Técnicas de segurança no trabalho, exposição aos riscos psicossociais e afetação de desempenhos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Calado, Paula
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/49595
Resumo: A institucionalização de uma cultura de segurança e saúde preventiva urge nas populações em geral, nas organizações e no entrosar da SST com a saúde publica. Esta responsabilidade está a cargo das orientações das equipas de SST/SO. Os Técnicos Superiores de Segurança no Trabalho, dentro das Equipas de Segurança no Trabalho são os profissionais responsáveis pela saúde e bem-estar no local de trabalho que zelam pela segurança e saúde de uma organização, por identificar, avaliar e gerir os riscos profissionais e por promover um ambiente de trabalho seguro numa cultura de prevenção. Entende-se que a exposição aos riscos é diretamente proporcional ao grau de responsabilidade do exercício da sua atividade, o que nestes profissionais familiarizados com os riscos, lhes permite deturpar a sua perceção, pois têm ferramenta para poder camuflar os efeitos que surjam da exposição contínua a estes riscos. O presente trabalho pretende identificar a existência de exposição a estes riscos e a existência de impacto nos seus desempenhos, bem como a inexistência de medidas de prevenção, como o aplicado para as outras classes profissionais. Assim, este estudo reflete este parecer, pela subtileza dos riscos identificados. Os riscos psicossociais têm diferentes precedências, os externos ao trabalho, inerentes ao indivíduo e os do trabalho, provenientes do exercício da atividade. Quando presentes em conjunto, o impacto no trabalhador e no seu desempenho pode ser avassalador. Para sustentar o pretendido no presente estudo, foram selecionadas 4 trabalhos de dissertação de Mestrado sobre o mesmo tema e com foco nestes profissionais, de Joana Ramalho (2016), António Simão (2020), Marta Ramos (2022), Marta Jacinto (2023), para estabelecer um benchmark. Ainda que as amostras apresentadas em todos os estudos não tenham dimensão para inferir resultados para a população, não sendo assim representativas da população registada na ACT em 2021 que era de 13454 TSST e de 2164 TST, não deixam de ser suficientes para demonstrar a presunção e ainda potenciar a necessidade de realizar estudos futuros de maior profundidade. Os resultados obtidos apresentam resíduos que ainda que aqui não pareçam significativos, indicam que alguns riscos psicossociais a que os TSST estão sujeitos podem ter afetação nos seus desempenhos inter-relacionais e profissionais e justificam a possibilidade de que a sua perceção dos riscos versus os riscos existentes, esteja enviesada, com “os sentidos entorpecidos”, pois as ferramentas apresentadas para a avaliação dos riscos psicossiociais nestes profissionais não se lhes adequa face às suas competências. Assim será adequado preparar uma ferramenta completa e especifica, e adequar ainda medidas de prevenção e de correção (A precaver e a Reverter). Pretende-se que dentro da disciplina de segurança e saúde no trabalho, haja proteção destes trabalhadores com instrumentos de avaliação, prevenção e monitorização, que se entende que sejam “tailor made”, capazes de responder às suas necessidades.
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Entende-se que a exposição aos riscos é diretamente proporcional ao grau de responsabilidade do exercício da sua atividade, o que nestes profissionais familiarizados com os riscos, lhes permite deturpar a sua perceção, pois têm ferramenta para poder camuflar os efeitos que surjam da exposição contínua a estes riscos. O presente trabalho pretende identificar a existência de exposição a estes riscos e a existência de impacto nos seus desempenhos, bem como a inexistência de medidas de prevenção, como o aplicado para as outras classes profissionais. Assim, este estudo reflete este parecer, pela subtileza dos riscos identificados. Os riscos psicossociais têm diferentes precedências, os externos ao trabalho, inerentes ao indivíduo e os do trabalho, provenientes do exercício da atividade. Quando presentes em conjunto, o impacto no trabalhador e no seu desempenho pode ser avassalador. Para sustentar o pretendido no presente estudo, foram selecionadas 4 trabalhos de dissertação de Mestrado sobre o mesmo tema e com foco nestes profissionais, de Joana Ramalho (2016), António Simão (2020), Marta Ramos (2022), Marta Jacinto (2023), para estabelecer um benchmark. Ainda que as amostras apresentadas em todos os estudos não tenham dimensão para inferir resultados para a população, não sendo assim representativas da população registada na ACT em 2021 que era de 13454 TSST e de 2164 TST, não deixam de ser suficientes para demonstrar a presunção e ainda potenciar a necessidade de realizar estudos futuros de maior profundidade. Os resultados obtidos apresentam resíduos que ainda que aqui não pareçam significativos, indicam que alguns riscos psicossociais a que os TSST estão sujeitos podem ter afetação nos seus desempenhos inter-relacionais e profissionais e justificam a possibilidade de que a sua perceção dos riscos versus os riscos existentes, esteja enviesada, com “os sentidos entorpecidos”, pois as ferramentas apresentadas para a avaliação dos riscos psicossiociais nestes profissionais não se lhes adequa face às suas competências. Assim será adequado preparar uma ferramenta completa e especifica, e adequar ainda medidas de prevenção e de correção (A precaver e a Reverter). Pretende-se que dentro da disciplina de segurança e saúde no trabalho, haja proteção destes trabalhadores com instrumentos de avaliação, prevenção e monitorização, que se entende que sejam “tailor made”, capazes de responder às suas necessidades.The institutionalization of a culture of preventive safety and health is urgent in the general population, in organizations and in the integration of Safety and Health at Work with public health. This responsibility derives from the guidelines of the SHW/OS teams. Senior Occupational Safety Technicians (SOST), within the Occupational Safety Teams, are the professionals responsible for health and well-being in the workplace. They ensure the safety and health of an organization. They identify, evaluate and manage professional risks and promote a safe work environment in a culture of prevention. It is understood that exposure to risks is directly proportional to the degree of responsibility involved in carrying out their activity. Which, in these professionals who are familiarized with the risks, allows them to distort their perception, as they have tools to camouflage the effects that arise from continuous exposure to these risks. The present study reflects this opinion, due to the subtlety of the risks identified. Psychosocial risks have different precedence: those external to work and inherent to the individual, and those at work arising from the exercise of the activity itself. When put together, the impact on the worker and their performance can be overwhelming. To support the aim of this study, 4 master's theses were selected on the same topic, focusing on these professionals, by Joana Ramalho (2016), António Simão (2020), Marta Ramos (2022), Marta Jacinto (2023), to establish a benchmark. Even though the samples presented in all studies are not large enough to infer results for the population, and are therefore not representative of the population registered in the ACT in 2021 which was 13454 SOST and 2164 OST, they are still sufficient to demonstrate the presumption and still enhance the need to carry out future, more in-depth studies. The results obtained present residuals that, although not significant, indicate that some psychosocial risks to which SOST are subjected to may affect their inter-relational and professional performance and justify the possibility that their perception of risks versus existing risks, are biased, with “numb senses”, as the tools presented for assessing psychosocial risks in these professionals do not suit their skills. Therefore, it will be appropriate to prepare a complete and specific tool, and adapt prevention and correction measures (Precautions and Reversals). It is intended that within the area of safety and health at work, there will be protection of these workers with assessment, prevention and monitoring instruments, which are understood to be tailor made, capable of responding to their needs.Magalhães, JoséRepositório ComumCalado, Paula2024-02-04T20:31:36Z2023-11-242023-10-302023-11-24T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/49595TID:203511220porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-09T13:00:20Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/49595Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:37:05.374335Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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