Caracterização molecular e pesquisa de agentes patogénicos em carraças de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Wilson Emanuel Rodrigues
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/32061
Resumo: Tese de mestrado, Biologia Humana e Ambiente, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2017
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spelling Caracterização molecular e pesquisa de agentes patogénicos em carraças de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e PortugalCarraçasIdentificaçãoCaracterização molecularAgentes patogénicosFilogeniaTeses de mestrado - 2017Departamento de Biologia AnimalTese de mestrado, Biologia Humana e Ambiente, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2017As carraças são artrópodes hematófagos com relevância médica e veterinária que parasitam vertebrados. Apresentam uma distribuição global e habitam em quase todas as regiões terrestres que permitam contacto com hospedeiros vertebrados. As carraças e doenças transmitidas pelas mesmas podem afectar humanos, animais de companhia, gado e animais silvestres e são responsáveis por perdas económicas significativas e pela transmissão de diversos agentes patogénicos que podem causar várias doenças. Dada a sua importância zoonótica é importante fazer uma correcta identificação das carraças para conseguir um controlo o mais eficaz possível das doenças transmitidas pelas mesmas. Tradicionalmente esta identificação é baseada em características morfológicas, no entanto algumas espécies têm uma variabilidade inter e intra-específica dos seus caracteres morfológicos o que dificulta a sua identificação. Face a este problema é necessário um método adicional para a identificação das carraças recorrendo a métodos moleculares. O DNA Barcoding é um método que usa pequenos marcadores genéticos como o COI, 16S rDNA e 12S rDNA que têm uma variabilidade intra-específica baixa, mas uma variabilidade inter-específica suficientemente grande para permitir a distinção das diferentes espécies. Este tipo de estudos contribui para o conhecimento dos vários agentes patogénicos associados às diferentes espécies de carraças e facilita uma rápida e eficaz identificação das carraças e dos seus agentes patogénicos usando meios moleculares que não necessitam de um taxonomista experiente. Estes factores ajudam na obtenção de um diagnóstico correcto no contexto de uma situação médica ou veterinária. Foram usados primers com especificidade para Babesia spp. e Hepatozoon spp., e para a família Anaplasmataceae em DNA extraído de carraças para pesquisar agentes patogénicos. Cinco carraças do género Rhipicephalus e duas carraças do género Dermacentor apresentaram resultados positivos quando testados com os primers específicos da família Anaplasmataceae. Duas carraças do género Rhipicephalus, uma do género Dermacentor e mais uma do género Ixodes apresentaram resultados positivos quando testadas com os primers específicos dos géneros Babesia e Hepatozoon. Estes resultados estão de acordo com a Bibliografia. Os resultados mostraram também uma dificuldade na obtenção de amplicões do marcador COI o que pode ser o resultado de uma falta de especificidade dos primers em relação ao género Rhipicephalus, isto é algo esperado uma vez que os primers usados foram originalmente criados em experiências que não visavam este género. Foi, ainda, possível estabelecer as relações filogenéticas entre as diversas espécies do género Rhipicephalus, no entanto ainda há alguns problemas de nomenclatura que precisam de ser esclarecidos, nomeadamente no caso das diversas espécies pertencentes ao complexo Rhipicephalus sanguineus sensu lato.Ticks are medically important hematophagous arthropods that parasitize vertebrates. They have a global distribution and live in almost all terrestrial regions what allows close contact to several vertebrate hosts. Ticks and tick-borne diseases affect humans, companion animals, cattle and wildlife and they are responsible for significant economic losses and for the transmission of several pathogens that can cause disease. Given their zoonotic importance it is very important to correctly identify the involved ticks to achieve a more efficient tick-borne disease control. Traditionally this identification is based on morphological features, however some species have a significant inter and intra-specific phenotypical variability which difficults the identification, hence the need for an additional identification method using molecular techniques. DNA barcoding is a method which uses small genetic markers like COI, 16S rDNA and 12S rDNA which have a small intra-specific variability but a sufficient level of inter-specific variability to distinguish different species. These kinds of studies contribute to the knowledge of the diverse pathogens associated with the different tick species which results in a fast and effective way to identify both ticks and their pathogens using molecular methods which don’t require a trained taxonomist. These factors help providing a correct diagnosis in the context of a medical or veterinary situation. Primers with specificity to Babesia spp., Hepatozoon spp. and the Anaplasmataceae family were used in the DNA extracted from ticks to search for pathogens. Five ticks from the genus Rhipicephalus and two ticks from the genus Dermacentor have shown positive results when tested with Anaplasmataceae family specific primers whilst two ticks from the genus Rhipicephalus, one from the genus Dermacentor and one from the genus Ixodes have shown positive results to the Babesia and Hepatozoon genera specific primers. These results are in accordance with the results obtained by other authors. Results have shown some difficulty in obtaining COI amplicons which may be the result of a lack of primer specificity with the genus Rhipicephalus, this is somewhat expected as the primers used were originally designed in experiments which didn’t focus on this genus. It was possible to establish a phylogenetic relation between the several species of Rhipicephalus genus however some issues have yet to be solved such as the nomenclature of the several species of Rhipicephalus sanguineus sensu lato complex.Dias, Deodália Maria Antunes, 1952-Rosa, FernandaRepositório da Universidade de LisboaMarques, Wilson Emanuel Rodrigues2019-12-01T01:30:16Z201720172017-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/32061TID:201878097porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:26:00Zoai:repositorio.ul.pt:10451/32061Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:47:22.485481Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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