Diabetes, autogestão e capacitação de pessoas idosas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vasconcelos, Diana Marisa Teixeira
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/14065
Resumo: Introdução e objetivo: As doenças crónicas são consideradas uma epidemia, constituindo um sério problema de saúde pública a nível mundial, sendo-lhe atribuído 84,0% das mortes em 2008, (World Health Organization, (2011). Neste sentido, é preocupante a elevada incidência e prevalência da diabetes mellitus tipo 2 cujo aumento se traduz em proporções epidémicas, com repercussões ao nível da incapacidade e mortalidade prematura, dos gastos elevados com os tratamentos, para além das implicações e impacto pessoal, familiar e social da doença. Este estudo tem como objetivo geral avaliar a perceção que as pessoas idosas possuem sobre a gestão da diabetes Mellitus tipo 2, e o seu comportamento na adesão à terapêutica, bem como, a influência desta patologia na satisfação/insatisfação da sua vida quotidiana. Metodologia: O estudo desenvolvido é do tipo exploratório e descritivo em que se utilizou uma técnica de amostragem não aleatória de 129 diabéticos idosos. Como instrumento de colheita de dados foi aplicado um questionário durante as consultas de Diabetes realizadas em unidades de saúde do ACES Baixo Vouga. Todos os participantes assinaram o termo de consentimento informado e esclarecido. Estão integradas no questionário: (i) informações sociodemográficas;(ii) Inquérito de Perceção de Doença (IPQ-R) que nos permite avaliar a perceção de doença; (iii) Escala de Satisfação com a Vida (ESCV) para avaliação da satisfação com a vida; (iv) Empowerment Scale-Short Form (DES-SF) para avaliar as capacidades de empowerment. Resultados: As variáveis métricas classificadas (Índice de Massa Corporal, Glicémia em Jejum e Pressão Arterial), a prevalência de obesidade de excesso de peso nos homens é superior (53,2%) em relação às mulheres (44,8%). No que concerne à perceção de doença verifica-se que o sexo feminino se destaca em relação ao sexo masculino na exteriorização das suas queixas. Os sintomas mais apontados pelo sexo feminino foram a vontade de comer (11,6%), náuseas (10,1%), rigidez nas articulações (12,4%), muita sede (14%), tonturas (18,6%) e perda de forças (10,9%), no entanto, as pessoas do sexo masculino como do feminino, não relacionam com a diabetes os sintomas que manifestam. Verifica-se que as pessoas idosas, neste caso com 1º Ciclo do ensino básico (até 4 anos de escolaridade), 88,4% possuem capacidades de autogestão limitadas apresentando uma atitude ou um comportamento negativo face aos cuidados que devem ter com a sua diabetes. Conclusão: De realçar que a baixa escolaridade da população estudada compromete a sua literacia em saúde e inequivocamente o processo de empowerment, havendo assim, uma necessidade de definir estratégias que permitam aos profissionais de saúde dar o suporte adequado a este tipo de doentes.
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Metodologia: O estudo desenvolvido é do tipo exploratório e descritivo em que se utilizou uma técnica de amostragem não aleatória de 129 diabéticos idosos. Como instrumento de colheita de dados foi aplicado um questionário durante as consultas de Diabetes realizadas em unidades de saúde do ACES Baixo Vouga. Todos os participantes assinaram o termo de consentimento informado e esclarecido. Estão integradas no questionário: (i) informações sociodemográficas;(ii) Inquérito de Perceção de Doença (IPQ-R) que nos permite avaliar a perceção de doença; (iii) Escala de Satisfação com a Vida (ESCV) para avaliação da satisfação com a vida; (iv) Empowerment Scale-Short Form (DES-SF) para avaliar as capacidades de empowerment. Resultados: As variáveis métricas classificadas (Índice de Massa Corporal, Glicémia em Jejum e Pressão Arterial), a prevalência de obesidade de excesso de peso nos homens é superior (53,2%) em relação às mulheres (44,8%). No que concerne à perceção de doença verifica-se que o sexo feminino se destaca em relação ao sexo masculino na exteriorização das suas queixas. Os sintomas mais apontados pelo sexo feminino foram a vontade de comer (11,6%), náuseas (10,1%), rigidez nas articulações (12,4%), muita sede (14%), tonturas (18,6%) e perda de forças (10,9%), no entanto, as pessoas do sexo masculino como do feminino, não relacionam com a diabetes os sintomas que manifestam. Verifica-se que as pessoas idosas, neste caso com 1º Ciclo do ensino básico (até 4 anos de escolaridade), 88,4% possuem capacidades de autogestão limitadas apresentando uma atitude ou um comportamento negativo face aos cuidados que devem ter com a sua diabetes. Conclusão: De realçar que a baixa escolaridade da população estudada compromete a sua literacia em saúde e inequivocamente o processo de empowerment, havendo assim, uma necessidade de definir estratégias que permitam aos profissionais de saúde dar o suporte adequado a este tipo de doentes.Introduction and objective: Chronic diseases are considered an epidemic, constituting a serious public health worldwide, and assigned 84.0% of deaths in 2008 (World Health Organization, (2011). In this sense, it is worrying the high incidence and prevalence of type 2 diabetes mellitus whose increase translates into epidemic proportions, affecting the level of disability and premature mortality, high expenses with treatments, beyond the implications and personal, familial and social impact of the disease. This study is aimed at evaluating the general perception that older people have about the management of diabetes mellitus type 2, and their behavior on compliance, as well as the influence of this condition on the satisfaction / dissatisfaction of their daily lives. Methods: The study conducted is exploratory and descriptive in that we used a technique of non-random sampling of 129 elderly diabetics. As an instrument of data collection, a questionnaire was applied during consultations held in the Diabetes health units of the Lower Vouga ACES. All participants signed informed consent and informed. Are integrated in the questionnaire: (i) demographic information, (ii) Survey of Perception of Illness (IPQ-R) that allows us to assess the perception of disease; (iii) Scale of Life Satisfaction (ESCV) for evaluation of life satisfaction; (iv) Empowerment Scale-Short Form (DES-SF) to assess the capabilities of empowerment. Results: Metric variables classified (Body Mass Index, Blood Sugar Fasting and Blood Pressure), obesity prevalence of overweight is higher in men (53.2%) compared to women (44.8%). Regarding the perception of disease it appears that the female stands in relation to the male in the externalization of their complaints. The symptoms most frequently reported by women were the desire to eat (11.6%), nausea (10.1%), stiffness (12.4%), thirsty (14%), dizziness (18.6% ) and loss of strength (10,9%), however, males and females, not related to the symptoms manifest diabetes. It appears that older people, in this case with the 1st cycle of basic education (up to 4 years of schooling), 88.4% have limited self-management capabilities of presenting a negative attitude or behavior towards care they should have with your diabetes . Conclusion: To emphasize that low educational level of the population compromises their health literacy and unambiguously the process of empowerment, thus there is a need to develop strategies to enable health professionals to provide proper support to such patients.Universidade de Aveiro2015-05-14T14:27:08Z2014-01-01T00:00:00Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/14065TID:201572443porVasconcelos, Diana Marisa Teixeirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:25:41Zoai:ria.ua.pt:10773/14065Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:49:44.334126Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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