Novel microdiets for the early developmental stages of purple sea urchin (Paracentrotus Lividus)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mainieri, Matthew Robert
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/19574
Resumo: Paralela ao constante crescimento da população mundial, é a crescente pressão exercida nos setores de produção de alimentos à escala global. A indústria alimentar deve responder a este problema com um esforço combinado das indústrias agrícola e pecuária, por exemplo. O papel da aquacultura neste empreendimento é da maior importância uma vez que o interesse em espécies novas e emergentes pode melhorar o mercado e diversificar o leque de espécies que está disponível aos consumidores. Uma espécie em particular pertence à classe Echinoidea e conhece-se como ouriço-do-mar. As civilizações na história do mundo têm utilizado as suas gónadas como um alimento gourmet. Relatórios recentes têm mostrado que as populações de ouriço-do-mar estão esgotadas devido a sobrepesca e exploração. Apesar da dizimação da população de ouriços, existem esforços para restabelecer estas populações com a aquacultura. As primeiras tentativas de produção de ouriços-do-mar em aquacultura, focaram-se maioritariamente nos primeiros estádios de desenvolvimento, até ao estádio de juvenil. Os ouriços deste estádio foram libertados para aumentar a população selvagem. Estudos recentes mostram que há uma procura para ouriços no mercado de frutos do mar e que o seu valor comercial por quilograma é relativamente alto e estável. O interesse na aquacultura de todo o ciclo de vida deste organismo tem vindo a crescer e a necessidade de um protocolo bem definido para o seu cultivo, é cada vez mais evidente. Tradicionalmente, as dietas larvares são constituídas por uma mistura de microalgas. A produção de microalgas pode ser bastante dispendiosa e exaustiva. Depois de muito tempo, o foco foi mudado, dando prioridade ao uso de dietas inertes em larvicultura, eliminando a necessidade de cultivar microalgas. Até à data, as tentativas de formalizar e estabelecer protocolos de produção viáveis das dietas inertes são escassas. A testagem das várias dietas e a comparação destas a dietas com um base de microalgas para provar a sua eficiência é a meta da nutrição de larvicultura de ouriços-do-mar. Uma substituição de dietas de microalgas pelas dietas inertes será um importante avanço neste campo da aquacultura. O objetivo principal deste trabalho pode ser divido em dois focos: primeiro, a formulação de uma microdieta inerte para as larvas de Paracentrotus lividus em aquacultura, e segundo, a promoção do crescimento e sobrevivência durante os estádios larvares. Muitas dificuldades existem para os produtores de ouriços-do-mar. O reduzido crescimento e baixas taxas de sobrevivência são problemas comuns nos estádios iniciais de vida deste organismo. Se uma dieta inerte bem equilibrada e com boa aceitação promover o crescimento e melhorar a sobrevivência, então o principal objetivo deste trabalho será cumprido. O ensaio desenvolvido no âmbito desta tese foi realizado na estação de investigação do Ramalhete em Faro, Portugal. Os reprodutores foram injetados com 1 mL de cloreto de potássio (KCl (0,5M)) para induzir a libertação de gâmetas. Os ovos fertilizados foram distribuídos entre nove tanques de 100 L e foram observados para determinar a taxa de eclosão. Três tratamentos foram usados (A, B e C), cada um correspondendo a uma dieta: uma mistura de microalgas congeladas (A: CTRL), uma dieta inerte à base de algas (B: ALGAE), e uma dieta inerte de origem marinha (C: MARINE). A alimentação foi completada uma vez ao dia, duma maneira cuidadosa. Os parâmetros da água (i.e., temperatura, oxigénio, salinidade, amónia, etc.) foram medidos e registados diariamente e anomalias relacionadas com a qualidade da água foram resolvidas de imediato. As amostragens ocorreram no dia de eclosão e nos dias 4, 8, 12, 16, e 21 depois da mesma. No final do estádio larvar, a metamorfose ocorreu em alguns tratamentos e os dados foram recolhidos para calcular as taxas de competência e assentamento. Foram feitas observações 21 dias depois da eclosão por 96 horas adicionais para calcular a taxa de assentamento das pós-larvas. Os parâmetros medidos no ensaio para determinar a eficácia das dietas inertes foram comparados aos parâmetros medidos da mistura de microalgas, utilizada como dieta controlo. O comprimento total (TL) foi medido no momento da eclosão e a cada amostragem até ao 16º dia depois da eclosão. A largura (W), o comprimento do estômago (ST), a largura do estômago (SW), o número de braços (AN), e o comprimento do braço pós-oral (POAL) foram medidos durante a amostragem das larvas ao dia 4 após a eclosão até ao dia 16. O comprimento do rudimento (RL) e a largura do mesmo (RW) foram medidos apenas ao 21º dia após a eclosão. Medições das proporções corporais foram consideradas para determinar a eficiência de cada dieta. Outros parâmetros tais como as taxas de