Violência sexual no namoro: os atletas universitários como grupo de risco?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peixoto, Judite
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Matos, Marlene, Machado, Carla
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/30944
Resumo: Estudos internacionais realizados em contexto universitário apontam consistentemente para a sobrerrepresentação dos atletas como perpetradores frequentes de agressões sexuais nas relações íntimas. A literatura científica tem vindo a sustentar que há aspetos da cultura atlética que contribuem para a maior adesão a mitos socioculturais e a atitudes estereotipadas de género, aumentando a propensão dos atletas para a adoção de condutas sexualmente abusivas. Este estudo exploratório procurou analisar as possíveis diferenças entre duas amostras independentes de estudantes universitários do sexo masculino – atletas e não atletas –, a dois níveis: 1) grau de tolerância/aceitação face à violência sexual sobre as mulheres; 2) taxa de prevalência e tipologia de comportamentos sexualmente violentos perpetrados no contexto das suas relações amorosas não conjugais (namoro). Para a recolha de dados foram utilizados a Escala de Crenças sobre a Violação (ECV) e o Sexual Experiences Survey – Short­‑Form Perpetration (SES­‑SFP), que foram administrados a 50 atletas – praticantes de modalidades desportivas de competição de contacto –, e 50 não atletas universitários. Os resultados sugerem que os atletas não apresentam níveis superiores de legitimação da violência sexual contra as mulheres, nem evidenciam uma taxa superior de perpetração de atos de violência sexual na intimidade face ao grupo dos não atletas. No plano dos comportamentos, ambos os grupos apresentam taxas preocupantes de perpetração de atos sexuais severos na intimidade (e.g., violação).
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