Editorial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25756/rpf.v9i3.154 |
Resumo: | O trimestre que precedeu a publicação desta edição da Revista Portuguesa de Farmacoterapia foi sem dúvida recheado de acontecimentos marcantes, alguns deles de grande contributo para o desenvolvimento da ciência, em geral, e da farmacoterapia, em particular, no nosso país. A prova-lo temos desde logo a promulgação por parte do Presidente da República do diploma que cria e regula o Registo Oncológico Nacional. Sem dúvida, um marco muito importante que vem responder aos anseios de clínicos e investigadores neste domínio. O INFARMED, I.P., veio já comunicar que vai trabalhar em articulação com este registo no âmbito da monitorização da efetividade dos medicamentos e dispositivos médicos na área do cancro, podendo assim concretizar, nesta área concreta, um dos principais desígnios do SiNATS. A VI Reunião Anual da Revista Portuguesa de Farmacoterapia, sempre sob o tema «Controvérsias com Medicamentos» provou uma vez mais porque é um dos eventos mais aguardados do ano no que a matérias relacionadas com a regulação do sector do medicamento diz respeito. No habitual ambiente de grande proximidade e interação debateu-se a “Importância da diferenciação terapêutica na abordagem individual”; como “Assegurar a formação contínua em farmacoterapia no séc. XXI”; a “Utilização de dados reais na reavaliação das tecnologias de saúde”, tendo ainda sido abordada a preocupação da “Degradação do preço do medicamento: ameaça à Saúde Pública?”.O último semestre de 2017 traz consigo uma renovada equipa no comando do instituto regulador do medicamento. A Professora Doutora Maria do Céu Machado, médica pediatra, foi nomeada presidente do Conselho Diretivo do INFARMED, I.P., com o desígnio de “completar o mandato em curso do atual conselho diretivo”. Da equipa anterior transita apenas o Dr. Rui Santos Ivo, que mantém funções enquanto Vice-Presidente, ficando o Conselho Diretivo completo com a nomeação da Professora Doutora Sofia Oliveira Martins para o cargo de vogal. A todos desejamos um pleno sucesso no cumprimento de tão nobre tarefa.Na sequência da Declaração de La Valletta, acordo inédito alcançado entre nove países europeus que visa garantir o acesso a medicamentos inovadores e a sustentabilidade dos sistemas de saúde, os ministros da Saúde de Portugal e Espanha anunciaram uma declaração de intenções para iniciar negociações sobre compras centralizadas de medicamentos. O financiamento e a fixação de preços de medicamentos e outras tecnologias de saúde são as áreas em que poderá haver partilha de informações. Sendo o país vizinho tão distante do nosso, quer em termos organizativos e estrutura de acesso aos cuidados de saúde, quer em termos de riqueza e capacidade de pagar, é com alguma expetativa que aguardamos os frutos que esta parceria promete oferecer. Depois de muitos avanços e recuos, o Governo anunciou finalmente a escolha da cidade do Porto como candidata à instalação da sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA). Apesar das justificações públicas, que não conseguiram ofuscar todo o manancial de argumentos em contrário já antes apresentado, o fator de maior peso nesta decisão parece ter sido o facto de Lisboa já sedear duas outras agências europeias. Apesar de algumas dúvidas de que este movimento estratégico seja suficiente para influenciar os decisores europeus, mantemos a esperança e o desejo de que o nosso país venha a beneficiar do dinamismo social e científico que representaria a instalação da EMA em território nacional. Num olhar mais umbilical, importa destacar que após uma luta, porque não dizê-lo, de gerações, os diplomas que criam a carreira de farmacêutico foram finalmente aprovados em Conselho de Ministros. Estes diplomas pretendem autonomizar e enquadrar a carreira de farmacêutico e garantir que os farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tenham um percurso comum de progressão profissional. É caso para dizer Parabéns a todos os que encabeçaram esta luta e a todos os profissionais que, no terreno, todos os dias, deram mostras do seu valor e importância para o SNS.Uma vez mais, o Relatório