A tomada de decisão policial em grandes eventos políticos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/15398 |
Resumo: | O ser humano, distante de uma omnisciência lógica e detentor de uma mente com limitações de processamento e memória, enfrenta no seu quotidiano situações que exigem respostas céleres, condicionadas por pressões temporais, stress e escasso conhecimento, subordinadas a constrangimentos políticos, institucionais e sociais. Como consequência dos limites da mente humana, o decisor recorre a estratégias proximais almejando a resolução das situações com as quais se depara, conduzindo desse modo, ocasionalmente, a enviesamentos e erros nas avaliações e decisões que toma. Não empregando estratégias de otimização, o decisor propõe-se a atingir soluções satisfatórias e suficientes, em condições exigentes, envolvendo consequentemente uma parca pesquisa de informação e atentando às características estruturais e circunstanciais do ambiente no qual essa se processa. Na impossibilidade de se alhear da sua condição humana, o decisor policial padece das mesmas limitações do comum cidadão. Assim, desenvolveu-se um estudo qualitativo, em contexto naturalista, sobre a tomada de decisão na atividade policial em três grandes eventos políticos, no intuito de melhor compreender o processo de tomada de decisão no domínio policial. Os resultados sugerem que o processo de tomada de decisão policial assenta na capacidade do decisor em avaliar cursos de ação, pesquisar e gerir a informação necessária, analisar pistas informativas e antecipar cenários, projetando constantemente expectativas durante o policiamento. Para concretizar tais ações, a experiência aliada ao conhecimento do decisor policial revestem importância fulcral. |
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