Medicina centrada no paciente e capacitação do consulente em medicina geral e familiar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Ana Filipa Pinho Pedro dos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/31918
Resumo: Introdução: A Medicina Centrada no Paciente (MCP) abrange a experiência total de doença do utente, envolvendo-o nas decisões clínicas. Não existe em Portugal uma ferramenta que avalie a sua existência segundo a opinião do consulente. A Capacitação representa a medida em que um paciente se sente fortalecido, após uma consulta médica, na compreensão e gestão da doença. O Instrumento de Capacitação do Consulente (PEI/ICC) foi validado recentemente para a população portuguesa. Objetivos: São objetivos deste estudo a validação do Questionário da MCP em Portugal (MCP-PT), e a verificação da existência de MCP conforme a opinião do consulente, relacionando-a com a Capacitação, segundo o PEI/ICC. Materiais e Métodos: Construímos o MCP-PT com base nos seis componentes da MCP propostos por Moira Stewart e validámos em trinta consulentes da USF Topázio. De seguida, aplicámos o MCP-PT e o PEI/ICC, em duzentos utentes das USF Topázio, Briosa e Rainha Santa. Analisámos as respostas segundo o género, grupo etário, tipo de família, grau de formação, ter doença crónica e tomar medicamentos regularmente. Posteriormente, verificámos a correlação entre os dois questionários. Resultados: O MCP-PT foi validado para Portugal com valores de Alfa de Cronbach superiores a 0,8 e excelente fiabilidade. A amostra inquirida é maioritariamente feminina, entre 36 e 64 anos, vive acompanhada, tem a 4ª classe e toma medicamentos regularmente, referindo 50% ter doença crónica. A distribuição das respostas no MCP-PT teve propensão para a resposta “Sim” e, no PEI/ICC, a resposta intermédia “Melhor” foi tendencialmente mais escolhida. O MCP-PT, sendo um indicador composto por vários objetivos, foi estudado em valor absoluto e em distribuição relativa a valores percentílicos. O PEI/ICC tem também valor de indicador que estudámos igualmente. Verificámos correlação entre o MCP-PT e o PEI/ICC, que variam em sentido oposto de valor, com p=0,010. Discussão e Conclusão: Neste estudo, pudemos validar o MCP-PT para a população portuguesa, aferindo a opinião do consulente sobre a aplicação da MCP na consulta. A verificação de correlação positiva entre a MCP e a Capacitação, permite pensar em melhores resultados terapêuticos. Salientamos a necessidade de se realizarem mais estudos nesta área, com amostras mais significativas e noutras regiões de Portugal.
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Materiais e Métodos: Construímos o MCP-PT com base nos seis componentes da MCP propostos por Moira Stewart e validámos em trinta consulentes da USF Topázio. De seguida, aplicámos o MCP-PT e o PEI/ICC, em duzentos utentes das USF Topázio, Briosa e Rainha Santa. Analisámos as respostas segundo o género, grupo etário, tipo de família, grau de formação, ter doença crónica e tomar medicamentos regularmente. Posteriormente, verificámos a correlação entre os dois questionários. Resultados: O MCP-PT foi validado para Portugal com valores de Alfa de Cronbach superiores a 0,8 e excelente fiabilidade. A amostra inquirida é maioritariamente feminina, entre 36 e 64 anos, vive acompanhada, tem a 4ª classe e toma medicamentos regularmente, referindo 50% ter doença crónica. A distribuição das respostas no MCP-PT teve propensão para a resposta “Sim” e, no PEI/ICC, a resposta intermédia “Melhor” foi tendencialmente mais escolhida. O MCP-PT, sendo um indicador composto por vários objetivos, foi estudado em valor absoluto e em distribuição relativa a valores percentílicos. O PEI/ICC tem também valor de indicador que estudámos igualmente. Verificámos correlação entre o MCP-PT e o PEI/ICC, que variam em sentido oposto de valor, com p=0,010. Discussão e Conclusão: Neste estudo, pudemos validar o MCP-PT para a população portuguesa, aferindo a opinião do consulente sobre a aplicação da MCP na consulta. A verificação de correlação positiva entre a MCP e a Capacitação, permite pensar em melhores resultados terapêuticos. Salientamos a necessidade de se realizarem mais estudos nesta área, com amostras mais significativas e noutras regiões de Portugal.Introduction: The Patient-Centered Medicine (PCM) embraces the total experience of the patient's disease, involving him in the clinical decisions. In Portugal, there is not a questionnaire to assess its existence based on patients’ opinion. Enablement is the way the patient feels and how he deals with the disease himself after a doctor's appointment. The Patient Enablement Instrument (PEI/ICC) was recently validated for the Portuguese population. Objectives: To validate the questionnaire of PCM in Portugal (PCM-PT), in order to get the patients’ opinion about the existence of the PCM, and to co-relate it to the Enablement, according to the PEI/ICC. Materials and Methods: We built the PCM-PT based on the six components of the PCM proposed by Moira Stewart and validated it in a thirty consultants of Topázio Family Health Unit (FHU) sample. Then, we applied the MCP-PT and the PEI / ICC to two hundred users of Topázio, Briosa and Rainha Santa FHU. We analyzed the responses considering gender, age group, family type, academic qualifications, auto-perception of sufferance of chronic disease and being regularly on medicines. Later, correlation between these two questionnaires was studied. Results: The PCM-PT was validated for Portugal with Alpha Cronbach values above 0.8. The sample was mostly formed by 36 to 64 year-old-women, not living alone, with a four-year school degree and taking medications regularly. Half of them had some kind of chronic disease. Most of the answers, in what concerns the PCM-PT, were positive – “Yes”. In the PEI / ICC questionnaire, the intermediate option "Better" was the most frequent. Being an indicator with multiple objectives, the MCP-PT was studied in absolute value and percentile distribution. We also studied the indicator value of the PEI/ICC. Finally, we found the correlation between these two questionnaires, which vary in the opposite direction, and we obtained a p-value = 0,010. Discussion and Conclusion: In this study, we validated the PCM-PT for the portuguese population, based on the patients’ opinion on what concerns the implementation of PCM Later, we found a positive correlation between the PCM and the Enablement, which can mean better appointment and health outcomes. We believe that more studies are necessary on this theme, that is to say, with bigger samples and in further Portuguese regions.2014-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/31918http://hdl.handle.net/10316/31918TID:201628287porReis, Ana Filipa Pinho Pedro dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T09:31:18Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/31918Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:44.362847Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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