Vírus de Genoma de RNA em mosquitos: deteção molecular, caracterização genética e isolamento em culturas de células de mosquito
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/91830 |
Resumo: | RESUMO: O Algarve é uma zona de confluência de diversos fatores, entre os quais o elevado interesse turístico, a proximidade ao norte de África e sul de Espanha e a presença de aves migratórias, que fazem dele um ponto de interesse para o estudo de arbovírus em Portugal. Para tal, foi rastreada a presença de Flavivirus, alguns Orthobunyavirus e Phlebovirus em mosquitos colhidos nesta região. Simultaneamente, numa colaboração com Moçambique, foi realizado um rastreio idêntico em diferentes populações de mosquitos naquele país. Dos 2.837 mosquitos capturados no Algarve, foram analisados 1.801, divididos em 50 lotes. Nestes foi possível identificar três amplicões compatíveis com a presença de Flavivirus, 11 com a presença de Phlebovirus mas nenhuma com a presença de Orthobunyavirus. A análise das sequências de flavivírus mostrou homologia com sequências de flavivírus específicos de insetos que se sabe circularem no Algarve. Contudo, uma vez feita a análise filogenética das sequências que aparentavam ter origem em Phlebovirus, foi constatado que não estavam incluídas neste género, mas sim num género por denominar, pertencente à família Phenuiviridae. Dos mosquitos provenientes de Moçambique, foi possível obter 20 amplicões compatíveis com a presença de Flavivirus, sete com a presença de Phlebovirus mas nenhuma com a presença de Orthobunyavirus. Uma vez realizada a análise filogenética das sequências originárias de flavivírus, foi possível verificar que todas elas pertenciam ao grupo monofilético dos flavivírus específicos de insetos clássicos. As sequências que se esperava derivarem de flebovírus agruparam fora deste género, estando distribuídas pela família Phenuiviridae. Por fim, de modo a tentar confirmar se as sequências obtidas no decorrer deste trabalho tiveram origem em vírus viáveis e de maneira a tentar obter o genoma completo dos vírus, estes foram tentativamente isolados em células C6/36. Contudo, embora tenham sido isolados vírus, destes pareceu corresponder aos detetados durante o rastreio efetuado. |
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Vírus de Genoma de RNA em mosquitos: deteção molecular, caracterização genética e isolamento em culturas de células de mosquitoArbovírusAlgarveMoçambiqueVírus de mosquitosArbovirusesMozambiqueAlgarveMosquito virosesCiências MédicasRESUMO: O Algarve é uma zona de confluência de diversos fatores, entre os quais o elevado interesse turístico, a proximidade ao norte de África e sul de Espanha e a presença de aves migratórias, que fazem dele um ponto de interesse para o estudo de arbovírus em Portugal. Para tal, foi rastreada a presença de Flavivirus, alguns Orthobunyavirus e Phlebovirus em mosquitos colhidos nesta região. Simultaneamente, numa colaboração com Moçambique, foi realizado um rastreio idêntico em diferentes populações de mosquitos naquele país. Dos 2.837 mosquitos capturados no Algarve, foram analisados 1.801, divididos em 50 lotes. Nestes foi possível identificar três amplicões compatíveis com a presença de Flavivirus, 11 com a presença de Phlebovirus mas nenhuma com a presença de Orthobunyavirus. A análise das sequências de flavivírus mostrou homologia com sequências de flavivírus específicos de insetos que se sabe circularem no Algarve. Contudo, uma vez feita a análise filogenética das sequências que aparentavam ter origem em Phlebovirus, foi constatado que não estavam incluídas neste género, mas sim num género por denominar, pertencente à família Phenuiviridae. Dos mosquitos provenientes de Moçambique, foi possível obter 20 amplicões compatíveis com a presença de Flavivirus, sete com a presença de Phlebovirus mas nenhuma com a presença de Orthobunyavirus. Uma vez realizada a análise filogenética das sequências originárias de flavivírus, foi possível verificar que todas elas pertenciam ao grupo monofilético dos flavivírus específicos de insetos clássicos. As sequências que se esperava derivarem de flebovírus agruparam fora deste género, estando distribuídas pela família Phenuiviridae. Por fim, de modo a tentar confirmar se as sequências obtidas no decorrer deste trabalho tiveram origem em vírus viáveis e de maneira a tentar obter o genoma completo dos vírus, estes foram tentativamente isolados em células C6/36. Contudo, embora tenham sido isolados vírus, destes pareceu corresponder aos detetados durante o rastreio efetuado.ABSTRACT:The Algarve is a point of convergence of factors that make it an important area for the study of arboviruses. These include a high amount of tourists, its proximity to North Africa and the south of Spain and the presence of migratory birds. With that in mind, we screened the presence of flaviviruses, part of the orthobunyaviruses genus and phleboviruses in mosquitoes collected in that region. At the same time, in a collaboration with Mozambique, the same taxa were screened in different populations of mosquitoes from this country. Amog the 2,837 mosquitoes collected in the Algarve, 1,801 were screened for viral genomes while divided into 50 pools. In these 50 pools, it was possible to obtain three amplicons compatible with the presence of Flavivirus, 11 with the presence of Phlebovirus, but none with the presence of Orthobunyavirus. The analysis of the sequences of Flavivirus showed homology with sequences of insect-specific flaviviruses that are known to be present in the Algarve. Nonetheless, the analysis of the putative phleboviruses showed that the sequences were part of an unnamed genus in the Phenuiviridae family. Among the mosquitoes captured in Mozambique, 20 amplicons suggested the presence of Flavivirus, seven with the presence of Phlebovirus and none with the presence of Orthobunyavirus. The analysis of the flaviviruses sequences showed they all belong in the monophyletic group of insect-specific flaviviruses, while the putative “phleboviruses” were, in fact, distributed throughout the Phenuiviridae family. In order to confirm the origin of the sequences obtained in this work and to try and get the full genome of the viruses, C6/36 cells were used to isolate the viruses. However, and while some virus isolates were, indeed, obtained, these did not correspond found as a result of the molecular screening.Parreira, RicardoAlmeida, Paulo Gouveia deRUNSilva, Manuel Tomás da2022-10-14T00:31:22Z2020-01-062020-01-272020-01-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/91830TID:202367002porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:40:54Zoai:run.unl.pt:10362/91830Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:37:25.747614Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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