A Percepção que as crianças têm sobre o bullying
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.12/4193 |
Resumo: | Neste estudo ambiciona-se conhecer a percepção que os alunos têm sobre o bullying, e em que medida as variáveis género e habilitações literárias dos pais influenciam a opinião das crianças sobre a representação do fenómeno, percepção sobre a vítima, agressor e espectador, assim como conhecer a opinião pessoal da criança quando envolvido em situações de violência entre pares. De acordo com o instrumento utilizado pretende-se observar qual o papel que as crianças escolhiam se estivessem envolvidas na história, quais as emoções mais escolhidas e qual o final mais seleccionado para a história. Para a realização deste estudo recorreu-se ao questionário Scan-Bullying (Almeida, & Caurcel, 2005), participaram 212 alunos de duas escolas públicas, uma do concelho de Sintra e outra do concelho de Mafra, a amostra é constituída por crianças com idades entre os 10 e os 12 anos que frequentam o 5º e do 6º ano do ensino básico. Perante os resultados obtidos, procedeu-se à análise estatística dos dados onde se conclui que o género influencia a caracterização da vítima e a perspectiva do papel da vítima, as raparigas apresentam scores mais elevados que os rapazes, ou seja, as raparigas têm uma percepção melhor sobre a caracterização e perspectiva da vítima quando comparadas aos rapazes. Não se encontraram diferenças ao nível do género na perspectiva do papel do agressor e na experiência do participante. As habilitações literárias dos pais segundo os resultados vão influenciar a caracterização da vítima, a perspectiva do papel da vítima, a perspectiva do papel do agressor e a experiência do participante. Através deste estudo verificou-se que as crianças cujos os pais têm um nível de escolaridade baixo têm uma menor visibilidade do papel da vítima, da perspectiva do papel da vítima e do agressor e na experiência como participantes. Conclui-se também que não se encontram diferenças ao nível das variáveis em relação à representação do fenómeno e na caracterização do agressor. Verificou-se ainda que da população da amostra 93 crianças se percepcionam como espectadores, 75 como vítimas e 44 como agressores. As respostas emocionais mais escolhidas pelas crianças num primeiro momento foram: chateadas e tristes, numa segunda escolha as crianças optaram por furiosas e nervosas na terceira e última escolha seleccionaram assustadas. Observou-se que o final 5 de natureza optimista foi o mais escolhido pelas crianças, neste final a vítima surge na imagem a brincar com os outros colegas da escola após os actos sofridos, remetendo assim para o que as crianças gostariam que acontecesse e não como na realidade acaba a maioria dos casos. Este estudo poderá contribuir para um conhecimento mais profundo e concreto sobre o bullying. Este estudo e os resultados obtidos podem ajudar a ajustar e adequar planos de intervenção para combater o bullying em meio escolar, pode-se delinear acções que sirvam a comunidade escolar. |
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Para a realização deste estudo recorreu-se ao questionário Scan-Bullying (Almeida, & Caurcel, 2005), participaram 212 alunos de duas escolas públicas, uma do concelho de Sintra e outra do concelho de Mafra, a amostra é constituída por crianças com idades entre os 10 e os 12 anos que frequentam o 5º e do 6º ano do ensino básico. Perante os resultados obtidos, procedeu-se à análise estatística dos dados onde se conclui que o género influencia a caracterização da vítima e a perspectiva do papel da vítima, as raparigas apresentam scores mais elevados que os rapazes, ou seja, as raparigas têm uma percepção melhor sobre a caracterização e perspectiva da vítima quando comparadas aos rapazes. Não se encontraram diferenças ao nível do género na perspectiva do papel do agressor e na experiência do participante. As habilitações literárias dos pais segundo os resultados vão influenciar a caracterização da vítima, a perspectiva do papel da vítima, a perspectiva do papel do agressor e a experiência do participante. Através deste estudo verificou-se que as crianças cujos os pais têm um nível de escolaridade baixo têm uma menor visibilidade do papel da vítima, da perspectiva do papel da vítima e do agressor e na experiência como participantes. Conclui-se também que não se encontram diferenças ao nível das variáveis em relação à representação do fenómeno e na caracterização do agressor. Verificou-se ainda que da população da amostra 93 crianças se percepcionam como espectadores, 75 como vítimas e 44 como agressores. As respostas emocionais mais escolhidas pelas crianças num primeiro momento foram: chateadas e tristes, numa segunda escolha as crianças optaram por furiosas e nervosas na terceira e última escolha seleccionaram assustadas. Observou-se que o final 5 de natureza optimista foi o mais escolhido pelas crianças, neste final a vítima surge na imagem a brincar com os outros colegas da escola após os actos sofridos, remetendo assim para o que as crianças gostariam que acontecesse e não como na realidade acaba a maioria dos casos. Este estudo poderá contribuir para um conhecimento mais profundo e concreto sobre o bullying. Este estudo e os resultados obtidos podem ajudar a ajustar e adequar planos de intervenção para combater o bullying em meio escolar, pode-se delinear acções que sirvam a comunidade escolar.ABSTRACT: This study aspires to know the perception that children have about bullying and in what ways can their parents’ gender and qualifications influence their children’s opinion about this type of phenomenon, perception on the victim, aggressor and viewer, and get to know as well the child’s opinion when involved in situations of conflict between couples. According to