Consumo mediático e identidades dos ‘Lusodescendentes’ em França: o ‘étnico’ e o ‘mainstream’

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalheiro, José Ricardo
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.34624/sopcom.v0i0.15983
Resumo: Tal como as outras dimensões identitárias são negociadas face à diferença (Hall,  1991), também a etnicidade é um processo dinâmico e relacional, só sendo o conceito útil às ciências sociais se contrariar a ideia de que os grupos étnicos existem devido a diferenças essenciais. Porém, a carga ideológica do conceito leva o senso comum a usá-lo como forma polida de designar outras ‘raças’. É assim que os média europeus falam em etnia para populações de origem africana ou asiática, mas raramente o fazem para migrantes da Europa. Na perspectiva que adopto, a etnicidade não tem simplesmente a ver com diferença, de cultura ou de fenótipo, mas sim com a sua significação como elemento que interfere nas relações sociais. Quando determinada identidade influi no acesso ao mercado de trabalho ou na escolha de parceiros conjugais, está-se perante situações de etnicidade. A etnicidade é, pois, a diferença tornada socialmente significativa, a partir da ideia de origem (Eriksen, 2001). Abordo aqui a participação dos média na construção ou desconstrução desses significados.
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