Avaliação do comportamento agronómico de cultivares de mirtilo (VACCINIUM CORYMBOSUM L.) no Alentejo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/15277 |
Resumo: | As plantas de mirtilo crescem usualmente em climas mais frios que o mediterrâneo, pois necessitam de acumular um elevado número de horas de temperaturas abaixo de 7,2 ºC (“chilling”) para que se dê a quebra de dormência. Contudo, o aparecimento de cultivares denominadas “Southern Highbush” com menores necessidades de acumulação de baixas temperaturas do que as tradicionais (“Northern Highbush”) levou a que na Califórnia a produção destes frutos esteja a ser implantada com sucesso. Em Portugal, temos já também uma área considerável de produção no litoral Alentejano e em Sever do Vouga. Tendo em consideração os preços dos frutos de mirtilo e a reconhecida influência do consumo destes na saúde, este trabalho teve como objectivo estudar o comportamento agronómico e produtivo de 6 cultivares de mirtilo (“Star”, “Misty”, “Southmoon”, “Ozarkblue”, “O’Neal” e “Nui”) (Vaccinium corymbosum L.) no Alentejo interior. Para o efeito realizou-se um ensaio em blocos casualizados com 4 repetições. No 2º ano, após a plantação, foram efectuadas diferentes medições ao longo do ciclo de cultura para analisar a evolução do pH do solo, o desenvolvimento das plantas e a qualidade dos frutos. O pH do solo, no 2º ano, apresentou valores compreendidos entre 4,61 e 5,16, ou seja, dentro do intervalo considerado adequado para o crescimento das plantas de mirtilo. Os resultados preliminares deste estudo mostraram-nos que as cultivares cresceram significativamente e que houve diferenciação floral. A floração nas cultivares Star, Misty e Southmoon foi a mais precoce, tendo início em meados de Janeiro, o que pode ser prejudicial devido à elevada probabilidade de ocorrência de geadas. No que diz respeito à qualidade dos frutos, o “ºbrix” variou entre 12,1 e 14,6 e o pH entre 2,72 e 3,37, estando dentro do intervalo aconselhado para os frutos de mirtilo; ABSTRACT: The blueberry plants usually grow in climates colder than the Mediterranean, because they need specific chilling requirements. They need to accumulate a certain number of hours of temperatures below 7,2 degrees Celsius, in order to break dormancy. However, a genetic new cultivars called "Southern Highbush" have reduce needed for accumulation of low temperatures than the traditional ("Northern Highbush"), led California to a successfully production of these fruits. In Portugal, we also have a significant area of production in the Alentejo coast and Sever do Vouga. Having in consideration the blueberry prices and the beneficts on human health, the purpose of this study was to learn about the agronomic behavior and production of 6 varieties of blueberry (“Star”, “Misty”, “Southmoon”, “Ozarkblue”, “O’Neal” e “Nui”) (Vaccinium corymbosum L.) suited in a climate as Alentejo. To this end we carried out an experiment in randomized blocks with 4 replications. In the second year after planting, different measurements were made during the growing season to analyze the evolution of soil pH, plant growth and fruit quality. Soil pH ranged between 4,61 and 5,16, within the range considered adequate for the growth of blueberry plants. Preliminary results of this study showed us that the cultivars grown significantly and there were floral differentiation. Thus, the flowering in the cultivar Star, Misty and Southmoon were the earliest, beginning in mid-January, which may be harmful due to the high probability of frost. About the fruit quality, "ºbrix" varied between 12,1 and 14,6 and the pH between 2,72 and 3,37, is within the range desirable for the blueberry fruit. |
id |
RCAP_bfaa359e2a53ab0edf5cc75d279a8df3 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:dspace.uevora.pt:10174/15277 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Avaliação do comportamento agronómico de cultivares de mirtilo (VACCINIUM CORYMBOSUM L.) no AlentejoVaccinium corymbosum L.MirtiloCultivaresPH do soloEstádios fenológicos"Brix"Vaccinium corymbosum L.BlueberryCultivarsSoil pHPhenological stages"Brix"As plantas de mirtilo crescem usualmente em climas mais frios que o mediterrâneo, pois necessitam de acumular um elevado número de horas de temperaturas abaixo de 7,2 ºC (“chilling”) para que se dê a quebra de dormência. Contudo, o aparecimento de cultivares denominadas “Southern Highbush” com menores necessidades de acumulação de baixas temperaturas do que as tradicionais (“Northern Highbush”) levou a que na Califórnia a produção destes frutos esteja a ser implantada com sucesso. Em