Relação da aptidão aeróbia e muscular com a composição corporal, o estado maturacional e a actividade física habitual de crianças e adolescentes (9-11 anos)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/169 |
Resumo: | O objectivo deste estudo foi examinar em raparigas e rapazes, com idades compreendidas entre os 9 e os 11 anos de idade, a relação da aptidão aeróbia (ApA) e muscular (ApM) com a composição corporal (MG, massa gorda; MIG, massa isenta de gordura; PCI, perímetro da cintura 1), o índice de actividade física (AFH) e o estado maturacional (EM). Foi também nosso propósito identificar o desempenho dos referidos testes entre raparigas e rapazes e em ambos os géneros em função dos valores de corte estabelecidos para a AFH. A amostra foi constituída por 125 crianças caucasianas, sendo 53 do género feminino (idade, 9,56±0,43 anos, AFH, 7,62±1,11 pontos) e 72 do género masculino (idade, 9,79±0,60, AFH, 8,37±1,15 pontos). A ApA (vaivém) e ApM (força abdominal, extensão do tronco e senta e alcança) foram apreciadas através da bateria de testes do FitnessGram (NES, 2002), o EM através da escala de Tanner (1962) e a AFH por intermédio do questionário de Baecke (1982), tendo o PC sido medido de acordo com os critérios definidos por Callaway et al (1988) e o National Institutes of Health (NIH, 2000). A MG foi predita pelas equações desenvolvidas e validadas na população pediátrica Portuguesa por Sardinha & Moreira (1999). Os rapazes apresentaram em relação às raparigas maiores valores (p≤0,05) de peso, estatura e MIG, evidenciando também uma distribuição mais centralizada da MG. Os níveis de AFH e de desempenho no teste vaivém também foram mais acentuados nestes, o mesmo não se verificando no teste de extensão do tronco (1,61 cm). Nas raparigas, o EM e a MG explicaram 23,24% da variação do teste vaivém e no teste de extensão do tronco, o PC1 foi o único preditor introduzido no modelo. No que se refere aos rapazes, a AFH, a MG e a MIG explicaram em 22% a variação do desempenho no teste dos abdominais, e no teste de vaivém, o coeficiente associado ao PC1 foi de 0,51 (p ≤ 0,01). Os rapazes mais maduros e com menor MIG exibiram maior flexibilidade dos músculos posteriores da coxa. A análise das diferenças entre os dois sexos para níveis de AFH≤ 7,61 pontos permitiu identificar melhores níveis prestação nos rapazes para o teste de abdominais (+4,65 execuções) e um nível de execução inferior no teste de extensão do tronco (2,73 cm). Para AFH> 7,61 pontos, o sexo masculino evidenciou menores níveis de flexibilidade do lado esquerdo (3,33 cm). Os nossos resultados sugerem que nos rapazes (911 anos), a aptidão aeróbia e muscular está mais dependente da composição corporal destes do que nas raparigas, tendo a AFH pouco peso na variação destas componentes da aptidão física. O valor de corte estabelecido para a AFH, não permitiu identificar grandes diferenças entre os dois géneros e em relação aos testes considerados. |
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Relação da aptidão aeróbia e muscular com a composição corporal, o estado maturacional e a actividade física habitual de crianças e adolescentes (9-11 anos)Aptidão físicaComposição corporalCriançasAdolescentesO objectivo deste estudo foi examinar em raparigas e rapazes, com idades compreendidas entre os 9 e os 11 anos de idade, a relação da aptidão aeróbia (ApA) e muscular (ApM) com a composição corporal (MG, massa gorda; MIG, massa isenta de gordura; PCI, perímetro da cintura 1), o índice de actividade física (AFH) e o estado maturacional (EM). Foi também nosso propósito identificar o desempenho dos referidos testes entre raparigas e rapazes e em ambos os géneros em função dos valores de corte estabelecidos para a AFH. A amostra foi constituída por 125 crianças caucasianas, sendo 53 do género feminino (idade, 9,56±0,43 anos, AFH, 7,62±1,11 pontos) e 72 do género masculino (idade, 9,79±0,60, AFH, 8,37±1,15 pontos). A ApA (vaivém) e ApM (força abdominal, extensão do tronco e senta e alcança) foram apreciadas através da bateria de testes do FitnessGram (NES, 2002), o EM através da escala de Tanner (1962) e a AFH por intermédio do questionário de Baecke (1982), tendo o PC sido medido de acordo com os critérios definidos por Callaway et al (1988) e o National Institutes of Health (NIH, 2000). A MG foi predita pelas equações desenvolvidas e validadas na população pediátrica Portuguesa por Sardinha & Moreira (1999). Os rapazes apresentaram em relação às raparigas maiores valores (p≤0,05) de peso, estatura e MIG, evidenciando também uma distribuição mais centralizada da MG. Os níveis de AFH e de desempenho no teste vaivém também foram mais acentuados nestes, o mesmo não se verificando no teste de extensão do tronco (1,61 cm). Nas raparigas, o EM e a MG explicaram 23,24% da variação do teste vaivém e no teste de extensão do tronco, o PC1 foi o único preditor introduzido no modelo. No que se refere aos rapazes, a AFH, a MG e a MIG explicaram em 22% a variação do desempenho no teste dos abdominais, e no teste de vaivém, o coeficiente associado ao PC1 foi de 0,51 (p ≤ 0,01). Os rapazes mais maduros e com menor MIG exibiram maior flexibilidade dos músculos posteriores da coxa. A análise das diferenças entre os dois sexos para níveis de AFH≤ 7,61 pontos permitiu identificar melhores níveis prestação nos rapazes para o teste de abdominais (+4,65 execuções) e um nível de execução inferior no teste de extensão do tronco (2,73 cm). Para AFH> 7,61 pontos, o sexo masculino evidenciou menores níveis de flexibilidade do lado esquerdo (3,33 cm). Os nossos resultados