sobrevivência (SR), competência (CR), e assentamento (STR) foram determinados para cada tratamento de modo a determinar qual a que promoveu um melhor desenvolvimento larvar e metamorfose. As dietas inertes promoveram um maior crescimento e desenvolvimento das larvas, comparativamente à dieta controlo. As dietas não tiveram um impacto significativo em termos da taxa de sobrevivência em cada tratamento. Os resultados dos tratamentos usando dietas inertes foram semelhantes durante o ensaio, porém, a dieta inerte formulada com ingredientes marinhos possibilitou uma taxa mais elevada de competência e de assentamento. Os resultados mostram que dietas inertes podem substituir as dietas tradicionalmente feitas com uma mistura de microalgas frequentemente utilizadas em aquacultura de ouriços-do-mar. O uso de dietas inertes pode também reduzir os custos altos de produção de microalgas e reduzir a necessidade de trabalho manual para o seu cultivo. Da mesma forma, estudos semelhantes concluem que dietas inertes usadas nos estádios larvares do ouriço-do-mar podem ser uma boa alternativa para produzir larvas com bom crescimento, promovendo também a sua metamorfose e assentamento. Estas conclusões dão promessa à possibilidade de produzir ouriços-do-mar em cada estádio de vida e, por sua vez, aliviar as pressões de sobre-exploração das populações selvagens e também fornecer um produto comercializável ao mercado alimentar. O campo de nutrição de larvas de equinóides é pouco estudado e incerto, porém, os resultados deste ensaio e de outros análogos podem ser uma guia para formular dietas nutricionalmente adequadas. Porém, são necessários mais estudos no campo de nutrição de larvas de ouriço-do-mar que assim como esta tese, ajudem a colmatar a lacuna de conhecimento que ainda existe nesta área.
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Relatórios recentes têm mostrado que as populações de ouriço-do-mar estão esgotadas devido a sobrepesca e exploração. Apesar da dizimação da população de ouriços, existem esforços para restabelecer estas populações com a aquacultura. As primeiras tentativas de produção de ouriços-do-mar em aquacultura, focaram-se maioritariamente nos primeiros estádios de desenvolvimento, até ao estádio de juvenil. Os ouriços deste estádio foram libertados para aumentar a população selvagem. Estudos recentes mostram que há uma procura para ouriços no mercado de frutos do mar e que o seu valor comercial por quilograma é relativamente alto e estável. O interesse na aquacultura de todo o ciclo de vida deste organismo tem vindo a crescer e a necessidade de um protocolo bem definido para o seu cultivo, é cada vez mais evidente. Tradicionalmente, as dietas larvares são constituídas por uma mistura de microalgas. A produção de microalgas pode ser bastante dispendiosa e exaustiva. Depois de muito tempo, o foco foi mudado, dando prioridade ao uso de dietas inertes em larvicultura, eliminando a necessidade de cultivar microalgas. Até à data, as tentativas de formalizar e estabelecer protocolos de produção viáveis das dietas inertes são escassas. A testagem das várias dietas e a comparação destas a dietas com um base de microalgas para provar a sua eficiência é a meta da nutrição de larvicultura de ouriços-do-mar. Uma substituição de dietas de microalgas pelas dietas inertes será um importante avanço neste campo da aquacultura. O objetivo principal deste trabalho pode ser divido em dois focos: primeiro, a formulação de uma microdieta inerte para as larvas de Paracentrotus lividus em aquacultura, e segundo, a promoção do crescimento e sobrevivência durante os estádios larvares. Muitas dificuldades existem para os produtores de ouriços-do-mar. O reduzido crescimento e baixas taxas de sobrevivência são problemas comuns nos estádios iniciais de vida deste organismo. Se uma dieta inerte bem equilibrada e com boa aceitação promover o crescimento e melhorar a sobrevivência, então o principal objetivo deste trabalho será cumprido. O ensaio desenvolvido no âmbito desta tese foi realizado na estação de investigação do Ramalhete em Faro, Portugal. Os reprodutores foram injetados com 1 mL de cloreto de potássio (KCl (0,5M)) para induzir a libertação de gâmetas. Os ovos fertilizados foram distribuídos entre nove tanques de 100 L e foram observados para determinar a taxa de eclosão. Três tratamentos foram usados (A, B e C), cada um correspondendo a uma dieta: uma mistura de microalgas congeladas (A: CTRL), uma dieta inerte à base de algas (B: ALGAE), e uma dieta inerte de origem marinha (C: MARINE). A alimentação foi completada uma vez ao dia, duma maneira cuidadosa. 