Portugal, temos já também uma área considerável de produção no litoral Alentejano e em Sever do Vouga. Tendo em consideração os preços dos frutos de mirtilo e a reconhecida influência do consumo destes na saúde, este trabalho teve como objectivo estudar o comportamento agronómico e produtivo de 6 cultivares de mirtilo (“Star”, “Misty”, “Southmoon”, “Ozarkblue”, “O’Neal” e “Nui”) (Vaccinium corymbosum L.) no Alentejo interior. Para o efeito realizou-se um ensaio em blocos casualizados com 4 repetições. No 2º ano, após a plantação, foram efectuadas diferentes medições ao longo do ciclo de cultura para analisar a evolução do pH do solo, o desenvolvimento das plantas e a qualidade dos frutos. O pH do solo, no 2º ano, apresentou valores compreendidos entre 4,61 e 5,16, ou seja, dentro do intervalo considerado adequado para o crescimento das plantas de mirtilo. Os resultados preliminares deste estudo mostraram-nos que as cultivares cresceram significativamente e que houve diferenciação floral. A floração nas cultivares Star, Misty e Southmoon foi a mais precoce, tendo início em meados de Janeiro, o que pode ser prejudicial devido à elevada probabilidade de ocorrência de geadas. No que diz respeito à qualidade dos frutos, o “ºbrix” variou entre 12,1 e 14,6 e o pH entre 2,72 e 3,37, estando dentro do intervalo aconselhado para os frutos de mirtilo; ABSTRACT: The blueberry plants usually grow in climates colder than the Mediterranean, because they need specific chilling requirements. They need to accumulate a certain number of hours of temperatures below 7,2 degrees Celsius, in order to break dormancy. However, a genetic new cultivars called "Southern Highbush" have reduce needed for accumulation of low temperatures than the traditional ("Northern Highbush"), led California to a successfully production of these fruits. In Portugal, we also have a significant area of production in the Alentejo coast and Sever do Vouga. Having in consideration the blueberry prices and the beneficts on human health, the purpose of this study was to learn about the agronomic behavior and production of 6 varieties of blueberry (“Star”, “Misty”, “Southmoon”, “Ozarkblue”, “O’Neal” e “Nui”) (Vaccinium corymbosum L.) suited in a climate as Alentejo. To this end we carried out an experiment in randomized blocks with 4 replications. In the second year after planting, different measurements were made during the growing season to analyze the evolution of soil pH, plant growth and fruit quality. Soil pH ranged between 4,61 and 5,16, within the range considered adequate for the growth of blueberry plants. Preliminary results of this study showed us that the cultivars grown significantly and there were floral differentiation. Thus, the flowering in the cultivar Star, Misty and Southmoon were the earliest, beginning in mid-January, which may be harmful due to the high probability of frost. About the fruit quality, "ºbrix" varied between 12,1 and 14,6 and the pH between 2,72 and 3,37, is within the range desirable for the blueberry fruit.Universidade de Évora2015-09-01T10:29:56Z2015-09-012012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10174/15277http://hdl.handle.net/10174/15277porDepartamento de Fitotecniateses@bib.uevora.pt215Jesus, Ricardo Nuno Azevedo deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T18:57:28Zoai:dspace.uevora.pt:10174/15277Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:06:13.253134Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Avaliação do comportamento agronómico de cultivares de mirtilo (VACCINIUM CORYMBOSUM L.) no Alentejo |
title |
Avaliação do comportamento agronómico de cultivares de mirtilo (VACCINIUM CORYMBOSUM L.) no Alentejo |
spellingShingle |
Avaliação do comportamento agronómico de cultivares de mirtilo (VACCINIUM CORYMBOSUM L.) no Alentejo Jesus, Ricardo Nuno Azevedo de Vaccinium corymbosum L. Mirtilo Cultivares PH do solo Estádios fenológicos "Brix" Vaccinium corymbosum L. Blueberry Cultivars Soil pH Phenological stages "Brix" |
title_short |
Avaliação do comportamento agronómico de cultivares de mirtilo (VACCINIUM CORYMBOSUM L.) no Alentejo |
title_full |
Avaliação do comportamento agronómico de cultivares de mirtilo (VACCINIUM CORYMBOSUM L.) no Alentejo |
title_fullStr |
Avaliação do comportamento agronómico de cultivares de mirtilo (VACCINIUM CORYMBOSUM L.) no Alentejo |
title_full_unstemmed |
Avaliação do comportamento agronómico de cultivares de mirtilo (VACCINIUM CORYMBOSUM L.) no Alentejo |
title_sort |
Avaliação do comportamento agronómico de cultivares de mirtilo (VACCINIUM CORYMBOSUM L.) no Alentejo |
author |
