Traduzir "L=A=N=G=U=A=G=E:" Introdução à obra e reflexão sobre alguns aspetos teóricos da tradução comentada de um excerto de "My Life" de Lyn Hejinian

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sá, Inês Xavier Diogo de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/85554
Resumo: Trabalho de Projeto do Mestrado em Tradução apresentado à Faculdade de Letras
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spelling Traduzir "L=A=N=G=U=A=G=E:" Introdução à obra e reflexão sobre alguns aspetos teóricos da tradução comentada de um excerto de "My Life" de Lyn HejinianTranslating "L=A=N=G=U=A=G=E:" An introduction to the book and discussion of theoretical aspects of the translation and commentary of an excerpt of "My Life" by Lyn HejinianTraduçãoLyn HejinianMy LifeL=A=N=G=U=A=G=EGeorge SteinerTranslationLyn HejinianMy LifeL=A=N=G=U=A=G=EGeorge SteinerTrabalho de Projeto do Mestrado em Tradução apresentado à Faculdade de LetrasNum mundo em que a tradução é cada vez mais automatizada, a tradução literária perpetua as questões tradicionais acerca do que é a tradução e de quais são, afinal, as características que distinguem uma boa tradução de uma má tradução. De facto, a tradução automática parece inserir-se num mundo a preto e branco, em que é sempre possível encontrar um equivalente para uma palavra ou um conceito, qualquer que seja o par de línguas e de culturas em questão. A tradução literária, por sua vez, vem lembrar-nos de que o mundo e a linguagem não podem ser assim simplificados, obrigando cada tradutor à procura de novas alternativas, à constante tomada de decisões entre diferentes opções de tradução, sem nunca esquecer de que não existem equivalências perfeitas na tradução.Uma primeira leitura da obra que me proponho traduzir neste trabalho revelou, desde logo, que este texto era mais complexo no que diz respeito a estas questões tradicionais de tradução: o texto era difícil de ler, parecia não fazer sentido. Então, como conseguiria eu traduzir um texto que aparentava ser incoerente? De facto, a obra My Life de Lyn Hejinian revelou-se, desde logo, um enorme desafio, obrigando-me a pôr de parte quaisquer regras, convenções ou expectativas literárias para que conseguisse chegar ao texto e interpretá-lo. E se, numa primeira fase, tentei separar a tarefa de leitura da tarefa de tradução, depressa percebi que as duas eram inseparáveis e o ‘eu’ leitor tinha de trabalhar em conjunto com o ‘eu’ tradutor no processo de tradução do texto. Assim, não são apenas as questões tradicionais de tradução que aqui são postas em causa mas também questões acerca do que é a literatura, do que é a autoridade do autor e, entre outros, de qual é o papel do leitor.O reconhecimento de que todos estes aspetos tornavam o exercício de tradução deste texto um tão grande desafio foi a razão principal que me levou a escolhê-lo. Outra das razões foi a oportunidade de poder dar a conhecer, com este trabalho, não só uma obra em particular como todo um movimento literário que, até agora, permanece quase desconhecido em Portugal. E, em certa medida, a oportunidade de estudar a forma como novas formas de pensar o mundo, a linguagem e a literatura, obrigam a novas formas de olhar a tradução. Com estes objetivos em mente, o presente projeto de tradução divide-se em seis partes: num primeiro capítulo, apresento uma breve contextualização histórico-literária, que pretende apresentar o movimento literário L=A=N=G=U=A=G=E – as suas origens e influências, as características que o distinguem de outros movimentos e que tornam a obra a traduzir tão inovadora e desafiadora – e, depois, mais especificamente, a autora da obra, Lyn Hejinian; no segundo capítulo, pretendo apresentar a obra My Life em particular, o seu estatuto em relação às normas e padrões literários e de género que lhe garantem um caráter único e as suas características específicas, num estudo baseado na proposta de análise de texto de João Barrento (2002); já num terceiro momento, com base em todas as características da obra, apresenta-se uma reflexão teórica sobre tradução que, dada a importância do papel do leitor na construção de significado desta obra, se inicia com a questão da dicotomia entre traduções assimilatória e dissimilatória, partindo de reflexões de Schleiermacher e de Venuti e que, posteriormente, inclui mais vozes não só dos Estudos de Tradução como da própria autora Lyn Hejinian, ela própria tradutora. A quarta parte do trabalho consiste, na tradução do início da obra de Lyn Hejinian, com comentários em nota de rodapé que dão a conhecer todo