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A largura (W), o comprimento do estômago (ST), a largura do estômago (SW), o número de braços (AN), e o comprimento do braço pós-oral (POAL) foram medidos durante a amostragem das larvas ao dia 4 após a eclosão até ao dia 16. O comprimento do rudimento (RL) e a largura do mesmo (RW) foram medidos apenas ao 21º dia após a eclosão. Medições das proporções corporais foram consideradas para determinar a eficiência de cada dieta. Outros parâmetros tais como as taxas de sobrevivência (SR), competência (CR), e assentamento (STR) foram determinados para cada tratamento de modo a determinar qual a que promoveu um melhor desenvolvimento larvar e metamorfose. As dietas inertes promoveram um maior crescimento e desenvolvimento das larvas, comparativamente à dieta controlo. As dietas não tiveram um impacto significativo em termos da taxa de sobrevivência em cada tratamento. Os resultados dos tratamentos usando dietas inertes foram semelhantes durante o ensaio, porém, a dieta inerte formulada com ingredientes marinhos possibilitou uma taxa mais elevada de competência e de assentamento. Os resultados mostram que dietas inertes podem substituir as dietas tradicionalmente feitas com uma mistura de microalgas frequentemente utilizadas em aquacultura de ouriços-do-mar. O uso de dietas inertes pode também reduzir os custos altos de produção de microalgas e reduzir a necessidade de trabalho manual para o seu cultivo. Da mesma forma, estudos semelhantes concluem que dietas inertes usadas nos estádios larvares do ouriço-do-mar podem ser uma boa alternativa para produzir larvas com bom crescimento, promovendo também a sua metamorfose e assentamento. Estas conclusões dão promessa à possibilidade de produzir ouriços-do-mar em cada estádio de vida e, por sua vez, aliviar as pressões de sobre-exploração das populações selvagens e também fornecer um produto comercializável ao mercado alimentar. O campo de nutrição de larvas de equinóides é pouco estudado e incerto, porém, os resultados deste ensaio e de outros análogos podem ser uma guia para formular dietas nutricionalmente adequadas. Porém, são necessários mais estudos no campo de nutrição de larvas de ouriço-do-mar que assim como esta tese, ajudem a colmatar a lacuna de conhecimento que ainda existe nesta área.Locating an alternative inert diet to a microalgae-based feeding regime in sea urchin larvae rearing is an area of research that is gaining interest. A trial was carried out to test two inert diets during the larval stages of production. Rearing tanks (100 L) were filled with static, filtered seawater with 25-50% daily water renewal. Fertilized eggs were added to each tank and observed for hatching. After hatch, the larval diets fed consisted of ingredients of algal origins (Treatment B) (55.55% protein and 11.65% lipid content) while the other inert diet consisted of marine based ingredients (Treatment C) (56.86% protein and 12.75% lipid content). Both inert diets were compared to the control microalgal diet which consisted of a blend of Skeletonema sp., Isochrysis galbana, and Nannochloropsis sp. (Treatment A). Various biometric parameters were measured throughout the trial to determine the efficacy of the inert diets. The larvae from the inert diet treatments were larger and more developed than the larvae from the microalgae blend treatment. However, at the final sampling 16DAH, larvae fed the marine based inert diet (Treatment C) showed more robust growth in length (~ 623.87 μm), width (~ 214.83 μm), stomach area, and rudiment size among other measurements. Additional results from the inert diet treatments were fairly comparable throughout the trial, however, the inert diet with marine based ingredients (Treatment C) produced larvae with a higher competency rate (~ 4.58%) which in turn promoted the highest settlement rate (~ 27.38%) of all treatments. The diets had no major impact on the survival of the larvae from each treatment. The results show that inert diets can replace the traditional microalgal diets that are commonly used in sea urchin aquaculture which in turn can reduce high production costs and manual labor of microalgae cultivation.Engrola, SofiaSapientiaMainieri, Matthew Robert2023-05-15T14:56:02Z2022-12-072022-12-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/19574TID:203272595enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-24T10:32:03Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/19574Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:09:11.090232Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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As primeiras tentativas de produção de ouriços-do-mar em aquacultura, focaram-se maioritariamente nos primeiros estádios de desenvolvimento, até ao estádio de juvenil. Os ouriços deste estádio foram libertados para aumentar a população selvagem. Estudos recentes mostram que há uma procura para ouriços no mercado de frutos do mar e que o seu valor comercial por quilograma é relativamente alto e estável. O interesse na aquacultura de todo o ciclo de vida deste organismo tem vindo a crescer e a necessidade de um protocolo bem definido para o seu cultivo, é cada vez mais evidente. Tradicionalmente, as dietas larvares são constituídas por uma mistura de microalgas. A produção de microalgas pode ser bastante