Os flavonoides nas doenças neurodegenerativas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/5400 |
Resumo: | O envelhecimento da população tem aumentado cada vez mais, estimando-se que este ainda atinja picos mais elevados nos próximos anos. A idade é assim o fator mais relacionado com o aumento de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson, a primeira e a segunda patologia mais comum na população idosa, respetivamente. Estas doenças apresentam elevado impacto para os seus portadores, tanto a nível individual, no seu quotidiano, como na sociedade, apresentando-se como doenças crónicas e progressivamente debilitantes. A destruição contínua e irreversível da estrutura e da função dos neurónios é característica destas patologias, alterando o funcionamento do SN e afetando diferentes regiões do cérebro. A perda de memória característica da doença de Alzheimer e a rigidez muscular associada à doença de Parkinson, dificultam ou até mesmo impossibilitam a qualidade de vida dos doentes. Sendo estas doenças multifactoriais, abrangendo fatores genéticos e não genéticos, é apontada uma diversidade de terapias, farmacológicas e não farmacológicas (modificadores de estilo de vida e dieta). Não havendo uma terapia totalmente eficaz e que impeça a progressão da neurodegeneração, têm sido alvos de estudo os compostos flavonoides, os quais são dotados de diversas propriedades como antialérgicas, antimicrobiana, anticancerígenas, antioxidantes e anti-inflamatórias. Encontrados no reino vegetal e possuidores de atividade antioxidante reconhecida, estes compostos são usados em estudos para travar as doenças neurodegenerativas, pois interferem em diversos mecanismos reguladores. Nas vias de sinalização celular, sequestração de radicais livres, impedimento da aglomeração de proteínas e na clivagem da proteína percursora amiloide, relativamente à doença de Alzheimer. No que respeita à doença de Parkinson, os flavonoides podem exercer efeito protetor ao nível da MPTP, neurotoxina associada ao desenvolvimento desta patologia. Concentrando a atenção nas bases epidemiológicas, neuropatológicas, fatores de risco associados e possíveis tratamentos, realizou-se uma revisão dos principais pontos importantes das patologias neurodegenerativas mais prevalentes na população, segundo a Organização Mundial de Saúde, e do impacto dos flavonoides na modulação destas doenças. |
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A perda de memória característica da doença de Alzheimer e a rigidez muscular associada à doença de Parkinson, dificultam ou até mesmo impossibilitam a qualidade de vida dos doentes. Sendo estas doenças multifactoriais, abrangendo fatores genéticos e não genéticos, é apontada uma diversidade de terapias, farmacológicas e não farmacológicas (modificadores de estilo de vida e dieta). Não havendo uma terapia totalmente eficaz e que impeça a progressão da neurodegeneração, têm sido alvos de estudo os compostos flavonoides, os quais são dotados de diversas propriedades como antialérgicas, antimicrobiana, anticancerígenas, antioxidantes e anti-inflamatórias. Encontrados no reino vegetal e possuidores de atividade antioxidante reconhecida, estes compostos são usados em estudos para travar as doenças neurodegenerativas, pois interferem em diversos mecanismos reguladores. Nas vias de sinalização celular, sequestração de radicais livres, impedimento da aglomeração de proteínas e na clivagem da proteína percursora amiloide, relativamente à doença de Alzheimer. No que respeita à doença de Parkinson, os flavonoides podem exercer efeito protetor ao nível da MPTP, neurotoxina associada ao desenvolvimento desta patologia. Concentrando a atenção nas bases epidemiológicas, neuropatológicas, fatores de risco associados e possíveis tratamentos, realizou-se uma revisão dos principais pontos importantes das patologias neurodegenerativas mais prevalentes na população, segundo a Organização Mundial de Saúde, e do impacto dos flavonoides na modulação destas doenças.The population aging has increased over time, it is estimated that this tendency reaches higher peaks in the next years. Age is the factor better correlated to the increase of neurodegenerative diseases, such as Alzheimer's disease and Parkinson's disease, the first and second most common diseases in the elderly population, respectively. These diseases have a high impact on their patients, individually, in their daily lives, and in society, being characterized as chronic and debilitating diseases. These disorders are characterized by the continuous and irreversible destruction of neurons structure and function, altering the functioning of the nervous system and affecting different brain regions. The memory loss, an Alzheimer's disease characteristic, and muscular rigidity, associated with Parkinson's disease, make it difficult or even impossible for the patients to have life quality. These diseases are multifactorial, with a wide variety of genetic and nongenetic factors and there are several therapies available, such as pharmacological and non-pharmacological (diet and life style modifiers). There is no completely effective therapy which prevents the progression of the neurodegeneration. The flavonoids have been the subject of study, because of their anti-allergic properties, antimicrobial, anticancer, antioxidant and anti-inflammatory. Found in the plant kingdom and possessing antioxidant activity, these compounds are used in studies to stop neurodegenerative diseases by interfering in various regulatory mechanisms. In signaling pathways, sequestration of free radicals, preventing protein agglomeration and cleavage of amyloid precursor protein in relation to Alzheimer's disease. In relation to Parkinson's disease, flavonoids have protective effect in terms of MPTP neurotoxin, associated with this pathology. Focusing attention on epidemiological basis, neuropathological, risk factors and possible treatments, we did a review of the main important points of the most prevalent neurodegenerative diseases in the population, according to the World Health Organization and the impact of flavonoids in the modulation of these diseases.Duarte, Ana Paula CoelhouBibliorumRocha, Ana Francisca de Afonso e2018-07-24T15:33:22Z2015-6-192015-07-152015-07-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5400TID:201641534porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:43:18Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5400Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:19.229752Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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