de Primavera veio trazer uma visão crítica sobre o Sistema de Saúde Português. Como nota de destaque, refere-se que apesar das melhorias no estado de saúde da população, as desigualdades mantêm-se. Recorrendo a comparações europeias, o Observatório Português dos Sistemas de Saúde aponta que houve uma “diminuição do financiamento público da saúde e um aumento das despesas financiadas através de pagamentos diretos por parte dos portugueses”. Os autores lembram que o investimento na saúde em Portugal durante os anos de crise diminuiu, ao contrário do que outros países europeus fizeram. É destacado que aumentou a parte suportada diretamente pelos cidadãos, que por exemplo nos medicamentos atinge já os 40%, quando na maior parte dos países se situa em torno dos 15 a 20%. Terminando com duas notas positivas, lembramos que o Ministro da Saúde se apresentou otimista em relação ao orçamento do próximo ano, acreditando que terá mais dinheiro disponível. O Ministro Adalberto Campos Fernandes afirmou que, apesar de ser prematuro fazer previsões públicas sobre o orçamento do seu Ministério para 2018, a expetativa é a de que possamos ter mais dinheiro para a saúde. É com grande honra que assinalamos que o Diretor da Revista Portuguesa de Farmacoterapia, Doutor José António Aranda da Silva, receberá no próximo mês de outubro o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto. A longa carreira profissional do Doutor José António Aranda da Silva é um exemplo de dedicação e de pioneirismo em diversas vertentes. A justa homenagem que lhe será prestada nesta ocasião pela Academia em que iniciou a sua formação é um grande motivo de orgulho para todos os colaboradores da Revista Portuguesa de Farmacoterapia. A revista conta neste número com o artigo original «Avaliação de custo do tratamento de doentes com diabetes internados no Serviço de Medicina do Hospital do Prenda, Angola» e com artigo de revisão «Resistência a fármacos antifúngicos por Candida e abordagem terapêutica». Disponibilizamos ainda as secções de reuniões científicas, documentos publicados, normas aprovadas e em consulta, legislação relevante, prémios e agenda para o próximo trimestre, que julgamos serem de relevante interesse para os nossos leitores. |
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A VI Reunião Anual da Revista Portuguesa de Farmacoterapia, sempre sob o tema «Controvérsias com Medicamentos» provou uma vez mais porque é um dos eventos mais aguardados do ano no que a matérias relacionadas com a regulação do sector do medicamento diz respeito. No habitual ambiente de grande proximidade e interação debateu-se a “Importância da diferenciação terapêutica na abordagem individual”; como “Assegurar a formação contínua em farmacoterapia no séc. XXI”; a “Utilização de dados reais na reavaliação das tecnologias de saúde”, tendo ainda sido abordada a preocupação da “Degradação do preço do medicamento: ameaça à Saúde Pública?”.O último semestre de 2017 traz consigo uma renovada equipa no comando do instituto regulador do medicamento. A Professora Doutora Maria do Céu Machado, médica pediatra, foi nomeada presidente do Conselho Diretivo do INFARMED, I.P., com o desígnio de “completar o mandato em curso do atual conselho diretivo”. Da equipa anterior transita apenas o Dr. Rui Santos Ivo, que mantém funções enquanto Vice-Presidente, ficando o Conselho Diretivo completo com a nomeação da Professora Doutora Sofia Oliveira Martins para o cargo de vogal. A todos desejamos um pleno sucesso no cumprimento de tão nobre tarefa.Na sequência da Declaração de La Valletta, acordo inédito alcançado entre nove países europeus que visa garantir o acesso a medicamentos inovadores e a sustentabilidade dos sistemas de saúde, os ministros da Saúde de Portugal e Espanha anunciaram uma declaração de intenções para iniciar negociações sobre compras centralizadas de medicamentos. O financiamento e a fixação de preços de medicamentos e outras tecnologias de saúde são as áreas em que poderá haver partilha de informações. Sendo o país vizinho tão distante do nosso, quer em termos organizativos e estrutura de acesso aos cuidados de saúde, quer em termos de riqueza e