o processo de tradução e de tomada de decisões ao longo das várias fases de uma tradução que não tem por objetivo a sua publicação. Esta tradução será, no sexto capítulo, comparada com a tradução da obra para Português do Brasil, da autoria de Mauricio Salles Vasconcelos e, finalmente, retomando a reflexão teórica antes exposta, apresento, no capítulo final, as últimas considerações relativas à tradução apresentada e à metodologia que lhe serviu de base, esperando que todo este exercício sirva para enriquecer o mundo sempre em mudança dos Estudos de Tradução.In a world where translation is increasingly automated, literary translation perpetuates the traditional questions about what translation is and what are, after all, the characteristics that distinguish a good translation from a bad translation. In fact, machine translation seems to be embedded in a black and white world where it is always possible to find an equivalent for a word or a concept, whatever the pair of languages and cultures in question. Literary translation, in turn, reminds us that world and language cannot be so simplified, forcing each translator to look for new alternatives, to make constant decisions among different translation options, without forgetting that There are no perfect equivalents in translation.The first time I read “My Life” revealed, first of all, that this text was more complex when it came to these traditional questions about translation – the text was difficult to read, it did not seem to make sense. So how could I translate a text that seemed to be incoherent? In fact, Lyn Hejinian's “My Life” proved to be a big challenge that forced me to forget any literary conventions or expectations in order to interpret the text. And if, at first, I tried to separate the reading task from the translation task, I quickly realized that the two were inseparable and the 'I' reader had to work together with the 'I' translator in the process of translation. Thus, not only are the traditional questions about translation questioned, Hejinian’s book also defies any definition of what literature is, what the author's authority is, and what the reader's role is, among other things.The recognition that the translation of this text was so challenging was the main reason that led me to choose this topic. Another reason was the opportunity to be able to make known not only a particular book, but also a literary movement that remains almost unknown in Portugal. And to some extent, the opportunity to study how new ways of thinking the world, language and literature, force us to create new ways of looking at translation.With these goals in mind, this translation project is divided into six parts: in a first chapter, I present a brief historical and literary contextualization, which introduces the literary movement “L=A=N=G=U=A=G=E” – its origins and influences, and the characteristics that distinguish it from other movements and make the process of translation so challenging – and then, more specifically, the author Lyn Hejinian; in the second chapter, I intend to present “My Life,” its status in relation to literary and gender norms and standards that make it unique, and its characteristics, in a study based on the text analysis model by João Barrento (2002); in a third moment, based on all the characteristics of the book, I present a theoretical reflection on translation. Starting from the works of Schleiermacher and Venuti, it also includes more voices not only from Translation Studies but also from Lyn Hejinian herself. The fourth part of the work consists of the translation of the first six sections of “My Life,” with footnote comments about the process of translation and decision making. In the sixth chapter, this translation will be compared with the translation into Brazilian Portuguese by Mauricio Salles Vasconcelos, and finally, returning to the theoretical reflection presented above, this work ends with the last considerations about the suggested translation and about the methodology that served as the basis, hoping that this exercise will enrich the ever changing world of Translation Studies.2017-02-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/85554http://hdl.handle.net/10316/85554TID:202193829porSá, Inês Xavier Diogo deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2019-09-23T16:34:33Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/85554Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:06:51.002577Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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