Promoção de autonomia em jovens institucionalizados: perceções dos profissionais de casas de acolhimento residencial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.19/6319 |
Resumo: | É importante que a intervenção realizada em casas de acolhimento residencial valorize não só a reintegração familiar ou a inserção noutra família, mas também a autonomização gradual com vista à vida independente. O envolvimento sistemático por parte dos técnicos e educadores neste processo de autonomização, permite que se proporcionem mais oportunidades para o desenvolvimento do potencial das crianças e jovens. Tal só é conseguido através do planeamento do futuro num processo suportado pelas estruturas comunitárias existentes. Tendo consciência da reduzida utilização de programas estruturados de autonomia, este estudo procura compreender, na perspetiva dos técnicos e elementos da equipa educativa das casas de acolhimento, as causas deste fenómeno e quais as ferramentas utilizadas ou atividades desenvolvidas para realizar este trabalho em jovens institucionalizados. A amostra é constituída por 23 participantes, técnicos e educadores de casas de acolhimento residencial, de várias regiões do país. Preencheram um questionário, com recurso à Casey Life Skills (Nolan et al., 2000) – Escala de Competências de Vida (Gonçalves, Macedo, Pinto, & Azeredo, 2016) adaptada (com autorização dos autores), para obter a perspetiva dos profissionais e não dos jovens. Verificou-se que a maioria das instituições não utiliza um programa estruturado, mas atividades isoladas retiradas de programas ou atividades do quotidiano das crianças e jovens, para promover a sua autonomia. Constatou-se também que as competências mais trabalhadas foram as de relacionamento e comunicação e as menos exploradas centraram-se na área da gestão da habitação e do dinheiro. Parece-nos que será importante investir na formação dos profissionais das casas de acolhimento no âmbito da utilização de programas baseados em evidências que permitam realizar um trabalho cientificamente sustentado potenciador de uma vida independente nestes jovens. |
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Promoção de autonomia em jovens institucionalizados: perceções dos profissionais de casas de acolhimento residencialCrianças/jovens em perigoCasas de acolhimento residencialAutonomiaProgramas estruturadosChildren and youngsters at dangerResidential care homesAutonomyStructured programsÉ importante que a intervenção realizada em casas de acolhimento residencial valorize não só a reintegração familiar ou a inserção noutra família, mas também a autonomização gradual com vista à vida independente. O envolvimento sistemático por parte dos técnicos e educadores neste processo de autonomização, permite que se proporcionem mais oportunidades para o desenvolvimento do potencial das crianças e jovens. Tal só é conseguido através do planeamento do futuro num processo suportado pelas estruturas comunitárias existentes. Tendo consciência da reduzida utilização de programas estruturados de autonomia, este estudo procura compreender, na perspetiva dos técnicos e elementos da equipa educativa das casas de acolhimento, as causas deste fenómeno e quais as ferramentas utilizadas ou atividades desenvolvidas para realizar este trabalho em jovens institucionalizados. A amostra é constituída por 23 participantes, técnicos e educadores de casas de acolhimento residencial, de várias regiões do país. Preencheram um questionário, com recurso à Casey Life Skills (Nolan et al., 2000) – Escala de Competências de Vida (Gonçalves, Macedo, Pinto, & Azeredo, 2016) adaptada (com autorização dos autores), para obter a perspetiva dos profissionais e não dos jovens. Verificou-se que a maioria das instituições não utiliza um programa estruturado, mas atividades isoladas retiradas de programas ou atividades do quotidiano das crianças e jovens, para promover a sua autonomia. Constatou-se também que as competências mais trabalhadas foram as de relacionamento e comunicação e as menos exploradas centraram-se na área da gestão da habitação e do dinheiro. Parece-nos que será importante investir na formação dos profissionais das casas de acolhimento no âmbito da utilização de programas baseados em evidências que permitam realizar um trabalho cientificamente sustentado potenciador de uma vida independente nestes jovens.It is important that intervention in residential care homes values not only family reintegration or inclusion in another family, but also gradual empowerment for independent living. Systematic involvement of professionals and educators in this empowerment process enables more opportunities to be developed for children and young people to develop their potential. This is only achieved through future planning in a process supported by existing community structures. Being aware of the reduced use of structured autonomy programs, this study seeks to understand, from the perspective of the technicians and elements of the nursing home's education team, the causes of this phenomenon and what tools or activities are developed to carry out this work in institutionalized young people. The sample consists of 23 participants, technicians and educators of residential care homes, from various regions of the country. They completed a questionnaire using Casey Life Skills (Nolan et al., 2000) - Life Skills Scale (Gonçalves, Macedo, Pinto, & Azeredo, 2016) adapted (with permission of the authors) to gain insight from practitioners and not young people. It was found that most institutions do not use a structured program, but isolated activities taken from programs and daily activities of children and young people, to promote their autonomy. It was also found that the most worked skills were relationship and communication skills and the least explored were focused on housing and money management. It looks to us that it will be important to invest in the training of home professionals in the use of evidence-based programs that support them to do scientifically sustained work to enhance their independent living.Fernandes, RosinaMagalhães, CátiaRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuOliveira, Sara Sofia da Silva Pereira2020-07-08T08:52:30Z2019-11-132019-11-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/6319TID:202497640porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:28:33Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/6319Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:44:15.079460Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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É importante que a intervenção realizada em casas de acolhimento residencial valorize não só a reintegração familiar ou a inserção noutra família, mas também a autonomização gradual com vista à vida independente. O envolvimento sistemático por parte dos técnicos e educadores neste processo de autonomização, permite que se proporcionem mais oportunidades para o desenvolvimento do potencial das crianças e jovens. Tal só é conseguido através do planeamento do futuro num processo suportado pelas estruturas comunitárias existentes. Tendo consciência da reduzida utilização de programas estruturados de autonomia, este estudo procura compreender, na perspetiva dos técnicos e elementos da equipa educativa das casas de acolhimento, as causas deste fenómeno e quais as ferramentas utilizadas ou atividades desenvolvidas para realizar este trabalho em jovens institucionalizados. A amostra é constituída por 23 participantes, técnicos e educadores de casas de acolhimento residencial, de várias regiões do país. Preencheram um questionário, com recurso à Casey Life Skills (Nolan et al., 2000) – Escala de Competências de Vida (Gonçalves, Macedo, Pinto, & Azeredo, 2016) adaptada (com autorização dos autores), para obter a perspetiva dos profissionais e não dos jovens. Verificou-se que a maioria das instituições não utiliza um programa estruturado, mas atividades isoladas retiradas de programas ou atividades do quotidiano das crianças e jovens, para promover a sua autonomia. Constatou-se também que as competências mais trabalhadas foram as de relacionamento e comunicação e as menos exploradas centraram-se na área da gestão da habitação e do dinheiro. Parece-nos que será importante investir na formação dos profissionais das casas de acolhimento no âmbito da utilização de programas baseados em evidências que permitam realizar um trabalho cientificamente sustentado potenciador de uma vida independente nestes jovens. |
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