capacidade de pagar, é com alguma expetativa que aguardamos os frutos que esta parceria promete oferecer. Depois de muitos avanços e recuos, o Governo anunciou finalmente a escolha da cidade do Porto como candidata à instalação da sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA). Apesar das justificações públicas, que não conseguiram ofuscar todo o manancial de argumentos em contrário já antes apresentado, o fator de maior peso nesta decisão parece ter sido o facto de Lisboa já sedear duas outras agências europeias. Apesar de algumas dúvidas de que este movimento estratégico seja suficiente para influenciar os decisores europeus, mantemos a esperança e o desejo de que o nosso país venha a beneficiar do dinamismo social e científico que representaria a instalação da EMA em território nacional. Num olhar mais umbilical, importa destacar que após uma luta, porque não dizê-lo, de gerações, os diplomas que criam a carreira de farmacêutico foram finalmente aprovados em Conselho de Ministros. Estes diplomas pretendem autonomizar e enquadrar a carreira de farmacêutico e garantir que os farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tenham um percurso comum de progressão profissional. É caso para dizer Parabéns a todos os que encabeçaram esta luta e a todos os profissionais que, no terreno, todos os dias, deram mostras do seu valor e importância para o SNS.Uma vez mais, o Relatório de Primavera veio trazer uma visão crítica sobre o Sistema de Saúde Português. Como nota de destaque, refere-se que apesar das melhorias no estado de saúde da população, as desigualdades mantêm-se. Recorrendo a comparações europeias, o Observatório Português dos Sistemas de Saúde aponta que houve uma “diminuição do financiamento público da saúde e um aumento das despesas financiadas através de pagamentos diretos por parte dos portugueses”. Os autores lembram que o investimento na saúde em Portugal durante os anos de crise diminuiu, ao contrário do que outros países europeus fizeram. É destacado que aumentou a parte suportada diretamente pelos cidadãos, que por exemplo nos medicamentos atinge já os 40%, quando na maior parte dos países se situa em torno dos 15 a 20%. Terminando com duas notas positivas, lembramos que o Ministro da Saúde se apresentou otimista em relação ao orçamento do próximo ano, acreditando que terá mais dinheiro disponível. O Ministro Adalberto Campos Fernandes afirmou que, apesar de ser prematuro fazer previsões públicas sobre o orçamento do seu Ministério para 2018, a expetativa é a de que possamos ter mais dinheiro para a saúde. É com grande honra que assinalamos que o Diretor da Revista Portuguesa de Farmacoterapia, Doutor José António Aranda da Silva, receberá no próximo mês de outubro o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto. A longa carreira profissional do Doutor José António Aranda da Silva é um exemplo de dedicação e de pioneirismo em diversas vertentes. A justa homenagem que lhe será prestada nesta ocasião pela Academia em que iniciou a sua formação é um grande motivo de orgulho para todos os colaboradores da Revista Portuguesa de Farmacoterapia. A revista conta neste número com o artigo original «Avaliação de custo do tratamento de doentes com diabetes internados no Serviço de Medicina do Hospital do Prenda, Angola» e com artigo de revisão «Resistência a fármacos antifúngicos por Candida e abordagem terapêutica». 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A VI Reunião Anual da Revista Portuguesa de Farmacoterapia, sempre sob o tema «Controvérsias com Medicamentos» provou uma vez mais porque é um dos eventos mais aguardados do ano no que a matérias relacionadas com a regulação do sector do medicamento diz respeito. No habitual ambiente de grande proximidade e interação debateu-se a “Importância da diferenciação terapêutica na abordagem individual”; como “Assegurar a formação contínua em farmacoterapia no séc. XXI”; a “Utilização de dados reais na reavaliação das tecnologias de saúde”, tendo ainda sido abordada a preocupação da “Degradação do preço do medicamento: ameaça à Saúde Pública?”