dispendiosa e exaustiva. Depois de muito tempo, o foco foi mudado, dando prioridade ao uso de dietas inertes em larvicultura, eliminando a necessidade de cultivar microalgas. Até à data, as tentativas de formalizar e estabelecer protocolos de produção viáveis das dietas inertes são escassas. A testagem das várias dietas e a comparação destas a dietas com um base de microalgas para provar a sua eficiência é a meta da nutrição de larvicultura de ouriços-do-mar. Uma substituição de dietas de microalgas pelas dietas inertes será um importante avanço neste campo da aquacultura. O objetivo principal deste trabalho pode ser divido em dois focos: primeiro, a formulação de uma microdieta inerte para as larvas de Paracentrotus lividus em aquacultura, e segundo, a promoção do crescimento e sobrevivência durante os estádios larvares. Muitas dificuldades existem para os produtores de ouriços-do-mar. O reduzido crescimento e baixas taxas de sobrevivência são problemas comuns nos estádios iniciais de vida deste organismo. Se uma dieta inerte bem equilibrada e com boa aceitação promover o crescimento e melhorar a sobrevivência, então o principal objetivo deste trabalho será cumprido. O ensaio desenvolvido no âmbito desta tese foi realizado na estação de investigação do Ramalhete em Faro, Portugal. Os reprodutores foram injetados com 1 mL de cloreto de potássio (KCl (0,5M)) para induzir a libertação de gâmetas. Os ovos fertilizados foram distribuídos entre nove tanques de 100 L e foram observados para determinar a taxa de eclosão. Três tratamentos foram usados (A, B e C), cada um correspondendo a uma dieta: uma mistura de microalgas congeladas (A: CTRL), uma dieta inerte à base de algas (B: ALGAE), e uma dieta inerte de origem marinha (C: MARINE). A alimentação foi completada uma vez ao dia, duma maneira cuidadosa. Os parâmetros da água (i.e., temperatura, oxigénio, salinidade, amónia, etc.) foram medidos e registados diariamente e anomalias relacionadas com a qualidade da água foram resolvidas de imediato. As amostragens ocorreram no dia de eclosão e nos dias 4, 8, 12, 16, e 21 depois da mesma. No final do estádio larvar, a metamorfose ocorreu em alguns tratamentos e os dados foram recolhidos para calcular as taxas de competência e assentamento. Foram feitas observações 21 dias depois da eclosão por 96 horas adicionais para calcular a taxa de assentamento das pós-larvas. Os parâmetros medidos no ensaio para determinar a eficácia das dietas inertes foram comparados aos parâmetros medidos da mistura de microalgas, utilizada como dieta controlo. O comprimento total (TL) foi medido no momento da eclosão e a cada amostragem até ao 16º dia depois da eclosão. A largura (W), o comprimento do estômago (ST), a largura do estômago (SW), o número de braços (AN), e o comprimento do braço pós-oral (POAL) foram medidos durante a amostragem das larvas ao dia 4 após a eclosão até ao dia 16. O comprimento do rudimento (RL) e a largura do mesmo (RW) foram medidos apenas ao 21º dia após a eclosão. Medições das proporções corporais foram consideradas para determinar a eficiência de cada dieta. Outros parâmetros tais como as taxas de sobrevivência (SR), competência (CR), e assentamento (STR) foram determinados para cada tratamento de modo a determinar qual a que promoveu um melhor desenvolvimento larvar e metamorfose. As dietas inertes promoveram um maior crescimento e desenvolvimento das larvas, comparativamente à dieta controlo. As dietas não tiveram um impacto significativo em termos da taxa de sobrevivência em cada tratamento. Os resultados dos tratamentos usando dietas inertes foram semelhantes durante o ensaio, porém, a dieta inerte formulada com ingredientes marinhos possibilitou uma taxa mais elevada de competência e de assentamento. Os resultados mostram que dietas inertes podem substituir as dietas tradicionalmente feitas com uma mistura de microalgas frequentemente utilizadas em aquacultura de ouriços-do-mar. O uso de dietas inertes pode também reduzir os custos altos de produção de microalgas e reduzir a necessidade de trabalho manual para o seu cultivo. Da mesma forma, estudos semelhantes concluem que dietas inertes usadas nos estádios larvares do ouriço-do-mar podem ser uma boa alternativa para produzir larvas com bom crescimento, promovendo também a sua metamorfose e assentamento. Estas conclusões dão promessa à possibilidade de produzir ouriços-do-mar em cada estádio de vida e, por sua vez, aliviar as pressões de sobre-exploração das populações selvagens e também fornecer um produto comercializável ao mercado alimentar. O campo de nutrição de larvas de equinóides é pouco estudado e incerto, porém, os resultados deste ensaio e de outros análogos podem ser uma guia para formular dietas nutricionalmente adequadas. Porém, são necessários mais estudos no campo de nutrição de larvas de ouriço-do-mar que assim como esta tese, ajudem a colmatar a lacuna de conhecimento que ainda existe nesta área.
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