Adverse events of physiotherapy interventions in Parkinsonian patients

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caniça, Verónica Candeias, 1990-
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/56008
Resumo: Tese de mestrado, Neurociências, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2022
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spelling Adverse events of physiotherapy interventions in Parkinsonian patientsDoença de ParkinsonTranstornos ParkinsonianosFisioterapiaEventos adversosTeses de mestrado - 2022Domínio/Área Científica::Ciências MédicasTese de mestrado, Neurociências, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2022Contextualização Os Síndromes Parkinsonianos são um grupo de doenças neurodegenerativas caracterizadas por bradicinesia, rigidez, tremor de repouso e instabilidade postural. A doença de Parkinson é causada pela perda progressiva de neurónios dopaminérgicos e subcorticais, sendo a segunda patologia neurodegenerativa mais comum. Estima-se que afeta atualmente ~7 milhões de pessoas em todo o mundo, e é expectável que aumente para 14 milhões até 2040. Também se incluí no espectro dos Síndromes Parkinsonicos Atípicos, a Atrofia Multissistémica, Demência de Corpos de Lewy, Paralisia Supranuclear Progressiva e Síndrome Corticobasal. O diagnóstico diferencial é feito na presença de sinais motores e numa variedade de sintomas não motores incapacitantes, tais como perturbações psiquiátricas e disautonomia. A instabilidade postural e as alterações da marcha também são características importantes, geralmente mais associadas à progressão da doença, e relacionam-se com um risco aumentado de quedas, diminuição da capacidade física e redução da qualidade de vida. O tratamento farmacológico é atualmente uma das abordagens mais eficazes no controlo sintomático. Porém, os doentes desenvolvem uma incapacidade progressiva, com limitações motoras e restrições de participação. Assim, defende-se o benefício de uma abordagem multidisciplinar, com cuidados especializados no tratamento dos Síndromes Parkinsonianos. Nos últimos anos a reabilitação tem ganho cada vez mais relevância. Literatura recente suporta o impacto positivo do exercício e da fisioterapia na melhoria da capacidade para a marcha, equilíbrio, força muscular e mobilidade funcional destes doentes. A fisioterapia procura maximizar a qualidade do movimento, a independência funcional e a capacidade física geral, e minimizar complicações secundárias. Adicionalmente apoia o autocuidado, num contexto educacional, e a participação otimizando estratégias de segurança. A intervenção da Fisioterapia está frequentemente associada a uma abordagem segura ou desprovida de riscos. No entanto, uma revisão sistemática sobre exercício e treino motor em doentes de Parkinson revelou que este tópico tem sido inadequadamente explorado. A segurança do doente é uma questão complexa que envolve todos os membros da equipa multidisciplinar e, a gestão do risco é uma componente inerente à prática da fisioterapia. A gestão do risco para cada doente requer conhecimento do diagnóstico, estadios da doença, comorbilidades, contraindicações ao tratamento, aplicação segura e eficaz de intervenções, e uma monitorização contínua da relação risco/beneficio. Objetivos Determinar a frequência dos eventos adversos associados à intervenção da fisioterapia que ocorram, durante ou entre sessões para doentes com Síndromes Parkinsonianos. E, caracterizar (tipo, gravidade, seriedade e impacto auto reportado dos pacientes/cuidadores) os eventos adversos associados à intervenção da fisioterapia que ocorram, durante ou entre sessões para doentes com Síndromes Parkinsonianos. Metodologia Este projeto consiste num estudo clínico exploratório implementado no CNS- Campus Neurológico durante 4 meses e uma semana de follow-up. O estudo envolveu a notificação de eventos adversos que ocorreram durante ou entre sessões de fisioterapia para doentes com síndromes parkinsonianos. O registo da notificação foi realizado pelo terapeuta que acompanhou a sessão, e que observou o evento adverso durante o período de estudo. Para reportar os eventos adversos foi desenvolvido uma ferramenta de notificação para intervenções de fisioterapia, adaptada das recomendações da FDA e do INFARMED, que de acordo com o nosso conhecimento não existia nenhum sistema de notificação validado disponível. Os doentes eram elegíveis para o estudo se tivessem um diagnóstico de Parkinsonismo, de acordo com os critérios de diagnóstico clínico; se estivessem a realizar sessões de fisioterapia no CNS; e se tivessem dado o seu consentimento ou do seu tutor legal para participar no estudo e fornecer as informações solicitadas. Foram excluídos os doentes que tinham presença de psicose, que de acordo com o melhor julgamento clínico, poderia agravar-se pela participação no estudo. Resultados A amostra foi composta por 100 participantes. Após quatro meses e uma semana de follow-up, foram concluídas 1845 sessões de fisioterapia. Durante este período, um total de 128 eventos adversos foi reportado pelos fisioterapeutas, o que corresponde a uma média de 0,07 eventos/sessão. Os eventos adversos mais frequentemente reportados foram quedas, dor/desconforto e hipotensão. Com base nos resultados, é possível inferir que o risco relativo de um doente com Síndrome Parkinsoniano (RR=1.4) ter um evento adverso é superior ao de um doente de Parkinson (RR=0.7). Conclusões Os resultados deste estudo sugerem que a intervenção da fisioterapia para doentes com Síndromes Parkinsonianos não é desprovida de riscos. Apesar da identificação de eventos adversos é ainda insuficiente a informação disponível para uma relação causal definitiva relacionada às sessões de fisioterapia.Background The evidence for physiotherapy supports a positive impact on exercise and motor training activities in improving walking, balance, muscle strength, and the performance of functional tasks in people with Parkinson’s Disease and Parkinsonian Syndromes. Physiotherapists working in clinical settings must be aware of patient safety on a daily basis and of their role in promoting it, and it depends on the ability to learn from experience and mistakes. However, the adverse event’s topic has been inadequately addressed in the rehabilitation research field, as found in a systematic review of Exercise and Motor Training in People with Parkinson’s Disease. Physiotherapists have an ethical, professional, and regulatory responsibility for safety in all aspects of patient care. Aim To determine the frequency of adverse events that occur, during or in between sessions for parkinsonian syndromes. And, to characterize (type, severity, seriousness, and patients/caregivers self-reported impact) adverse events that occur, during or in between sessions for parkinsonian syndromes. Methods An exploratory clinical study was implemented at CNS- Campus Neurológico, during 4 months plus one week of follow-up. The study consisted in the report of adverse events that occurs during or in between sessions for parkinsonian syndromes. The report tool was filled out by the therapist who performed the session, and which observed the adverse event during the study period. To report the adverse events that occurred, we had to develop a reporting tool for physiotherapy interventions adapted from FDA and INFARMED recommendations, which since we knew of there wasn’t any available validated reporting tool. Results The sample was composed by 100 patients. After four months plus one week of follow up were completed 1845 sessions. During this period a total number of 128 adverse events was reported by the physiotherapists, which corresponds to an average of 0.07 events/session. Based on the results, the relative risk of a patient with Atypical Parkinsonian Syndrome (RR=1.4) to have an adverse event is higher than a Parkinson’s patient (RR=0.7). The most common adverse events reported were falls, pain/discomfort, and hypotension. Conclusions The results of this study suggest that adverse events do occur during the physiotherapy sessions. Although, there is still insufficient information for a definitive causal relationship with physiotherapy sessions.Ferreira, Joaquim José CoutinhoRepositório da Universidade de LisboaCaniça, Verónica Candeias, 1990-2023-01-25T11:33:28Z2022-05-272022-05-27T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/56008TID:203027426enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T17:03:20Zoai:repositorio.ul.pt:10451/56008Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:06:34.447710Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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