Delinquência juvenil: jovens e gangues em Lisboa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte, Marcelo de Castro
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/28463
Resumo: A presente investigação surge como requisito parcial para a obtenção de grau de mestre em Ciências Policiais pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), onde apresenta os resultados de um estudo que procurou saber quais as razões que levam um jovem a ingressar num gangue. Os dados obtidos sugerem-nos que o fator familiar e o de grupo de pares são os de maior risco para que ocorra este fenómeno. Através de uma investigação teórica e dos inquéritos por entrevista que aplicámos aos profissionais da PSP, às profissionais e jovens da Casa do Gaiato de Lisboa e aos jovens reclusos do Estabelecimento Prisional de Lisboa, conseguimos constatar que o fator familiar é o que tem mais incidência para que um jovem ingresse num gangue na zona de Lisboa devido a diversos fatores como, por exemplo, a falta de educação e pouca supervisão por parte dos pais. Posteriormente, surge o fator de grupo de pares como o segundo maior fator de risco, onde os informantes afirmam que a influência por parte dos membros é essencial. Também constatámos que a área de habitação do jovem tem influência para que este entre no domínio da delinquência juvenil e no ingresso em gangues devido a conviverem com jovens na mesma situação que a sua e a serem influenciados pelo grupo de pares. Da mesma forma, verificámos que a pobreza pode ser considerada uma razão para ingresso num gangue, visto que estes jovens têm a necessidade de “ter” e, como não têm posses financeiras, optam pela prática de atos ilícitos para obterem dinheiro. É preciso não esquecer que os pais destes jovens têm empregos mal remunerados, sendo que o salário é maioritariamente para pagar as contas. Conseguimos constatar que a maioria dos jovens não se sentem desintegrados da sociedade ou estigmatizados, embora houvesse respostas, da parte dos reclusos do Estabelecimento Prisional de Lisboa, em que não sabiam se iriam sentir após a sua saída do estabelecimento. Este trabalho ajudou para a compreensão do fenómeno e de como são necessárias medidas para o combater, onde destacamos a necessidade de uma maior implementação de medidas de prevenção e intervenção junto dos jovens e dos pais dos mesmos.
id RCAP_c144d7ad437442c40c56d0345676800c
oai_identifier_str oai:comum.rcaap.pt:10400.26/28463
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Delinquência juvenil: jovens e gangues em LisboaGangueGangues juvenisMembro de um gangueDelinquência juvenilMotivações de pertença a um gangue.Mestrado em Ciências PoliciaisA presente investigação surge como requisito parcial para a obtenção de grau de mestre em Ciências Policiais pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), onde apresenta os resultados de um estudo que procurou saber quais as razões que levam um jovem a ingressar num gangue. Os dados obtidos sugerem-nos que o fator familiar e o de grupo de pares são os de maior risco para que ocorra este fenómeno. Através de uma investigação teórica e dos inquéritos por entrevista que aplicámos aos profissionais da PSP, às profissionais e jovens da Casa do Gaiato de Lisboa e aos jovens reclusos do Estabelecimento Prisional de Lisboa, conseguimos constatar que o fator familiar é o que tem mais incidência para que um jovem ingresse num gangue na zona de Lisboa devido a diversos fatores como, por exemplo, a falta de educação e pouca supervisão por parte dos pais. Posteriormente, surge o fator de grupo de pares como o segundo maior fator de risco, onde os informantes afirmam que a influência por parte dos membros é essencial. Também constatámos que a área de habitação do jovem tem influência para que este entre no domínio da delinquência juvenil e no ingresso em gangues devido a conviverem com jovens na mesma situação que a sua e a serem influenciados pelo grupo de pares. Da mesma forma, verificámos que a pobreza pode ser considerada uma razão para ingresso num gangue, visto que estes jovens têm a necessidade de “ter” e, como não têm posses financeiras, optam pela prática de atos ilícitos para obterem dinheiro. É preciso não esquecer que os pais destes jovens têm empregos mal remunerados, sendo que o salário é maioritariamente para pagar as contas. Conseguimos constatar que a maioria dos jovens não se sentem desintegrados da sociedade ou estigmatizados, embora houvesse respostas, da parte dos reclusos do Estabelecimento Prisional de Lisboa, em que não sabiam se iriam sentir após a sua saída do estabelecimento. Este trabalho ajudou para a compreensão do fenómeno e de como são necessárias medidas para o combater, onde destacamos a necessidade de uma maior implementação de medidas de prevenção e intervenção junto dos jovens e dos pais dos mesmos.The present investigation appears as a partial requirement to obtain a master's degree in Police Sciences from the Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), where he presents the results of a study that sought to know the reasons that lead a young man to join a gang. The data obtained suggest that the family factor and the peer group are the ones with the highest risk for this phenomenon. Through a theoretical investigation and interview surveys that we applied to the professionals of the PSP, to the professionals and young people of Casa do Gaiato de Lisboa and to the young inmates of the Lisbon Prison, we can verify that the