Assistentes sociais no sistema de saúde em Portugal: uma análise dos rácios

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guadalupe, Sónia
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Gonçalves, Maria de Jesus Matos, Fonseca, Pedro, Silva, Ana Margarida Frias Furtado, Ávila, Olga
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1342
Resumo: O artigo apresenta a dotação de assistentes sociais no sistema de saúde em Portugal, analisando os rácios para a população residente e a distribuição nos cuidados de saúde primários e hospitalares, discutindo as implicações na qualidade do sistema de saúde. Os resultados do estudo descritivo apontam a existência de 1032 assistentes sociais, dividindo-se sobretudo entre cuidados hospitalares (52,4%) e cuidados primários (42,9%). Os rácios determinam 1 assistente social para cada 10 mil habitantes, 1 para 23 mil habitantes nos cuidados primários e 1 para 65 camas hospitalares. Na equipa de saúde há assimetrias de 1 assistente social para cada 69,3 enfermeiros e 50,3 médicos. Conclui-se haver estagnação do contingente, desigual distribuição geográfica, e rácios desequilibrados face ao número de habitantes, utentes, unidades de saúde, camas hospitalares e outros profissionais. Tal condiciona a ação holística e de qualidade e limita a equidade de direitos do cidadão. A transversalidade e complexificação da intervenção na saúde não se compadecem com as limitações evidenciadas, urgindo um reforço do grupo profissional de Serviço Social. / The article presents the staff of social workers in Portugal’s healthcare system, analyzing ratios due to the resident population and their distribution in primary and hospital care, discussing the implications for health system quality. The results of the descriptive study indicate the existence of 1032 health social workers, mainly divided between hospital care (52.4%), and primary care (42.9%). The ratios determine 1 social worker for every 10,000 residents, 1 for 23,000 residents in community-based primary care, and 1 for 65 hospital beds. Within the health team, the asymmetries are evident, with 1 social worker for every 69.3 nurses and for every 50.3 doctors. Conclusions show the stagnation of health social workers, their unequal geographical distribution, and imbalanced ratios to the number of inhabitants, users, health units, hospital beds. and other professionals. This conditions a quality holistic approach and limits equal citizens’ rights. The transversality and complexity of health intervention are not compatible with the highlighted limitations, urging the reinforcement of the Social Work professional group.
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