindo dele pude então centrar-me na análise da construção da identidade de género. Uma das principais conclusões do trabalho, prende-se com o facto de que os aspectos biológicos e os sociais se conjugam e complementam, permitindo assim a construção de diferentes feminilidades e masculinidades, que não poderão nunca ser abordadas autonomamente.
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