family factor is the one that has the most incidence for that a young man joins a gang in the Lisbon area because of a number of factors, such as lack of education and poor parental supervision. Subsequently, the peer group factor emerges as the second major risk factor, where informants assert that influence on the part of the members is essential. We also found that the young people's area of influence has an influence on the juvenile delinquency and on entering gangs because they live with young people in the same situation as themselves and are influenced by the peer group. Likewise, we have found that poverty can be considered a reason for joining a gang, since these young people have the need to "have" and, since they do not have financial resources, they choose to commit illicit acts to obtain money. It should not be forgotten that the parents of these young people have low-paying jobs, and the salary is mostly to pay the bills. We can see that most of the young people do not feel disintegrated or stigmatized, although there were answers, from the inmates of the Lisbon Prison, in which they did not know if they would feel it after leaving the establishment. This work helped to understand the phenomenon and how measures are needed to combat it, where we emphasize the need for greater implementation of prevention and intervention measures among young people and their parents.Poiares, Nuno Caetano Lopes de BarrosRepositório ComumDuarte, Marcelo de Castro2019-05-09T15:02:48Z2019-04-232019-04-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/28463TID:202228711porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-29T12:28:34Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/28463Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:47:26.475842Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Delinquência juvenil: jovens e gangues em Lisboa
title Delinquência juvenil: jovens e gangues em Lisboa
spellingShingle Delinquência juvenil: jovens e gangues em Lisboa
Duarte, Marcelo de Castro
Gangue
Gangues juvenis
Membro de um gangue
Delinquência juvenil
Motivações de pertença a um gangue.
Mestrado em Ciências Policiais
title_short Delinquência juvenil: jovens e gangues em Lisboa
title_full Delinquência juvenil: jovens e gangues em Lisboa
title_fullStr Delinquência juvenil: jovens e gangues em Lisboa
title_full_unstemmed Delinquência juvenil: jovens e gangues em Lisboa
title_sort Delinquência juvenil: jovens e gangues em Lisboa
author Duarte, Marcelo de Castro
author_facet Duarte, Marcelo de Castro
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Poiares, Nuno Caetano Lopes de Barros
Repositório Comum
dc.contributor.author.fl_str_mv Duarte, Marcelo de Castro
dc.subject.por.fl_str_mv Gangue
Gangues juvenis
Membro de um gangue
Delinquência juvenil
Motivações de pertença a um gangue.
Mestrado em Ciências Policiais
topic Gangue
Gangues juvenis
Membro de um gangue
Delinquência juvenil
Motivações de pertença a um gangue.
Mestrado em Ciências Policiais
description A presente investigação surge como requisito parcial para a obtenção de grau de mestre em Ciências Policiais pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), onde apresenta os resultados de um estudo que procurou saber quais as razões que levam um jovem a ingressar num gangue. Os dados obtidos sugerem-nos que o fator familiar e o de grupo de pares são os de maior risco para que ocorra este fenómeno. Através de uma investigação teórica e dos inquéritos por entrevista que aplicámos aos profissionais da PSP, às profissionais e jovens da Casa do Gaiato de Lisboa e aos jovens reclusos do Estabelecimento Prisional de Lisboa, conseguimos constatar que o fator familiar é o que tem mais incidência para que um jovem ingresse num gangue na zona de Lisboa devido a diversos fatores como, por exemplo, a falta de educação e pouca supervisão por parte dos pais. Posteriormente, surge o fator de grupo de pares como o segundo maior fator de risco, onde os informantes afirmam que a influência por parte dos membros é essencial. Também constatámos que a área de habitação do jovem tem influência para que este entre no domínio da delinquência juvenil e no ingresso em gangues devido a conviverem com jovens na mesma situação que a sua e a serem influenciados pelo grupo de pares. Da mesma forma, verificámos que a pobreza pode ser considerada uma razão para ingresso num gangue, visto que estes jovens têm a necessidade de “ter” e, como não têm posses financeiras, optam pela prática de atos ilícitos para obterem dinheiro. É preciso não esquecer que os pais destes jovens têm empregos mal remunerados, sendo que o salário é maioritariamente para pagar as contas. Conseguimos constatar que a maioria dos jovens não se sentem desintegrados da sociedade ou estigmatizados, embora houvesse respostas, da parte dos reclusos do Estabelecimento Prisional de Lisboa, em que não sabiam se iriam sentir após a sua saída do estabelecimento. Este trabalho ajudou para a compreensão do fenómeno e de como são necessárias medidas para o combater, onde destacamos a necessidade de uma maior implementação de medidas de prevenção e intervenção junto dos jovens e dos pais dos mesmos.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-05-09T15:02:48Z
2019-04-23
2019-04-23T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.26/28463
TID:202228711
url http://hdl.handle.net/10400.26/28463
identifier_str_mv TID:202228711
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131558095880192