Estudo fenológico e qualitativo de vaccinium corymbosum

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Duarte Alexandre Moreno Martins
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1963
Resumo: A cultura do mirtilo, Vaccinium corymbosum spp., teve, em Portugal e em particular na Região do Minho, um forte aumento da superfície de produção instalada a partir do ano 2013. Tratando-se de uma cultura recentemente introduzida e sem tradição no nosso país, há necessidade de aprofundar o estudo e a investigação ao nível da produção e da conservação. O presente trabalho teve por objetivo dar continuidade a trabalhos já desenvolvidos nos anos de 2014 e 2015 e, por isso, contribuir para o melhor conhecimento e padronização da evolução fenológica das cultivares de mirtilo, Duke, Drapper, Chandler, Ozarkblue e Legacy. Cumulativamente, pretendeu-se também estudar a conservação e evolução qualitativa do mirtilo, em pós-colheita, das mesmas cultivares. As observações e recolha de dados da evolução fenológica das diferentes cultivares estudadas, decorreu entre 29 de fevereiro e 17 de julho de 2016. Para isto, marcou-se um ramo por planta em 4 plantas por cultivar, recolhendo-se os dados semanalmente, com base na escala de observação fenológica já utilizada nos anos anteriores. Para o estudo do mirtilo em pós-colheita, colheram-se frutos no momento em que se iniciou a colheita na exploração e colocaram-se em conservação em câmara frigorífica a 2ºC, durante 28 dias, tendo-se feito avaliações em laboratório, semanalmente, quanto aos parâmetros de dureza, peso de 100 frutos, % de matéria seca, ºBrix, pH e acidez. Em termos fenológicos, verificou-se que em 2016 houve um atraso generalizado, tendo-se iniciado o abrolhamento na última semana de março, a plena floração, na primeira quinzena de maio, e a maturação, na segunda quinzena de junho. Quanto à evolução dos frutos em pós-colheita, percebeu-se que existiu de forma generalizada ao longo do tempo um aumento do ºBrix e uma diminuição da acidez, contudo, a perda de firmeza foi um fator que influenciou negativamente a qualidade do fruto à medida que o tempo de pós-colheita decorreu. Pode, com este trabalho, concluir-se que a evolução fenológica e a evolução dos frutos em pós-colheita são dependentes de cada cultivar. O atraso na evolução fenológica das cultivares estudadas, em relação aos anos anteriores, poderá dever-se ao somatório tardio das horas de frio, necessárias ao abrolhamento. Porém, a duração de cada fenofase caraterizou cada cultivar. No que respeita à conservação, percebe-se que, com exceção da firmeza, o mirtilo tem capacidade de melhorar as suas características qualitativas em pós - colheita, todavia, o mercado e a logística deve ser trabalhada para que o fruto chegue ao consumidor no menor tempo possível a fim de não comprometer a sua qualidade devido à sua desidratação.
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As observações e recolha de dados da evolução fenológica das diferentes cultivares estudadas, decorreu entre 29 de fevereiro e 17 de julho de 2016. Para isto, marcou-se um ramo por planta em 4 plantas por cultivar, recolhendo-se os dados semanalmente, com base na escala de observação fenológica já utilizada nos anos anteriores. Para o estudo do mirtilo em pós-colheita, colheram-se frutos no momento em que se iniciou a colheita na exploração e colocaram-se em conservação em câmara frigorífica a 2ºC, durante 28 dias, tendo-se feito avaliações em laboratório, semanalmente, quanto aos parâmetros de dureza, peso de 100 frutos, % de matéria seca, ºBrix, pH e acidez. Em termos fenológicos, verificou-se que em 2016 houve um atraso generalizado, tendo-se iniciado o abrolhamento na última semana de março, a plena floração, na primeira quinzena de maio, e a maturação, na segunda quinzena de junho. Quanto à evolução dos frutos em pós-colheita, percebeu-se que existiu de forma generalizada ao longo do tempo um aumento do ºBrix e uma diminuição da acidez, contudo, a perda de firmeza foi um fator que influenciou negativamente a qualidade do fruto à medida que o tempo de pós-colheita decorreu. Pode, com este trabalho, concluir-se que a evolução fenológica e a evolução dos frutos em pós-colheita são dependentes de cada cultivar. O atraso na evolução fenológica das cultivares estudadas, em relação aos anos anteriores, poderá dever-se ao somatório tardio das horas de frio, necessárias ao abrolhamento. Porém, a duração de cada fenofase caraterizou cada cultivar. No que respeita à conservação, percebe-se que, com exceção da firmeza, o mirtilo tem capacidade de melhorar as suas características qualitativas em pós - colheita, todavia, o mercado e a logística deve ser trabalhada para que o fruto chegue ao consumidor no menor tempo possível a fim de não comprometer a sua qualidade devido à sua desidratação.The cultivation of blueberry, Vaccinium corymbosum spp., In Portugal and in particular in the Minho Region, has been a major factor in spreading the production since 2013. As a culture that has been denied and has no tradition in our country, there is need to deepen the study and research on production and conservation. The work was developed in the years 2014 and 2015 and, therefore, contributes to the better knowledge and standardization of the phenological evolution of blueberry, Duke, Drapper, Chandler, Ozarkblue and Legacy cultivars. Cumulatively, it was also affirmed to study the conservation and qualitative evolution of the blueberry, in post-harvest, in the cultivar origins. As observations and data collection of the phenological evolution of the different cultivars studied, it took place between February 29 and July 17, 2016. For this, a branch was marked per plant in 4 plants per cultivar, and the data were collected weekly, with based on the phenological observation scale already used in previous years. For the post-harvest blueberry study, fruits were harvested at the time when a harvest was started at the farm and stored in a cold room at 2ºC for 28 days, and weekly, as for the parameter of hardness, weight of 100 fruits,% dry matter, ºBrix, pH and acidity. In phenological terms, it was verified that in 2016, a generalized delay, having started the sprouting in the last week of March, a full bloom in the first fortnight of May, and maturation, in the second fortnight of June. Regarding the evolution of the fruits in post-harvest, it was noticed that there was a generalized over time an increase of ºBrix and a decrease of acidity, however, the loss of firmness to a factor that negatively influenced the quality of the fruit to measure which is the post-harvest time elapsed. It is possible, with this work, to conclude that the phenological evolution and a development of the fruits in postharvest are dependent of each cultivar. The delay in the phenological evolution of the studied cultivars, in relation to the previous years, being able to the sum of the late hours of cold, touches the sprouting. However, the duration of each phenophase characterized each cultivar. Regarding conservation, it is noticed that, except for the company, the blueberry has the capacity to improve as its qualitative characteristics in post-harvest, however, the market and the logistics must be worked so that the freight reaches the consumer in the smallest time not to compromise its quality due to its dehydration.2018-01-08T12:49:23Z2017-10-18T00:00:00Z2017-10-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1963TID:201769778porAraújo, Duarte Alexandre Moreno Martinsinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:44:38Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1963Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:46.809309Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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