S. Domingos e Santa Clara como conjuntos estruturantes para o desenvolvimento da malha urbana no quadrante noroeste da cidade de Évora (séculos XII / XV) – Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tereno, Maria do Céu Simões
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Monteiro, Maria Filomena Mourato
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/13380
Resumo: Resumo: Évora foi dominada durante quase doze séculos por diferentes povos com culturas e origens muito díspares: romanos vindos do Mediterrâneo, godos do Norte da Europa e por último, no ano de 715, por muçulmanos oriundos do Norte de África. A religião cristã foi aqui introduzida, durante o período de ocupação romana, assumindo protagonismo e práticas diferenciadas de acordo com a crença religiosa dos diferentes ocupantes. No início do século a área urbana já se encontrava totalmente amuralhada e os antigos Arrabaldes integravam plenamente a nova malha urbana. Por razões de defesa permaneceram os espaços livres anexos à recém-construída muralha, que serviam também como locais de pastagem. As cercas das casas religiosas constituíram-se como reservas de terrenos livres de edificações. As áreas ocupadas pelos complexos religiosos cristãos (S. Francisco, S. Domingos e Stª. Mónica fundados durante os séculos XIII e XIV, Stª. Clara, Paraíso e S. João Evangelista, durante o século XV) foram sendo cada vez menores nas fundações mais recentes. O Convento de São Domingos de Évora foi fundado, segundo a crónica da respetiva Ordem, na sequência de outros cenóbios, em 1286. A fundação em Évora do antigo Mosteiro de Santa Clara data de 1452 foi de iniciativa do Bispo de Évora D. Vasco Perdigão. Neste sentido pareceu-nos revestir-se de importância para a preservação da memória das gerações que nos antecederam o conhecimento e valorização dos vestígios remanescentes das antigas ocupações de cariz religioso. Abstract: Évora was dominated for nearly twelve centuries by different people with very different backgrounds and cultures: Romans coming from the Mediterranean, Goths of northern Europe and finally, in 715, Muslims from North Africa. The Christian religion was introduced here during the Roman period, assuming differentiated leadership practices according to the religious beliefs of different occupants. At the beginning of the century the urban area was already fully walled and old “Arrabaldes” integrated the new urban foundation. For the sake of protection of the city, the free spaces remain attached to the newly built wall, which also served as places of pasture. The fences of the religious houses were built as land reserves free of buildings. The spaces occupied by Christian religious complexes (São Francisco, São Dominigos and St ª. Mónica founded during the thirteenth and fourteenth centuries, Santa Clara, Paraízo and São João Evangelista, during the fifteenth century) keep on being increasingly smaller in the recent foundations. The Convent of “São Domingos” of Évora was founded, according to the Chronicle of the respective Order, following other monasteries, in 1286. The foundation of the old Évora Monastery of “Santa Clara” in 1452 was the initiative of the Bishop of Évora D. Vasco Perdigao. In this sense it seemed to be of importance for the preservation of the memory of the generations that preceded us the knowledge and appreciation of the remaining traces of ancient occupation of a religious nature.
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