A Europa no século XX: bosquejo de “cartografia” intelectual (I)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/1684 |
Resumo: | Comecemos pela evidência mais banal: a Europa não possui uma identidade fixa que a pudesse caracterizar positivamente. Tanto do ponto de vista étnico como cultural, ela está marcada por uma diversidade que lhe é constitutiva. Não há um “povo” europeu ou uma “cultura” europeia. Há, outrossim, povos e culturas irredutíveis a um qualquer padrão de identidade. Os próprios limites geográficos do que foi reconhecido como “a Europa” não pararam de variar ao longo da história. Falar da Europa não poderá, portanto, cifrar-se numa tentativa de dissolver toda a sua diversidade numa ficcionada identidade de fundo ou, coisa que seria bem mais arriscada (mas que não deixou de ser tentada), querer reconduzir a sua diversidade à figura modelar de um “povo” ou de uma “cultura” que supostamente a exprimiriam exemplar e autenticamente. |
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