the methods used we want to point out which role children would choose if they were involved in this story, which were the emotions that they would prefer and which end was the most selected in this story. To do this study we took into account the questionnaire Scan-Bullying (Almeida, & Caurcel, 2005), that 212 students of 2 public schools took part in, one of Sintra’s district and other of Mafra’s district. The sample is done with children with 10 and 12 years old that are in the fifth and sixth year of elementary school. With the results obtained we did a statistical analysis of data which shows that gender influences the characterization of the victim and the perspective of the role of the victim. Girls have higher scores than boys, girls have a better perception about the characterization and perspective of the victim when compared with boys. There weren’t any differences in the level of the gender perspective of the role of the aggressor and experience of the participant. According to the results, parents’ qualifications will influence the characterization of the victim, the perspective of the role of the victim, the perspective of the role of the aggressor and the experience of the participant. Through this study it was found that children whose parents have a lower education level have a less visible role of the victim, of the perspective of the victim and the aggressor’s role and experience as participants. Apart from that, there weren’t any differences in the level of the variables in relation to the representation of the phenomenon and the characterization of the aggressor. It was found that the population sample of 93 children perceive themselves as viewers, 75 perceive themselves as victims and 44 as aggressors. The emotional answers most chosen by children at first were: upset and sad, then furious and nervous and the third and last choice appears frightened. It was observed that the end 5 of de nature optimistic was the most chosen by children, in this final the victim appears playing with other school colleagues after the acts suffered, falling back on what children would like to happen and not as it end in the majority of cases. This study may contribute to a deeper and precise understanding about bullying. This study and the results can help to adapt and adjust the intervention plans to fight bullying in schools, and also outline actions that serve the school community.Morgado, JoséRepositório do ISPAVitorino, Susana Rosa Raimundo2015-12-11T13:28:13Z2010-01-01T00:00:00Z2010-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/4193porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:39:55Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/4193Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:22:00.586537Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Neste estudo ambiciona-se conhecer a percepção que os alunos têm sobre o bullying, e em que medida as variáveis género e habilitações literárias dos pais influenciam a opinião das crianças sobre a representação do fenómeno, percepção sobre a vítima, agressor e espectador, assim como conhecer a opinião pessoal da criança quando envolvido em situações de violência entre pares. De acordo com o instrumento utilizado pretende-se observar qual o papel que as crianças escolhiam se estivessem envolvidas na história, quais as emoções mais escolhidas e qual o final mais seleccionado para a história. Para a realização deste estudo recorreu-se ao questionário Scan-Bullying (Almeida, & Caurcel, 2005), participaram 212 alunos de duas escolas públicas, uma do concelho de Sintra e outra do concelho de Mafra, a amostra é constituída por crianças com idades entre os 10 e os 12 anos que frequentam o 5º e do 6º ano do ensino básico. Perante os resultados obtidos, procedeu-se à análise estatística dos dados onde se conclui que o género influencia a caracterização da vítima e a perspectiva do papel da vítima, as raparigas apresentam scores mais elevados que os rapazes, ou seja, as raparigas têm uma percepção melhor sobre a caracterização e perspectiva da vítima quando comparadas aos rapazes. Não se encontraram diferenças ao nível do género na perspectiva do papel do agressor e na experiência do participante. As habilitações literárias dos pais segundo os resultados vão influenciar a caracterização da vítima, a perspectiva do papel da vítima, a perspectiva do papel do agressor e a experiência do participante. Através deste estudo verificou-se que as crianças cujos os pais têm um nível de escolaridade baixo têm uma menor visibilidade do papel da vítima, da perspectiva do papel da vítima e do agressor e na experiência como participantes. Conclui-se também que não se encontram diferenças ao nível das variáveis em relação à representação do fenómeno e na caracterização do agressor. Verificou-se ainda que da população da amostra 93 crianças se percepcionam como espectadores, 75 como vítimas e 44 como agressores. As respostas emocionais mais escolhidas pelas crianças num primeiro momento foram: chateadas e tristes, numa segunda escolha as crianças optaram por furiosas e nervosas na terceira e última escolha seleccionaram assustadas. Observou-se que o final 5 de natureza optimista foi o mais escolhido pelas crianças, neste final a vítima surge na imagem a brincar com os outros colegas da escola após os actos sofridos, remetendo assim para o que as crianças gostariam que acontecesse e não como na realidade acaba a maioria dos casos. Este estudo poderá contribuir para um conhecimento mais profundo e concreto sobre o bullying. Este estudo e os resultados obtidos podem ajudar a ajustar e adequar planos de intervenção para combater o bullying em meio escolar, pode-se delinear acções que sirvam a comunidade escolar. |
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