Avaliação do crescimento das novilhas da raça Holstein Frísia na Região do Entre Douro e Minho

• Autor(a) principal: Ferreira, Ana Carolina Pinto
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/12079
• topic: crescimento; Holstein Frísia

A avaliação do crescimento das novilhas é uma prática fundamental em empresas agrícolas de produção de leite que permite monitorizar a saúde e o desenvolvimento dos animais. Esta é uma ferramenta importante que possibilita que os produtores realizem ajustes nas práticas de maneio e nutricionais visando maximizar a produtividade e a rentabilidade das suas empresas. Partindo deste pressuposto, realizou-se um trabalho experimental na região do Entre Douro e Minho, em 36 explorações pecuárias de bovinos leiteiros. Foram realizadas 742 medições do peso (kg) e da altura (cm) em novilhas da raça Holstein Frísia. Os animais pertencentes à amostra apresentaram idades compreendidas entre 1 e 26 meses de idade. O perímetro médio registado foi de 121 centímetros e o valor médio do peso registado foi de 354 kg. Os dados obtidos foram ajustados a modelos matemáticos lineares e não lineares (Polinomiais, Gompertz, Logístico e Probit), com o objetivo de avaliar o crescimento destes animais. Os resultados deste estudo indicam que existe uma forte correlação entre as variáveis peso (kg) e altura (cm) (0,9235; P<0,0001) e as variáveis peso (kg) e idade (m) (0,9324; P<0,0001). O modelo matemático Logístico foi o que obteve o melhor ajustamento aos dados experimentais (R2 = 0,88). Para complementar os dados recolhidos, realizou-se um inquérito a 20 produtores onde se registaram: o número médio de animais por exploração (88 ± 49 animais), a taxa de substituição aplicada em média em todas as explorações (20,25 ± 11,55 %), o material da cama dos animais (45 % opta por não aplicar materiais por cima das vigas), a idade média à primeira inseminação (14,45 ± 1,02 meses), o sistema de ventilação (75 % não possuíam sistema de ventilação nas instalações dos vitelos e das novilhas), a idade ao desmame (2,74 ± 0,36 meses), a quantidade média de colostro ingerida pelos vitelos (3,45 ± 1,06 L), a verificação da qualidade do colostro (65 % não verificavam a qualidade do colostro), o tipo de alimentação dos vitelos (50 % dos produtores fornecem leite de vaca e leite de substituição em simultâneo), o mecanismo de distribuição do alimento (30 % fornecem o alimento de forma automática), a idade ao 1º parto (24 e os 26 meses), o número de inseminações necessárias para que as novilhas fiquem gestantes (85 % assegurou serem necessárias 2 inseminações) e o número de alimentações diárias (80 % dos inquiridos forneça o alimento mais do que uma vez ao dia).