Razões da resposta à capacitação pela Consulta de Medicina Geral e Familiar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bandeira, Andreia Maria Ferreira da Silva Bastos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8388
Resumo: Introdução: A Medicina Centrada na Pessoa visa uma partilha de poderes, deveres e responsabilidades entre o médico e o consulente, de forma a aumentar a capacitância deste último. A partir destes pressupostos, é importante avaliar, através do Patient Enablement Instrument, o real ganho que o utente adquire na consulta para lidar com a sua doença e na forma como se vai ajudar. É fundamental procurar as respostas para a capacitação do consulente e, desta forma, criar meios para otimizar a capacitação nos Cuidados de Saúde Primários. Objetivo: Investigar as justificações de resposta ao “igual ou pior” no Instrumento de Capacitação do Consulente. Metodologia: Estudo de triangulação metodológica, através da aplicação do Instrumento de Capacitação do Consulente, acrescentando uma explicitação de cada parâmetro avaliado, a utentes no Centro de Saúde da Covilhã. Estes foram abordados pela investigadora após uma consulta, sem conhecimento do médico. Após recolha de dados, foi realizada uma análise estatística descritiva e inferencial. A dimensão da amostra foi calculada para um intervalo de confiança de 95% e uma margem de erro de 10% com uma expetativa de resposta de 50%. Resultados/Discussão: A amostra é de 80 utentes, dos quais 66,3% são do género feminino, 51,2% se encontram na faixa etária dos 35 aos 65 anos, 38,8% tem idade igual ou superior a 66 anos e apenas 10% menos de 35 anos. 82,5% dos utentes vieram a consultas previamente marcadas e 80% toma medicamentos regularmente. 51,2% tem um nível de educação superior ou igual ao 12º ano e 48,8% dos utentes encontram-se ativos. A maioria dos respondentes respondeu sentir-se melhor (66,3%), 23,5% refere sentir-se igual ou pior e apenas 10,2% menciona estar muito melhor. As principais respostas de igual ou pior foram da própria autoria (62% das respostas igual ou pior) cujo tema está relacionado com a irresolução de um problema de saúde. Conclusão: As justificações dadas ao Instrumento de Capacitação do Consulente estão claramente relacionadas com as skills de comunicação. Percebe-se que a irresolução da doença é o grande motivo para as respostas de igual ou pior e que a compreensão da informação transmitida, do facto de saber lidar com a doença e ter confiança no médico são as principais razões para o consulente se sentir mais/ muito mais capacitado. Estas skills parecem estar diretamente relacionadas com o facto do doente se sentir mais capaz de lidar, gerir e compreender a sua doença e consequentemente melhorar a qualidade de vida.
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spelling Razões da resposta à capacitação pela Consulta de Medicina Geral e FamiliarCapacitaçãoCuidados de Saúde PrimáriosInstrumento de Capacitação do ConsulenteMedicina Centrada No PacienteMedicina Geral e FamiliarDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: A Medicina Centrada na Pessoa visa uma partilha de poderes, deveres e responsabilidades entre o médico e o consulente, de forma a aumentar a capacitância deste último. A partir destes pressupostos, é importante avaliar, através do Patient Enablement Instrument, o real ganho que o utente adquire na consulta para lidar com a sua doença e na forma como se vai ajudar. É fundamental procurar as respostas para a capacitação do consulente e, desta forma, criar meios para otimizar a capacitação nos Cuidados de Saúde Primários. Objetivo: Investigar as justificações de resposta ao “igual ou pior” no Instrumento de Capacitação do Consulente. Metodologia: Estudo de triangulação metodológica, através da aplicação do Instrumento de Capacitação do Consulente, acrescentando uma explicitação de cada parâmetro avaliado, a utentes no Centro de Saúde da Covilhã. Estes foram abordados pela investigadora após uma consulta, sem conhecimento do médico. Após recolha de dados, foi realizada uma análise estatística descritiva e inferencial. A dimensão da amostra foi calculada para um intervalo de confiança de 95% e uma margem de erro de 10% com uma expetativa de resposta de 50%. Resultados/Discussão: A amostra é de 80 utentes, dos quais 66,3% são do género feminino, 51,2% se encontram na faixa etária dos 35 aos 65 anos, 38,8% tem idade igual ou superior a 66 anos e apenas 10% menos de 35 anos. 82,5% dos utentes vieram a consultas previamente marcadas e 80% toma medicamentos regularmente. 51,2% tem um nível de educação superior ou igual ao 12º ano e 48,8% dos utentes encontram-se ativos. A maioria dos respondentes respondeu sentir-se melhor (66,3%), 23,5% refere sentir-se igual ou pior e apenas 10,2% menciona estar muito melhor. As principais respostas de igual ou pior foram da própria autoria (62% das respostas igual ou pior) cujo tema está relacionado com a irresolução de um problema de saúde. Conclusão: As justificações dadas ao Instrumento de Capacitação do Consulente estão claramente relacionadas com as skills de comunicação. Percebe-se que a irresolução da doença é o grande motivo para as respostas de igual ou pior e que a compreensão da informação transmitida, do facto de saber lidar com a doença e ter confiança no médico são as principais razões para o consulente se sentir mais/ muito mais capacitado. Estas skills parecem estar diretamente relacionadas com o facto do doente se sentir mais capaz de lidar, gerir e compreender a sua doença e consequentemente melhorar a qualidade de vida.Background: Patient centred medicine aims at sharing powers, duties and responsibilities between the doctor and the consultant, in order to increase patients’ enablement. It’s fundamental to measure, with Patient Enablement Instrument, the real gain that the patient acquires dealing with his disease and keeping himself healthy. To create methods that optimize enablement in Primary Health Care, it is essential to understand the underlying reasons for patient’s enablement. Research Question: Investigate the explanations of Patient Enablement Instrument’s answers, especially regarding the "equal or worse". Materials and Methods: Observational study in triangulation methodology, using Instrumento de Capacitação do Consulente, with another section for specification of answer, to patients in a Primary Health Care Centre in Covilhã. These were approached by the investigator after a consultation, without knowledge of the family doctor. After it was used descriptive and inferential analysis. The sample was calculated for a confidence interval of 95% with a margin of error of 10% with answer’s expectation of 50%. Results/Discussion: Sample of 80 patients, composed by 66,3% women, 51,2% between 35 and 65 years old, 38,8% older than 66 years and only 10% less than 35 years. 82,5% of the patients came to the healthcare centre for a previously scheduled appointment and 80% is under regular medication. 51,2% has high level of education (equal or above 12th grade) and 48,8% of the patients has an active professional activity. The majority of the patients answered feeling better (66,3%), 23,5% mentions feeling equal or worse and only 10,2% refers feeling much better. Most answers in equal or worse are “Other” (62% of the answers equal or worse) and those are directly connected to the irresolution and inability to solve the problem. Conclusion: The explanations given to Patient Enablement Instrument clearly are related to the communication skills. The irresolution of the disease is the key explanation for equal or worse and the comprehension of the information, the ability to know how to deal with their disease and trust in the doctor are main reasons for the patient to feel better/much better enabled. Communication skills seem to be directly correlated with the patients’ capacity to cope, manage and understand his disease and consequently improve their quality of life.Simões, José Augusto RodriguesSantiago, Luiz MigueluBibliorumBandeira, Andreia Maria Ferreira da Silva Bastos2020-01-16T16:40:03Z2018-01-292017-12-152018-01-29T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8388TID:202362078porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:48:20Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8388Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:44.034632Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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