A consciência morfológica e a formação do plural e do feminino: um estudo com crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Janete Rute Loureiro Coelho
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/15550
Resumo: A consciência fonológica, a consciência sintática e a consciência morfológica destacam-se por contribuírem de forma significativa para a alfabetização, sendo a última habilidade metalinguística a menos estudada. Na sequência dos poucos estudos que existem, no português, sobre a consciência morfológica, a presente investigação pretende comparar e identificar a forma como as crianças do primeiro ciclo do ensino básico aplicam as regras de formação do plural e do feminino e verificar a existência de diferenças significativas entre o desempenho de crianças no início e no final do primeiro ciclo do ensino básico. De maneira a cumprir estes objetivos, aplicou-se uma bateria de testes, criada especificamente para a presente investigação, a dois grupos de crianças: Grupo 1 (13 crianças do primeiro ano de escolaridade) vs Grupo 2 (13 crianças do quarto ano de escolaridade). Para análise estatística usou-se o Teste U de Mann-Whitney, com nível de significância p<0,05, do IBM SPSS Statistics 23,0, com o qual se pretendia perceber se existiam diferenças estatisticamente significativas entre o desempenho dos dois grupos de crianças, no que concerne aos resultados dos subtestes que testam a influência da familiaridade lexical (substantivos vs pseudopalavras) e dos subtestes que testam a influência das pistas visuais (sem apoio de imagens vs com apoio de imagens). Os resultados são apresentados como médias e desvios-padrão e também sob a forma de percentagem de acertos. Na análise descritiva, procedeu-se à comparação e identificação da forma como as crianças do Grupo 1 e do Grupo 2 aplicaram as regras de formação do plural e do feminino nos substantivos. Os resultados são apresentados sob a forma de número de respostas erradas/corretas e respetiva percentagem. As crianças de ambos os grupos encontravam-se a frequentar pela primeira vez o primeiro/quarto ano de escolaridade, tinham como língua materna o Português Europeu e não apresentavam dificuldades de aprendizagem, atraso do desenvolvimento da linguagem ou qualquer outra perturbação cognitiva ou de linguagem diagnosticada. Após a recolha de dados e respetiva análise, verificou-se que, de modo geral, existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos, sendo o desempenho das crianças do Grupo 2 superior ao desempenho das crianças do Grupo 1. Deste modo, conclui-se que o desenvolvimento da consciência morfológica constitui um processo evolutivo, iniciando-se desde cedo e continuando a desenvolver-se nos anos mais avançados de escolaridade, sendo de fulcral importância a estimulação desta área nas crianças.
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De maneira a cumprir estes objetivos, aplicou-se uma bateria de testes, criada especificamente para a presente investigação, a dois grupos de crianças: Grupo 1 (13 crianças do primeiro ano de escolaridade) vs Grupo 2 (13 crianças do quarto ano de escolaridade). Para análise estatística usou-se o Teste U de Mann-Whitney, com nível de significância p<0,05, do IBM SPSS Statistics 23,0, com o qual se pretendia perceber se existiam diferenças estatisticamente significativas entre o desempenho dos dois grupos de crianças, no que concerne aos resultados dos subtestes que testam a influência da familiaridade lexical (substantivos vs pseudopalavras) e dos subtestes que testam a influência das pistas visuais (sem apoio de imagens vs com apoio de imagens). Os resultados são apresentados como médias e desvios-padrão e também sob a forma de percentagem de acertos. Na análise descritiva, procedeu-se à comparação e identificação da forma como as crianças do Grupo 1 e do Grupo 2 aplicaram as regras de formação do plural e do feminino nos substantivos. Os resultados são apresentados sob a forma de número de respostas erradas/corretas e respetiva percentagem. As crianças de ambos os grupos encontravam-se a frequentar pela primeira vez o primeiro/quarto ano de escolaridade, tinham como língua materna o Português Europeu e não apresentavam dificuldades de aprendizagem, atraso do desenvolvimento da linguagem ou qualquer outra perturbação cognitiva ou de linguagem diagnosticada. Após a recolha de dados e respetiva análise, verificou-se que, de modo geral, existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos, sendo o desempenho das crianças do Grupo 2 superior ao desempenho das crianças do Grupo 1. Deste modo, conclui-se que o desenvolvimento da consciência morfológica constitui um processo evolutivo, iniciando-se desde cedo e continuando a desenvolver-se nos anos mais avançados de escolaridade, sendo de fulcral importância a estimulação desta área nas crianças.The phonological awareness, syntactic awareness and morphological awareness stand out for contributing significantly to literacy, the last metalinguistic skill being the least studied. Following the few existing studies in Portuguese about morphological awareness, this research aims to compare and identify how primary school children apply the rules for plural and feminine formation and also to verify the significant differences between the performances of the children at the beginning and end of the primary education. In order to meet these goals, a number of tests created specifically for the present investigation, have been applied to two groups of children: Group 1 (13 children in the first year of schooling) vs. Group 2 (13 children in the fourth year of schooling). For statistical analysis we used the Mann-Whitney U test, with a p<0,05 significance level, from the IBM SPSS Statistics 23,0, with which it was intended to see whether there were statistically significant differences between the two groups of children, with respect to the results of the subtests which test the influence of lexical familiarity (nouns vs. pseudowords) and subtests that test the influence of visual cues (without supporting images vs. with images). The results are presented as means and standard deviations and also in the form of percentage of adjustments. In the descriptive analysis, a comparison and identification of how children in Group 1 and Group 2 applied the rules of the plural and feminine formation in nouns was made. The results are presented in the form of number of incorrect/correct answers and respective percentage. Children of both groups were attending, for the first time, the first/fourth year of schooling, had European Portuguese as their mother tongue and did not present learning difficulties, delayed language development or any other diagnosed cognitive or language impairment. After data collection and its analysis, it was found that, in general, there are statistically significant differences between the two groups, in which the performance of the children from Group 2 is superior to the performance of the children in Group 1. On this basis, it is concluded that the development of morphological awareness is an evolutionary process, starting from an early stage and continuing to develop in the later years of schooling and that the stimulation in this area, in children, is of central importance.Universidade de Aveiro2016-05-03T11:02:29Z2015-01-01T00:00:00Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/15550TID:201577984porSilva, Janete Rute Loureiro Coelhoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:28:48Zoai:ria.ua.pt:10773/15550Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:50:54.616016Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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