Gestão de uma raça autóctone. O bovino alentejano: contribuição para o estudo zootécnico, avaliação de medidas técnicas e políticas agrárias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Varelas, Carlos Octávio
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/13150
Resumo: Pretendeu-se com o presente trabalho estudar e reconhecer a gestão de um efectivo de bovinos de raças nacionais - a raça bovina Alentejana - tendo em consideração a história remota e recente da agricultura nacional. A presença de bovinos na região reconhece-se desde a Idade do Bronze (25 a 18 mil anos a.C.). A responsabilidade da domesticação e antropização é um legado de gerações que não pode ser perdido, embora se reconheçam ameaças e rupturas por impactos humanos. O animal está condicionado no seu património genético pela relação: Meio-Animal-Homem. No século XX ocorreram fortes impactos negativos, pela introdução de genes exóticos, indefinição de políticas agrícolas e estratégias práticas executáveis, que ocorreram em simultâneo com a mudança de aptidão: de uma raça dinamófora passou a uma raça produtora de carne, pela introdução da N mecanização. As medidas políticas recentes, motivadas peia crise de 1974, à adesão à CEE em 1986, e os instrumentos de apoio à fileira, proporcionaram uma definição do afirmar da raça como produtora de carne e a conquista de uma fatia de mercado no mercado da carne de qualidade, em Portugal, com o mérito de ser pioneira na certificação deste produto. A conservação e preservação da raça em estado puro encontra suporte nas medidas da PAC e serve também para permitir um suporte ao Homem e sua fixação naquelas terras que são o solar da raça e que sofrem de desertificação humana e biológica, agravando os problemas das zonas de partida e dos pólos atractivos do Litoral. A definição dos sistemas de produção, com uma intervenção técnica, permite identificar pontos fortes e pontos fracos do sistema extensivo. Os indicadores de gestão, o melhoramento da raça, a valorização do animai, a abordagem mais alargada ao comércio mundial, ajudam a compreender a situação da raça bovina Alentejana, num contexto da produção de carne de qualidade. O consumidor, as preocupações, a pressão dos "media", merecem a resposta dos Técnicos e Criadores - rastreabilidade.
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