A relação entre o risco de crédito e a evolução das taxas de câmbio
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/12997 |
Resumo: | Nos últimos anos, especialmente desde a crise financeira de 2007/2009, o risco de crédito tem emergido como um dos principais focos de análise económica e financeira nos mercados financeiros internacionais. Neste âmbito, os CDS, enquanto instrumentos de proteção contra eventos de crédito, ganharam uma enorme importância. Contudo, ainda pouco é conhecido sobre a forma como a perceção acerca do risco de crédito, aferida pelas cotações de CDS, influencia a evolução das taxas de câmbio. Neste trabalho, são utilizados valores diários para o IG e o ITRAXX, entre 2005 e 2015, para estudar o sentido, a dimensão, a frequência e a dinâmica com que o risco de crédito é transmitido a algumas das principais moedas a nível mundial, face ao EUR e face ao USD. Foram também controlados os efeitos dos mercados acionista, obrigacionista e monetário. Em termos metodológicos, foi utilizada uma abordagem econométrica com modelos VAR(p) e TAR, causalidade de Granger, decomposição da variância e função impulso-resposta. Os resultados obtidos apontam para a existência de uma forte dependência das taxas de câmbio face às cotações de CDS, especialmente no período de maior volatilidade financeira entre 2008 e 2012. São ainda evidenciadas oportunidades de retorno especulativo através de mecanismos de carry trade com financiamento em JPY para investimento em USD, até 2008, que transitam para o financiamento em USD e investimento em AUD, até 2012. Por fim, é possível destacar as obrigações como ativos de safe haven, a desvalorização do GBP face ao EUR em momentos de maior risco de crédito, bem como a operacionalidade de mecanismos de excitação/retração na transmissão de informação entre as cotações de CDS e algumas taxas de câmbio como o AUD/EUR. |
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Nos últimos anos, especialmente desde a crise financeira de 2007/2009, o risco de crédito tem emergido como um dos principais focos de análise económica e financeira nos mercados financeiros internacionais. Neste âmbito, os CDS, enquanto instrumentos de proteção contra eventos de crédito, ganharam uma enorme importância. Contudo, ainda pouco é conhecido sobre a forma como a perceção acerca do risco de crédito, aferida pelas cotações de CDS, influencia a evolução das taxas de câmbio. Neste trabalho, são utilizados valores diários para o IG e o ITRAXX, entre 2005 e 2015, para estudar o sentido, a dimensão, a frequência e a dinâmica com que o risco de crédito é transmitido a algumas das principais moedas a nível mundial, face ao EUR e face ao USD. Foram também controlados os efeitos dos mercados acionista, obrigacionista e monetário. Em termos metodológicos, foi utilizada uma abordagem econométrica com modelos VAR(p) e TAR, causalidade de Granger, decomposição da variância e função impulso-resposta. Os resultados obtidos apontam para a existência de uma forte dependência das taxas de câmbio face às cotações de CDS, especialmente no período de maior volatilidade financeira entre 2008 e 2012. São ainda evidenciadas oportunidades de retorno especulativo através de mecanismos de carry trade com financiamento em JPY para investimento em USD, até 2008, que transitam para o financiamento em USD e investimento em AUD, até 2012. Por fim, é possível destacar as obrigações como ativos de safe haven, a desvalorização do GBP face ao EUR em momentos de maior risco de crédito, bem como a operacionalidade de mecanismos de excitação/retração na transmissão de informação entre as cotações de CDS e algumas taxas de câmbio como o AUD/EUR. |
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