sugerem que nos rapazes (911 anos), a aptidão aeróbia e muscular está mais dependente da composição corporal destes do que nas raparigas, tendo a AFH pouco peso na variação destas componentes da aptidão física. O valor de corte estabelecido para a AFH, não permitiu identificar grandes diferenças entre os dois géneros e em relação aos testes considerados.The purpose of this study was to investigate, in both girls and boys with ages between 9 and 11, the existing differences in aerobic and muscular capacity, depending on body composition (FM, fat mass; NFM, non fat mass; WC, waist circumference), regular physical activity (RPA) and maturation status (MS). The sample was composed of 125 caucasian children, 53 girls (age, 9,56±0,43 years old, RPA, 7,62±1,11 points) and 72 boys (age, 9,79±0,60 years old, RPA, 8,37±1,15 points). Aerobic (‘Vaivém’) and ApM (abdominal strength, torso extension and seat and reach) capacity was measured using Fitnessgram tests (NES, 2002), MS using Tanner’s scale (1962) and RPA using Baecke’s questionnaire (1982), and the WC was measured according to Callaway et al (1988) and National Institutes of Health (2000) standards. Estimated FM was based on Sardinha & Moreira (1999) equations, studied and validated using a sample of Portuguese pediatric population. Boys scored superior weight, height and NFM values when compared to the girl’s scores (p< 0.05), showing also a more centralized FM distribution. RPA and ‘Vaivém’ scores were also superior on boys, except for torso extension tests (1.61 cm). MS and FM explained a variability of 23.24% on girl’s ‘Vaivém’ and torso extension scores. WC1 was the only predictor introduced on the model. RPA, FM and NFM explained 22% of the variability on boy’s abdominal scores. On the ‘Vaivém’ test, the coefficient related to WC1 was 0.51 (p < 0.01). More mature boys, and with less NFM showed more back tight muscle flexibility. The differences analysis (RPA < 7.61) showed that boys have superior scores on abdominal tests (+4.65) and inferior scores on torso extension tests (2.73 cm). When RPA < 1.61, boys showed less inferior flexibility on the left side (3.33 cm). Our results suggest that aerobic and muscular capacity on boys (911 years old) depends more on body composition when compared to the girl’s scores, and also suggest that RPA isn’t very relevant on these aspects. The cut value of the RPA scores couldn’t identify differences between both genres, concerning the tests used.2010-08-17T15:47:15Z2008-01-01T00:00:00Z2008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/169porJoão, Félix Rodriguesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:55:10Zoai:repositorio.utad.pt:10348/169Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:06:05.899181Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O objectivo deste estudo foi examinar em raparigas e rapazes, com idades compreendidas entre os 9 e os 11 anos de idade, a relação da aptidão aeróbia (ApA) e muscular (ApM) com a composição corporal (MG, massa gorda; MIG, massa isenta de gordura; PCI, perímetro da cintura 1), o índice de actividade física (AFH) e o estado maturacional (EM). Foi também nosso propósito identificar o desempenho dos referidos testes entre raparigas e rapazes e em ambos os géneros em função dos valores de corte estabelecidos para a AFH. A amostra foi constituída por 125 crianças caucasianas, sendo 53 do género feminino (idade, 9,56±0,43 anos, AFH, 7,62±1,11 pontos) e 72 do género masculino (idade, 9,79±0,60, AFH, 8,37±1,15 pontos). A ApA (vaivém) e ApM (força abdominal, extensão do tronco e senta e alcança) foram apreciadas através da bateria de testes do FitnessGram (NES, 2002), o EM através da escala de Tanner (1962) e a AFH por intermédio do questionário de Baecke (1982), tendo o PC sido medido de acordo com os critérios definidos por Callaway et al (1988) e o National Institutes of Health (NIH, 2000). A MG foi predita pelas equações desenvolvidas e validadas na população pediátrica Portuguesa por Sardinha & Moreira (1999). Os rapazes apresentaram em relação às raparigas maiores valores (p≤0,05) de peso, estatura e MIG, evidenciando também uma distribuição mais centralizada da MG. Os níveis de AFH e de desempenho no teste vaivém também foram mais acentuados nestes, o mesmo não se verificando no teste de extensão do tronco (1,61 cm). Nas raparigas, o EM e a MG explicaram 23,24% da variação do teste vaivém e no teste de extensão do tronco, o PC1 foi o único preditor introduzido no modelo. No que se refere aos rapazes, a AFH, a MG e a MIG explicaram em 22% a variação do desempenho no teste dos abdominais, e no teste de vaivém, o coeficiente associado ao PC1 foi de 0,51 (p ≤ 0,01). Os rapazes mais maduros e com menor MIG exibiram maior flexibilidade dos músculos posteriores da coxa. A análise das diferenças entre os dois sexos para níveis de AFH≤ 7,61 pontos permitiu identificar melhores níveis prestação nos rapazes para o teste de abdominais (+4,65 execuções) e um nível de execução inferior no teste de extensão do tronco (2,73 cm). Para AFH> 7,61 pontos, o sexo masculino evidenciou menores níveis de flexibilidade do lado esquerdo (3,33 cm). Os nossos resultados sugerem que nos rapazes (911 anos), a aptidão aeróbia e muscular está mais dependente da composição corporal destes do que nas raparigas, tendo a AFH pouco peso na variação destas componentes da aptidão física. O valor de corte estabelecido para a AFH, não permitiu identificar grandes diferenças entre os dois géneros e em relação aos testes considerados. |
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