Jesus, Ricardo Nuno Azevedo de |
author_facet |
Jesus, Ricardo Nuno Azevedo de |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Jesus, Ricardo Nuno Azevedo de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Vaccinium corymbosum L. Mirtilo Cultivares PH do solo Estádios fenológicos "Brix" Vaccinium corymbosum L. Blueberry Cultivars Soil pH Phenological stages "Brix" |
topic |
Vaccinium corymbosum L. Mirtilo Cultivares PH do solo Estádios fenológicos "Brix" Vaccinium corymbosum L. Blueberry Cultivars Soil pH Phenological stages "Brix" |
description |
As plantas de mirtilo crescem usualmente em climas mais frios que o mediterrâneo, pois necessitam de acumular um elevado número de horas de temperaturas abaixo de 7,2 ºC (“chilling”) para que se dê a quebra de dormência. Contudo, o aparecimento de cultivares denominadas “Southern Highbush” com menores necessidades de acumulação de baixas temperaturas do que as tradicionais (“Northern Highbush”) levou a que na Califórnia a produção destes frutos esteja a ser implantada com sucesso. Em Portugal, temos já também uma área considerável de produção no litoral Alentejano e em Sever do Vouga. Tendo em consideração os preços dos frutos de mirtilo e a reconhecida influência do consumo destes na saúde, este trabalho teve como objectivo estudar o comportamento agronómico e produtivo de 6 cultivares de mirtilo (“Star”, “Misty”, “Southmoon”, “Ozarkblue”, “O’Neal” e “Nui”) (Vaccinium corymbosum L.) no Alentejo interior. Para o efeito realizou-se um ensaio em blocos casualizados com 4 repetições. No 2º ano, após a plantação, foram efectuadas diferentes medições ao longo do ciclo de cultura para analisar a evolução do pH do solo, o desenvolvimento das plantas e a qualidade dos frutos. O pH do solo, no 2º ano, apresentou valores compreendidos entre 4,61 e 5,16, ou seja, dentro do intervalo considerado adequado para o crescimento das plantas de mirtilo. Os resultados preliminares deste estudo mostraram-nos que as cultivares cresceram significativamente e que houve diferenciação floral. A floração nas cultivares Star, Misty e Southmoon foi a mais precoce, tendo início em meados de Janeiro, o que pode ser prejudicial devido à elevada probabilidade de ocorrência de geadas. No que diz respeito à qualidade dos frutos, o “ºbrix” variou entre 12,1 e 14,6 e o pH entre 2,72 e 3,37, estando dentro do intervalo aconselhado para os frutos de mirtilo; ABSTRACT: The blueberry plants usually grow in climates colder than the Mediterranean, because they need specific chilling requirements. They need to accumulate a certain number of hours of temperatures below 7,2 degrees Celsius, in order to break dormancy. However, a genetic new cultivars called "Southern Highbush" have reduce needed for accumulation of low temperatures than the traditional ("Northern Highbush"), led California to a successfully production of these fruits. In Portugal, we also have a significant area of production in the Alentejo coast and Sever do Vouga. Having in consideration the blueberry prices and the beneficts on human health, the purpose of this study was to learn about the agronomic behavior and production of 6 varieties of blueberry (“Star”, “Misty”, “Southmoon”, “Ozarkblue”, “O’Neal” e “Nui”) (Vaccinium corymbosum L.) suited in a climate as Alentejo. To this end we carried out an experiment in randomized blocks with 4 replications. In the second year after planting, different measurements were made during the growing season to analyze the evolution of soil pH, plant growth and fruit quality. Soil pH ranged between 4,61 and 5,16, within the range considered adequate for the growth of blueberry plants. Preliminary results of this study showed us that the cultivars grown significantly and there were floral differentiation. Thus, the flowering in the cultivar Star, Misty and Southmoon were the earliest, beginning in mid-January, which may be harmful due to the high probability of frost. About the fruit quality, "ºbrix" varied between 12,1 and 14,6 and the pH between 2,72 and 3,37, is within the range desirable for the blueberry fruit. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-01-01T00:00:00Z 2015-09-01T10:29:56Z 2015-09-01 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10174/15277 http://hdl.handle.net/10174/15277 |
url |
http://hdl.handle.net/10174/15277 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Departamento de Fitotecnia teses@bib.uevora.pt 215 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de Évora |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de Évora |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1817552844778110976 |