Polineuropatia amiloidótica familiar (PAF) tipo I: uma visão actual, de um problema de saúde antigo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/868 |
Resumo: | A Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF) do tipo I, tipo Português ou de Andrade é uma forma de amiloidose sistémica, heredo-degenerativa, autossómica dominante, identificada e descrita pela primeira vez pelo neurologista português Mário Corino da Costa Andrade, nos anos 50. Desde a descrição inicial de Corino de Andrade do foco da doença na Póvoa de Varzim e Vila do Conde, outros focos se foram configurando, em Portugal e um pouco por todo o Mundo. Fez-se uma revisão bibliográfica sobre Polineuropatia Amiloidótica Familiar utilizando como base livros temáticos, artigos científicos e motores de busca na Internet como o Pubmed. Alguns estudos comparando haplótipos em diversos focos de doença em todo o mundo, concluíram que a mutação Val30Met resulta de uma mutação ancestral, de origem comum, corroborando a hipótese de a mutação ter de facto origem em Portugal. As principais manifestações da doença são consequência da polineuropatia sensitiva, motora e autonómica, podendo assumir diferentes padrões clínicos e constituindo-se como uma doença consumptiva e fatal. Foi possível concluir que a substância amilóide que se deposita nos nervos periféricos e em quase todos os órgãos, é composta por fibrilhas formadas a partir de uma proteína circulante, a transtirretina (TTR). Actualmente alguns estudos lançam a dúvida sobre a relação causal entre a deposição de substância amilóide e a degenerescência das fibras nervosas, sugerindo que a TTR mutante não fibrilhar é, ela própria, patogénica para a fibra nervosa. À luz destes novos conhecimentos foi possível introduzir três novos procedimentos diagnósticos, o diagnóstico pré-sintomático, o diagnóstico pré-natal e o diagnóstico pré-implantatório. Como mais de 90% da TTR Val30Met é produzida no fígado, o único tratamento considerado específico e capaz de suspender a evolução da doença é o transplante hepático, porque leva ao desaparecimento da proteína mutante. Actualmente ocorrem em Portugal, cerca de metade dos transplantes hepáticos por PAF realizados em todo o Mundo. O transplante hepático veio retirar à PAF, o seu carácter progressivo e necessariamente fatal, todavia veio também acrescentar outros riscos e problemas. Por esse motivo, novas estratégias de combate à PAF, são necessárias. Estudos experimentais têm sido realizados, sobre o efeito de terapêuticas farmacológicas, quer no sentido da disrupção dos depósitos já estabelecidos, quer no sentido da estabilização da TTR não fibrilhar, de modo a impedir a formação e a deposição de fibrilhas. |
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Polineuropatia amiloidótica familiar (PAF) tipo I: uma visão actual, de um problema de saúde antigoPolineuropatia amiloidótica familiar tipo IPolineuropatia amiloidótica familiar tipo I - DiagnósticoPolineuropatia amiloidótica familiar tipo I - TratamentoPolineuropatia amiloidótica familiar tipo I - Transplante hepáticoAmiloidoseA Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF) do tipo I, tipo Português ou de Andrade é uma forma de amiloidose sistémica, heredo-degenerativa, autossómica dominante, identificada e descrita pela primeira vez pelo neurologista português Mário Corino da Costa Andrade, nos anos 50. Desde a descrição inicial de Corino de Andrade do foco da doença na Póvoa de Varzim e Vila do Conde, outros focos se foram configurando, em Portugal e um pouco por todo o Mundo. Fez-se uma revisão bibliográfica sobre Polineuropatia Amiloidótica Familiar utilizando como base livros temáticos, artigos científicos e motores de busca na Internet como o Pubmed. Alguns estudos comparando haplótipos em diversos focos de doença em todo o mundo, concluíram que a mutação Val30Met resulta de uma mutação ancestral, de origem comum, corroborando a hipótese de a mutação ter de facto origem em Portugal. As principais manifestações da doença são consequência da polineuropatia sensitiva, motora e autonómica, podendo assumir diferentes padrões clínicos e constituindo-se como uma doença consumptiva e fatal. Foi possível concluir que a substância amilóide que se deposita nos nervos periféricos e em quase todos os órgãos, é composta por fibrilhas formadas a partir de uma proteína circulante, a transtirretina (TTR). Actualmente alguns estudos lançam a dúvida sobre a relação causal entre a deposição de substância amilóide e a degenerescência das fibras nervosas, sugerindo que a TTR mutante não fibrilhar é, ela própria, patogénica para a fibra nervosa. À luz destes novos conhecimentos foi possível introduzir três novos procedimentos diagnósticos, o diagnóstico pré-sintomático, o diagnóstico pré-natal e o diagnóstico pré-implantatório. Como mais de 90% da TTR Val30Met é produzida no fígado, o único tratamento considerado específico e capaz de suspender a evolução da doença é o transplante hepático, porque leva ao desaparecimento da proteína mutante. Actualmente ocorrem em Portugal, cerca de metade dos transplantes hepáticos por PAF realizados em todo o Mundo. O transplante hepático veio retirar à PAF, o seu carácter progressivo e necessariamente fatal, todavia veio também acrescentar outros riscos e problemas. Por esse motivo, novas estratégias de combate à PAF, são necessárias. Estudos experimentais têm sido realizados, sobre o efeito de terapêuticas farmacológicas, quer no sentido da disrupção dos depósitos já estabelecidos, quer no sentido da estabilização da TTR não fibrilhar, de modo a impedir a formação e a deposição de fibrilhas.Universidade da Beira InteriorSilva, António Jorge SantosuBibliorumVieira, Bruno Aurélio dos Santos2012-12-14T18:26:23Z2008-062008-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/868porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:15Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/868Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:51.143063Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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