A inteireza do sujeito: entre a autonomia estrutural e a anomia narrativa: um percurso pela Psicologia do Desenvolvimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jesus, Paulo Renato
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11328/779
Resumo: A psicologia do desenvolvimento tem compreendido o “sujeito” como essencialmente activo, propondo modelos construtivistas regulados por uma lógica estrutural interna marcadamente autónoma e autonómica. O “sujeito epistémico” de Piaget e Kohlberg assim como o “sujeitointegrador” de Erikson e Marcia são obras paradigmáticas deste género de compreensão. Recentemente, uma alternativa a-estrutural (em parte, inspirada pelos conceitos desafiantes de Vygotsky e Bahktin, isto é, na “constituição semiótica da consciência” e no “dialogismoheteroglóssico”) tem proposto um sujeito narrativo ou hermenêutico, “sem interioridade”, essencialmente heterónomo e anómico: um sujeito-texto-biografia rescrevendo-se dialógica e ecologicamente. A desconstrução do estruturalismo construtivista poderá, portanto, libertarvastas regiões do sujeito e aproximar-nos da fonte do sentido, anunciando uma subjectividade-ipseidade não-estrutural (Ricoeur) “mais passiva que toda a passividade” – não-construtiva (Lévinas).
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