Mutações Sociais e a sua influência no instituto da Deserdação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amores, Adriana Isabel da Conceição
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/85903
Resumo: Dissertação de Mestrado em Direito apresentada à Faculdade de Direito
id RCAP_ba2ac3968051a77b9db778beba1d2737
oai_identifier_str oai:estudogeral.uc.pt:10316/85903
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Mutações Sociais e a sua influência no instituto da DeserdaçãoSocial mutations and their influence in the institute of DisinheritanceHerançaDeserdaçãoAfetoConsanguinidadeHeritageDisinheritanceAffectConsanguinityDissertação de Mestrado em Direito apresentada à Faculdade de DireitoO direito das sucessões encerra em si dois pilares essenciais: propriedade e família. Esta ideia está presente, desde logo pela existência da quota indisponível, que se destina imperativamente a certos parentes – herdeiros legitimários: ascendentes, cônjuge e descendentes (art.2157º do C.C.) -, sendo que somente em situações muito específicas este direito pode ser restringido – referimo-nos às figuras da indignidade sucessória e da deserdação.Ora, numa sociedade em que coexistem a diminuta disponibilidade para outros, um crescente envelhecimento populacional e a sua maior vulnerabilidade, faz-nos refletir acerca da existência de impedimentos à liberdade de testar.Atualmente, são raros os casos em que filhos e/ou netos assumem o seu papel como tal no processo de envelhecimento dos seus ascendentes, assistindo-se a uma maior desresponsabilização no respeitante a essas tarefas e à “delegação” das mesmas em terceiros. Assumimos, porém, que nem sempre é fácil conjugar a vida profissional com deveres morais desta índole, uma vez que a legislação não é sensível nem flexível àquelas vicissitudes.Se há descendentes que não sentem o “chamamento” para cuidar dos pais, porque haverão de ser chamados, com a morte do de cujus, quando a questão é puramente material? Fará sentido que a lei confira como que uma “imunidade” a parte do património do falecido e a entregue àqueles que abandonaram afetivamente os pais e os deixaram simplesmente “à espera da morte”? Dever-se-ia ponderar um afastamento dos vínculos familiares da temática patrimonial, uma vez que o conceito de família está gradualmente a aproximar-se da afetividade e a distanciar-se da consanguinidade.The succession law is based on two essential pillars: property and family. This idea is present, first and foremost, with the existence of a reserved portion, which is imperatively intended for certain relatives – ascendants, spouses and descendants (art. 2157 º C.C.) -, and only in very specific situations can this right be restricted -, we refer to the figures of debarment from succession and disinheritance. So, in a society in which there is too little availability for others, a growing ageing population and its greater vulnerability, it makes us reflect about the existence of impediments to freedom of testing. Presently, there are few cases in which children and / or grandchildren assume their role as such in the process of the aging of their parents or grandparents, experiencing a greater unaccountability from these tasks and their consequent "delegation" to third parties. We assume, however, that it is not always easy to combine professional life with moral duties of this kind, since the legislation is not sensitive or flexible to those vicissitudes. If there are descendants who do not feel the "call" to care for their parents, why should they be called, with the death of the deceased, when the question is purely material? Does it make sense that the law grants, as if an "immunity" of part of the heritage of the deceased and hands it over to those who affectively abandoned their parents and simply left them "waiting for death"? One should consider the estrangement of the family ties from patrimonial theme, since the concept of family is gradually approaching affectivity and distancing itself from consanguinity.2018-10-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/85903http://hdl.handle.net/10316/85903TID:202197131porAmores, Adriana Isabel da Conceiçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2020-01-02T11:30:27Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/85903Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:07:10.201374Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Mutações Sociais e a sua influência no instituto da Deserdação
Social mutations and their influence in the institute of Disinheritance
title Mutações Sociais e a sua influência no instituto da Deserdação
spellingShingle Mutações Sociais e a sua influência no instituto da Deserdação
Amores, Adriana Isabel da Conceição
Herança
Deserdação
Afeto
Consanguinidade
Heritage
Disinheritance
Affect
Consanguinity
title_short Mutações Sociais e a sua influência no instituto da Deserdação
title_full Mutações Sociais e a sua influência no instituto da Deserdação
title_fullStr Mutações Sociais e a sua influência no instituto da Deserdação
title_full_unstemmed Mutações Sociais e a sua influência no instituto da Deserdação
title_sort Mutações Sociais e a sua influência no instituto da Deserdação
author Amores, Adriana Isabel da Conceição
author_facet Amores, Adriana Isabel da Conceição
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Amores, Adriana Isabel da Conceição
dc.subject.por.fl_str_mv Herança
Deserdação
Afeto
Consanguinidade
Heritage
Disinheritance
Affect
Consanguinity
topic Herança
Deserdação
Afeto
Consanguinidade
Heritage
Disinheritance
Affect
Consanguinity
description Dissertação de Mestrado em Direito apresentada à Faculdade de Direito
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-10-31
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10316/85903
http://hdl.handle.net/10316/85903
TID:202197131
url http://hdl.handle.net/10316/85903
identifier_str_mv TID:202197131
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799133963490426880