Monitorização de indicadores de bem-estar animal num matadouro de suínos

• Autor(a) principal: Pinto, João Pedro Loio Fernandes de Candeias
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/11881
• topic: MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA VETERINÁRIA; VETERINÁRIA; BEM-ESTAR ANIMAL; SUÍNOS; MATADOUROS; ABATE DE ANIMAIS ; MONITORIZAÇÃO; VETERINARY MEDICINE; ANIMAL WELFARE; SWINE ; SLAUGHTERHOUSES; SLAUGHTERING; MONITORING

As preocupações da sociedade e dos consumidores com o bem-estar animal aumentaram nos últimos anos e, atualmente, os consumidores europeus consideram essencial melhorar a proteção do bem-estar dos animais no momento do abate. Pretendeu-se com o presente trabalho aplicar o protocolo desenvolvido pela Doutora Temple Grandin, e amplamente usado pelo ‘North American Meat Institute’, com o objetivo de averiguar a sua aplicabilidade à realidade de um matadouro nacional como método de monitorização do bem-estar animal. Assim, num matadouro de suínos foram monitorizados, durante 11 dias, 7 indicadores de padrões comportamentais que indicassem comprometimento do bem-estar no momento do abate. Este estudo permitiu a identificação de alguns problemas de bem-estar animal existentes, designadamente, a prática de abusos (9,2%) , a ocorrência de quedas (4,5%), o uso excessivo de aguilhões elétricos por recusa de movimento (36,5%) ou sem motivo aparente (14,5%), a ocorrência de vocalizações no equipamento de imobilização (5,7%), falha na insensibilização de animais à primeira tentativa (5,3%) e a recuperação da sensibilidade dos animais durante a sangria (6,8%), tendo-se concluído que havia lugar a melhorias. As conclusões deste estudo são relevantes não só para o matadouro monitorizado, mas também para outros matadouros. A implementação de um sistema de auditoria interna em bemestar animal apresenta vantagens não só a nível do bem-estar dos animais, mas também da qualidade da carcaça e da carne, do funcionamento do matadouro e da segurança dos colaboradores, podendo ser um fator diferenciador do produto no mercado.