.O último semestre de 2017 traz consigo uma renovada equipa no comando do instituto regulador do medicamento. A Professora Doutora Maria do Céu Machado, médica pediatra, foi nomeada presidente do Conselho Diretivo do INFARMED, I.P., com o desígnio de “completar o mandato em curso do atual conselho diretivo”. Da equipa anterior transita apenas o Dr. Rui Santos Ivo, que mantém funções enquanto Vice-Presidente, ficando o Conselho Diretivo completo com a nomeação da Professora Doutora Sofia Oliveira Martins para o cargo de vogal. A todos desejamos um pleno sucesso no cumprimento de tão nobre tarefa.Na sequência da Declaração de La Valletta, acordo inédito alcançado entre nove países europeus que visa garantir o acesso a medicamentos inovadores e a sustentabilidade dos sistemas de saúde, os ministros da Saúde de Portugal e Espanha anunciaram uma declaração de intenções para iniciar negociações sobre compras centralizadas de medicamentos. O financiamento e a fixação de preços de medicamentos e outras tecnologias de saúde são as áreas em que poderá haver partilha de informações. Sendo o país vizinho tão distante do nosso, quer em termos organizativos e estrutura de acesso aos cuidados de saúde, quer em termos de riqueza e capacidade de pagar, é com alguma expetativa que aguardamos os frutos que esta parceria promete oferecer. Depois de muitos avanços e recuos, o Governo anunciou finalmente a escolha da cidade do Porto como candidata à instalação da sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA). Apesar das justificações públicas, que não conseguiram ofuscar todo o manancial de argumentos em contrário já antes apresentado, o fator de maior peso nesta decisão parece ter sido o facto de Lisboa já sedear duas outras agências europeias. Apesar de algumas dúvidas de que este movimento estratégico seja suficiente para influenciar os decisores europeus, mantemos a esperança e o desejo de que o nosso país venha a beneficiar do dinamismo social e científico que representaria a instalação da EMA em território nacional. 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Recorrendo a comparações europeias, o Observatório Português dos Sistemas de Saúde aponta que houve uma “diminuição do financiamento público da saúde e um aumento das despesas financiadas através de pagamentos diretos por parte dos portugueses”. Os autores lembram que o investimento na saúde em Portugal durante os anos de crise diminuiu, ao contrário do que outros países europeus fizeram. É destacado que aumentou a parte suportada diretamente pelos cidadãos, que por exemplo nos medicamentos atinge já os 40%, quando na maior parte dos países se situa em torno dos 15 a 20%. Terminando com duas notas positivas, lembramos que o Ministro da Saúde se apresentou otimista em relação ao orçamento do próximo ano, acreditando que terá mais dinheiro disponível. O Ministro Adalberto Campos Fernandes afirmou que, apesar de ser prematuro fazer previsões públicas sobre o orçamento do seu Ministério para 2018, a expetativa é a de que possamos ter mais dinheiro para a saúde. É com grande honra que assinalamos que o Diretor da Revista Portuguesa de Farmacoterapia, Doutor José António Aranda da Silva, receberá no próximo mês de outubro o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto. A longa carreira profissional do Doutor José António Aranda da Silva é um exemplo de dedicação e de pioneirismo em diversas vertentes. A justa homenagem que lhe será prestada nesta ocasião pela Academia em que iniciou a sua formação é um grande motivo de orgulho para todos os colaboradores da Revista Portuguesa de Farmacoterapia. A revista conta neste número com o artigo original «Avaliação de custo do tratamento de doentes com diabetes internados no Serviço de Medicina do Hospital do Prenda, Angola» e com artigo de revisão «Resistência a fármacos antifúngicos por Candida e abordagem terapêutica». 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Revista Portuguesa de Farmacoterapia / Portuguese Journal of Pharmacotherapy; Vol 9 No 3 (2017): Julho; 20-21 Revista Portuguesa de Farmacoterapia; v. 9 n. 3 (2017): Julho; 20-21 2183-7341 1647-354X reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
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