Problemas relacionados com o uso do medicamento e o impacto das intervenções farmacêuticas no âmbito hospitalar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/29941 |
Resumo: | Dissertação de mestrado em Economia e Gestão de Saúde, apresentada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, sob a orientação de Marília João Rocha e Pedro Lopes Ferreira. |
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Problemas relacionados com o uso do medicamento e o impacto das intervenções farmacêuticas no âmbito hospitalarErros de medicaçãoIntervenções farmacêuticasFarmacocinética clínicaFarmacoterapiaProblemas relacionados com medicamentosDissertação de mestrado em Economia e Gestão de Saúde, apresentada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, sob a orientação de Marília João Rocha e Pedro Lopes Ferreira.A farmacoterapia é a intervenção clínica mais utilizada na prestação de cuidados de saúde, particularmente, nos hospitais. Contudo, os problemas relacionados com o uso do medicamento (PRM) são relativamente comuns nos doentes hospitalizados, podendo ser causa de morbilidade, e mesmo mortalidade. Adicionalmente, os PRM acarretam custos suplementares substanciais ao sistema de saúde. Os erros de medicação (EM) são a principal causa de reações adversas a medicamentos (RAM) evitáveis, e a que mais afeta negativamente o doente. Para além disto, os erros de prescrição são o tipo de EM mais frequente, e quando não intercetados, podem causar danos no doente. A revisão das prescrições pelo farmacêutico previne PRM, contribuindo para um aumento da qualidade do processo terapêutico, a segurança do doente, e a melhoria dos resultados clínicos. Contudo, é necessário avaliar a efetividade destas intervenções farmacêuticas (IF), ao analisar os registos da sua atividade. O presente estudo pretendeu analisar os PRM e as IF efetuadas na validação da prescrição num hospital universitário, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, 2012 (estudo retrospetivo) e 1 de janeiro e 31 de dezembro, 2013 (estudo prospetivo). A informação relativa às IF foi obtida informaticamente do sistema de gestão integrado do circuito do medicamento (SGICM). A classificação de EM foi baseada no sistema de classificação de EM proposto pelo National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention (NCCMERP). 61% da população do estudo era composta por doentes com mais de 65 anos (média de idades de 70,0 e 67,6 anos no estudo retrospetivo e prospetivo, respetivamente). O estudo retrospetivo abrangeu todas as IF generalistas realizadas em 2012. No total das prescrições validadas pelos farmacêuticos, 9,4% sofreu algum tipo de intervenção. Relativamente ao total das IF, 8,0% foi apenas devido à necessidade de ajuste ao stock existente. O EM mais frequente foi o C17 – adequação de dose à dosagem existente, o que se deve ao facto de estarmos perante intervenções não especializadas. Os anti-hipertensores, os psicofármacos, os anticoagulantes e os antibióticos corresponderam às classes subterapêuticas mais intervencionadas devido à ocorrência de um EM. O estudo prospetivo foi dividido em duas secções: análise das IF sem a farmacocinética clínica (PKC) e análise das IF devido à PKC. Em ambas as análises, as IF foram mais frequentes nas especialidades médicas do que nas especialidades cirúrgicas. A seleção dos doentes que poderiam beneficiar das IF especializadas foi baseada no método IASER. Relativamente à análise das IF sem PKC, foram registadas 1918 intervenções, das quais, 60,7% foram aceites. O EM mais frequente foi o C12 – terapia sequencial IV/Oral não atempada (42%), seguida pelo C2 – dose incorreta. A IF mais frequente foi a R10 – alteração para via de administração mais segura, contribuindo para 25% do total das IF, seguida pela R3 – alteração de dose. Os resultados revelam que os antibióticos contribuíram para a maioria das IF, permanecendo no topo da lista de medicamentos intervencionados. Contudo, os antiulcerosos, relacionados com o EM C12 - terapia sequencial IV/Oral não atempada e a IF R10 - alteração para via de administração mais segura, ocupam um lugar de destaque, devido às políticas da farmácia hospitalar, com vista a evitar riscos desnecessários ao doente e custos adicionais dispensáveis. Após o omeprazol, a vancomicina e a varfarina foram os medicamentos mais intervencionados, o que está essencialmente relacionado com a necessidade de uma monitorização adequada de níveis séricos, alteração da dose e modificação da calendarização. Relacionado com a análise das IF devido à PKC, 42,8% dos doentes monitorizados apresentaram doses subterapêuticas, 20,9% apresentaram doses tóxicas e apenas 15,4% dos doentes monitorizados não necessitaram de ajuste de dose. Mais de 95% dos ajustes de dose implicaram antibióticos, sendo que a vancomicina esteve implicada em dois terços do total das IF devido à PKC. Concluindo, a análise das IF proporcionou informação relevante acerca dos principais tipos de medicamentos intervencionados e dos tipos mais frequentes de EM. Este conhecimento contribuiu para a consciencialização da importância notável das IF e para a implementação de medidas preventivas, com o principal objetivo de melhorar a eficiência do processo farmacoterapêutico e a segurança do doente.FEUC2015-09-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/29941http://hdl.handle.net/10316/29941TID:201479290porTuna, Joana Maria Ferreira - Problemas relacionados com o uso do medicamento e o impacto das intervenções farmacêuticas no âmbito hospitalar, Coimbra, 2015.Tuna, Joana Maria Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:39Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/29941Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:46:53.628806Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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