Perceções em torno das vivências do acolhimento residencial de crianças e jovens em risco
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.19/7356 |
Resumo: | O presente trabalho pretende contribuir para o aprofundamento do conhecimento sobre as vivências associadas ao acolhimento residencial e sobre o impacto do processo do acolhimento, através do olhar de crianças e jovens que foram retiradas às suas famílias biológicas por se encontrarem em situações de perigo. Em Portugal existe um grande número de crianças e jovens em risco/perigo. Segundo o Relatório Casa, no ano de 2020 existiam em Portugal 6706 crianças e jovens em regime de acolhimento. Muitas vezes a principal causa para situações de risco/perigo em que as mesmas se encontram remete para fatores de ordem familiar. De acordo com a literatura, as crianças e jovens referem ter tido uma experiência negativa no processo de entrada na Casa de Acolhimento. Relatam esta experiência com sentimentos de tristeza, angústia e medo. No presente estudo, foram entrevistados 13 jovens do sexo masculino, com idades entre os 12 e os 19 anos. Verificou-se que, para 63%, (n=9), dos jovens a institucionalização representou estupefação e surpresa, admitindo mesmo que não lhes foi explicado o motivo do Acolhimento Residencial. Neste âmbito, a separação do ambiente conhecido e a chegada à instituição implica sentimentos de perda, angústia e, muitas vezes, um intenso sentimento de culpa e necessidade de recuperar o ambiente perdido. Contudo, a análise das entrevistas também permitiu identificar experiências positivas em termos de proteção e oportunidades de socialização. Conclui-se que a maioria dos jovens, a institucionalização foi positiva (‘foi bom’; ‘fui muito bem recebido’; ‘gosto de estar aqui’; ‘foi o melhor’). |
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