Para uma museologia da religião: análise da carta-circular “a função pastoral dos museus eclesiásticos” vinte anos depois
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34632/gaudiumsciendi.2022.12963 |
Resumo: | The Catholic Church has a long tradition of safeguarding its cultural, historical and artistic heritage. Medieval ecclesiastical treasures, fulfilling the functions of deposit, inventory, conservation and exhibition, are the historical antecedents of ecclesiastical museums and century, the institution of museums and the related incorporation of ecclesiastical goods marked the conversion of the sacred or religious object into a museological object. Since then and, in particular, after the Second Vatican Council, the Church has shown a growing concern to guarantee a destination worthy of the original liturgical status for objects removed from worship. In this sense, the circular letter "The pastoral function of ecclesiastical museums", published in 2001, determined that the ecclesiastical museum should be considered a valid and adequate resource for preserving these objects, keeping them close to the cultural group of origin and giving continuity to their original catechetical function. Thus, the ecclesiastical museum differs from the others for being confessional, linking a spiritual and pastoral perspective to the museum's cultural function. If the information accuracy is assured, this particularity becomes a positive factor in the recontextualisation and intelligibility of the religious object. The Charter proposes an interaction between the ecclesiastical museum and the territory within the integrated and diffuse museum context, which coincides with the development of current museology centred on the public and the visitor's experience. Two decades after its publication, a critical analysis of the Letter is proposed within the theoretical framework of museological studies. Considering the recovery object's original meaning in the museum discourse, the connection to the territory, and the interaction with the plural and heterogeneous audience, the updated and, in some way, pioneer character of the Letter is underlined. So, it is aimed to evaluate how the Letter remains actualised and adapted to contemporaneity, and the challenges and transformations museums face now. |
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Para uma museologia da religião: análise da carta-circular “a função pastoral dos museus eclesiásticos” vinte anos depoisThe Catholic Church has a long tradition of safeguarding its cultural, historical and artistic heritage. Medieval ecclesiastical treasures, fulfilling the functions of deposit, inventory, conservation and exhibition, are the historical antecedents of ecclesiastical museums and century, the institution of museums and the related incorporation of ecclesiastical goods marked the conversion of the sacred or religious object into a museological object. Since then and, in particular, after the Second Vatican Council, the Church has shown a growing concern to guarantee a destination worthy of the original liturgical status for objects removed from worship. In this sense, the circular letter "The pastoral function of ecclesiastical museums", published in 2001, determined that the ecclesiastical museum should be considered a valid and adequate resource for preserving these objects, keeping them close to the cultural group of origin and giving continuity to their original catechetical function. Thus, the ecclesiastical museum differs from the others for being confessional, linking a spiritual and pastoral perspective to the museum's cultural function. If the information accuracy is assured, this particularity becomes a positive factor in the recontextualisation and intelligibility of the religious object. The Charter proposes an interaction between the ecclesiastical museum and the territory within the integrated and diffuse museum context, which coincides with the development of current museology centred on the public and the visitor's experience. Two decades after its publication, a critical analysis of the Letter is proposed within the theoretical framework of museological studies. Considering the recovery object's original meaning in the museum discourse, the connection to the territory, and the interaction with the plural and heterogeneous audience, the updated and, in some way, pioneer character of the Letter is underlined. So, it is aimed to evaluate how the Letter remains actualised and adapted to contemporaneity, and the challenges and transformations museums face now.A Igreja Católica assume uma longa tradição na salvaguarda do seu património cultural, histórico e artístico. Os tesouros eclesiásticos medievais, cumprindo as funções de depósito, inventariação, conservação e exposição, são os antecedentes históricos dos museus eclesiásticos e constituem uma referência obrigatória na proto-história da museologia. No entanto, apenas em finais do século XVIII, com a instituição dos museus e a conexa incorporação de bens eclesiásticos, se assinala a conversão do objeto sagrado ou religioso em objeto museológico. Desde então e, em particular, após o Concílio Vaticano II, a Igreja tem demonstrado uma crescente preocupação em garantir, aos objetos retirados do culto, um destino digno de sua condição litúrgica original. Nesse sentido, a Carta-Circular Função pastoral dos museus eclesiásticos, publicada em 2001, determinava que o museu eclesiástico fosse considerado como um recurso válido e adequado à preservação desses objetos, mantendo-os na proximidade do grupo cultural de origem e dando continuidade à sua função catequética original. Assim, o museu eclesiástico diferencia-se dos restantes por ser confessional, vinculando uma perspetiva espiritual e pastoral à função cultural dos museus, o que, garantindo o rigor da informação, se torna um fator positivo na recontextualização e inteligibilidade do objeto religioso. Além disso, ao referir a interação entre o museu eclesiástico e o território, no quadro referencial dos conceitos de museu integrado e difuso, a Carta propunha uma via de atuação que coincide com o desenvolvimento da museologia atual centrada no público e na experiência do visitante. Passadas duas décadas sobre a sua publicação, propõe-se uma análise crítica da Carta no quadro teórico dos estudos museológicos, a fim de confirmar o seu caráter atualizado, se não pioneiro, no que respeita à recuperação da função e do sentido original do objeto no discurso museológico, à ligação ao território e à cultura do lugar numa perspetiva global e diacrónica, e à interação com o público plural e heterogéneo.Universidade Católica Portuguesa2022-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://doi.org/10.34632/gaudiumsciendi.2022.12963https://doi.org/10.34632/gaudiumsciendi.2022.12963Gaudium Sciendi; No 22 (2022); 379-406Gaudium Sciendi; n. 22 (2022); 379-4062182-760510.34632/gaudiumsciendi.2022.n22reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12963https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/12963/12350Direitos de Autor (c) 2023 Maria Isabel Roquehttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessRoque, Maria Isabel2023-08-04T09:00:32Zoai:ojs.revistas.ucp.pt:article/12963Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:59:43.481772Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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