Um modelo de educação ambiental em escolas do concelho de Sintra no contexto internacional e nacional: estudo exploratório
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1994 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/12156 |
Resumo: | Introdução - Em face da crise ecológica em que nos encontramos a humanidade tem de adoptar modelos de desenvolvimento sustentável. Entenda-se por desenvolvimento sustentável um desenvolvimento que responda às necessidades do presente, sem comprometer a capacidade de as gerações futuras darem resposta às suas próprias necessidades (MPAT, 1989). Para compreender a nossa crise ecológica actual é necessário perceber como chegámos a ela. A história da humanidade teve duas grandes revoluções: a revolução do Neolítico que transformou o homem em agricultor e a revolução industrial no séc. XIX. No Neolítico assistiu-se ao assalto das sociedades humanas ao coberto vegetal, para o transformar em novas paissagens produtivas. Felizmente, a modelação do coberto vegetal dependia das condições do clima e do solo, a fertilidade das terras era difícil de melhorar e os grandes trabalhos de irrigação limitavam-se a poucas regiões. 0 estabelecimento das sociedades humanas revelava-se dependente da vegetação e dos seus recursos. O homem vivia em relação directa com a Natureza. A revolução industrial veio transformar profundamente essa relação. 0 desenvolvimento dos transportes, a conservação de alimentos, a construção de habitações, a descoberta de novos combustíveis, o aperfeiçoamento das técnicas de cultivo, tudo fez com que o homem se desligasse do meio natural e próximo (BONNEFOUS,1973). Mas o homem continua à mesma dependente da Natureza. «Não é possível fugirmos à interdependência com a Natureza. Fomos tecidos em trama apertada com a terra, o mar, o ar, as estações, os animais e com todos os frutos da Terra. Aquilo que afectar um fio desse entrançado, afectará os outros também, fazemos parte de um todo enorme - o corpo do planeta. Se quisermos sobreviver, deveremos respeitar, conservar e amar as suas múltiplas expressões» (CAMPBELL, 1983).Por tudo isso nasceu a E. A., primeiro a nível internacional e mais tarde em Portugal. A E. A. pode dar uma contribuição muito importante para a solução dos problemas do ambiente e, simultaneamente, para a inovação currícular. Entenda-se por inovação curricular anão apenas a alteração dos curricula através da introdução de novas disciplinas ou do rearranjo dos planos existentes, mas sobretudo a adopção de um processo de desenvolvimento curricular capaz de promover continuadamente a evolução e adaptação dos curricula, tendo em vista o aumento da sua relevância, a aproximação dos conteúdos à realidade e o desenvolvimento sério das abordagens multidisciplinar e interdisciplinar (LOPES et al, 1989). Se quisermos controlar o ritmo e o sentido da mudança, reduzir os riscos, criar novas soluções, erguendo-se assim a própria Ecologia Humana, a questão ambiental tem de passar a ser considerada abertamente ao nível da formação dos professores, (CARREIRO, 1990). Apesar do muito que já se fez para a E. A., parece que as escolas do ensino pós-primário têm tido resultados menos bons que as do primário (UNESCO, 1985). |
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