Apoiar em tempo de pandemia: Contingências e desafios de uma equipa local de intervenção.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12207/6140 |
Resumo: | A intervenção precoce destina-se a crianças entre os 0 e os 6 anos de idade com “alterações nas funções ou estruturas do corpo que limitam a participação nas atividades típicas para a respetiva idade” (Decreto-Lei n.º 281/2009, de 6 de outubro, p. 7298). É muito importante intervir o mais precocemente porque vai permitir que, na criança, determinadas zonas cerebrais contrabalancem outras afetadas. Pode dizer-se que através de uma estimulação precoce vão ser desenvolvidas competências cognitivas e sociais muito importantes para as crianças e suas famílias. Como referem Carvalho et al. (2018, p.27) “estudos realizados (…) nomeadamente no campo das neurociências, têm vindo a demonstrar que as experiências precoces têm um papel significativo no desenvolvimento cerebral “ das crianças . Os mesmos autores referem ainda que “a influência que as primeiras experiências têm na arquitetura cerebral transforma os primeiros anos de vida de uma criança (…) numa grande oportunidade (…) para o neuro-desenvolvimento” (Carvalho et al., 2018, p. 46). A Intervenção Precoce é posta em prática pelas Equipas Locais de Intervenção que desenvolvem um trabalho muito importante de capacitação e autonomia de crianças e suas famílias. A literatura mostra que a intervenção deve ser centrada na família e nos contextos naturais da criança. Tendo em conta o tempo de pandemia que nos levou a vários confinamentos, considerou-se importante perceber qual foi impacto da pandemia covid-19, nas práticas adotadas pela Equipa Local de Intervenção de um concelho de grande extensão, em que grande parte da área não está coberta por Internet. Optou-se por numa metodologia de estudo de caso, de carácter descritivo e de natureza qualitativa. Como técnica de recolha de dados, recorreu-se a análise documental, inquérito por questionário e a entrevista semidiretivas. Todavia, porque o estudo decorreu em época de pandemia o número de questionários recolhidos não nos permitiu ir além da estatística descritiva pelo que se situa o presente estudo numa abordagem essencialmente qualitativa. A amostra é constituída pelos técnicos que compõem a equipa local de intervenção do concelho de Odemira, como também por famílias do concelho que são acompanhadas pela equipa local de intervenção de Odemira. Após a recolha e análise de todos os dados, verificámos que a pandemia covid-19, teve impacto nas práticas adotadas pela equipa local de intervenção estudada: as modalidades de intervenção foram sobretudo mistas e à distância; a atenção prestada às famílias foi possível com recurso à tecnologia; a equipa mostrou grande coesão e de forma transdisciplinar encontrou estratégias que minimizassem o impacto negativo da pandemia no desenvolvimento das crianças. |
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