Gestão de consumos de energia na indústria: análise crítica e contributos para a reformulação do SGCIE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Mário André Gomes
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/18015
Resumo: Tese de mestrado integrado em Engenharia da Energia e do Ambiente, apresentada à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Ciências, 2014
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spelling Gestão de consumos de energia na indústria: análise crítica e contributos para a reformulação do SGCIEEficiência energéticaIndústriaPolítica energéticaSGCIETeses de mestrado - 2014Tese de mestrado integrado em Engenharia da Energia e do Ambiente, apresentada à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Ciências, 2014A eficiência energética é uma matéria que tem vindo a assumir maior relevância na sociedade, face aos compromissos internacionais no combate ao desperdício de energia e às alterações climáticas. Neste contexto, o Governo Português avançou com um regulamento de Eficiência Energética mandatório destinado ao sector Industrial, logo em 1982, denominado por Regulamento da Gestão do Consumo de Energia (RGCE), que tem vindo a ser acompanhado e actualizado até aos dias de hoje, sendo actualmente denominado por Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE) com a sua última revisão e actualização sido feita em Janeiro de 2013. O SGCIE comporta uma diversidade de intervenientes, com formações, ambições, prioridades e pontos de vista distintos, o que se traduz numa divergência de opiniões quanto à real eficácia do regulamento. Esta dissertação tem como objectivo principal analisar a evolução e efeito do regulamento, através da análise de dois casos de estudo reais e do benchmarking de políticas equivalentes de outros países. Os resultados e conclusões dos casos de estudo, bem como as entrevistas realizadas a parte dos intervenientes de todo o processo, permitem revelar algumas lacunas e pontos-críticos do regulamento. É apresentada informação minimamente detalhada relativa às políticas de eficiência energética na indústria do Reino Unido e Holanda, e informação mais generalizada de políticas de outros países. Desta forma, foi possível fazer uma comparação do funcionamento do SGCIE e respectivos pontos-críticos com outras políticas internacionais análogas. Pretendendo-se com isso, transportar de forma adequada e adaptada para o sistema Português, as soluções que as diversas políticas internacionais apresentam para esses pontos-críticos. Os resultados obtidos neste benchmarking levam à conclusão de que alguns dos pontos-críticos apontados ao SGCIE são comuns às políticas internacionais análogas, no entanto, estas apresentam um funcionamento mais saudável como resultado da melhor relação entre os governos e indústria, devido à existência de entidades intermédias como associações industriais sectoriais. Conclui-se, desta forma, que o melhoramento do SGCIE poderá passar pela introdução destas terceiras entidades em substituição ou actualização de uma ADENE multissectorial e relativamente próxima da entidade fiscalizadora, a DGEG, bem como pela criação de metas colectivas, adaptadas e mesuráveis por sector à responsabilidade da respectiva associação, em alternativa às metas fixas por instalação. A criação de mecanismos que permitam a introdução do modelo ESCO e de princípios de M&V (Medição e Verificação), no esquema de auditoria e acompanhamento de resultados do SGCIE, será também uma mais-valia no sentido em que os resultados obtidos serão quantificados em custos e consumos evitados reais, bem como com um menor nível de incerteza. A competência dos técnicos auditores deverá também ser garantida através de qualificações adequadas no âmbito dos princípios de M&V.Energy efficiency issue has assumed greater relevance in world society, considering the international commitments to combat energy waste and climate change. In this context, the Portuguese Government has put forward a Regulation of Energy Efficiency bound to the Industrial sector, as early as 1982 labeled by Regulations on the Management of Energy Consumption (RGCE in the Portuguese acronym), which has been monitored and updated to the present day, currently labeled by Energy Intensive Consumption Management System (SGCIE in the Portuguese acronym) which the last review and update was made in January of 2013. The SGCIE comprises a diversity of stakeholders with distinct backgrounds, ambitions, priorities and points of view, which results into different types of opinions when it concerns the real effectiveness of this regulation. This thesis aims to analyze not only the evolution, but also the purpose of the regulation, through the analysis of two real case studies and with a benchmarking of similar policies in other countries. The results and conclusions of the case studies as well as the interviews with the stakeholders throughout the process SGCIE, allowed to reveal some gaps and other critical issues of the regulation. These issues and gaps are shown with their respective workarounds where it is possible. It is also given an information with some level of detail of equivalent policies in countries like UK and Netherlands, and more general information of equivalent systems of other countries, in order to identify points that can be adequately adapted to the Portuguese system of promoting energy efficiency in the industrial sector. The results obtained in this benchmarking lead to the conclusion that some of the SGCIE’s critical points are common to the similar international policies. However, these ones present an healthier application, as a result of the better link between the governments and the industry, because of the existence of intermediate entities, such as sectorial industrial associations. In conclusion, improving the SGCIE may not only involve the introduction of these third entities to replace or assist the ADENE, which is multisectoral and relatively close to the supervisory DGEG, but also the creation of collective goals, adapted and measurable by sector on the respective association’s responsibility, as an alternative to the fixed targets for each individual enterprise. The creation of mechanisms capable of allowing the introduction of the ESCO model and the M&V (Measurement and Verification)’s principles, in the auditing and monitoring processes of SGCIE scheme, will also be an asset, in order to obtain quantified results, in actual costs and consumptions avoided with a lower level of uncertainty. The technical competence of the auditors should also be ensured through appropriate qualifications within the M&V’s principles.Boavida, DulceSalema, DavidRepositório da Universidade de LisboaSilva, Mário André Gomes2015-04-30T14:40:10Z201420142014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/18015TID:201265761porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:03:59Zoai:repositorio.ul.pt:10451/18015Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:37:41.484736Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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