Hipertensos : a influência das suas crenças na adesão terapêutica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pastor, Ana Isabel Fernandez
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/48288
Resumo: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Medicina Geral e Familiar, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
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spelling Hipertensos : a influência das suas crenças na adesão terapêuticaHipertensão arterialDoenças cardiovascularesTerapêuticaDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Medicina Geral e Familiar, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraIntrodução A hipertensão arterial constitui o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, principal causa de morbilidade e mortalidade em Portugal. Sabe-se que o doente desenvolve um padrão de crenças sobre a doença e sobre a sua medicação, que influenciam a adesão à terapêutica principalmente em patologias de carácter assintomático, como é o caso da hipertensão arterial. O objetivo deste trabalho é perceber qual o sentido de necessidade de tratamento e de preocupação com a toma da medicação que o doente hipertenso atribui à sua terapêutica específica para a hipertensão arterial em função das variáveis sociodemográficas. Adicionalmente, conhecer as crenças dos doentes no tratamento desta patologia e sua influência na adesão à terapêutica. Metodologia Estudo realizado durante cinco dias consecutivos de Fevereiro e Março de 2013, em Coimbra, incluindo como participantes uma amostra não-probabilística consecutiva de consulentes alfabetizados com o diagnóstico de hipertensão arterial, inscritos e registados nos sistemas informatizados dos Centros de Saúde da ACES Baixo Mondego I, cujos médicos constavam de uma lista de orientadores de formação específica em Medicina Geral e Familiar. Foi utilizado um questionário de autopreenchimento com informação sociodemográfica e o BMQ-specific – Beliefs about specific medicines questionnaire traduzido e validado para o português. A análise estatística foi realizada segundo as variáveis sociodemográficas sexo, idade e grau de escolaridade. Resultados O sexo masculino atribui um menor sentido de necessidade da sua terapêutica em relação com o sexo feminino. O grupo etário de idade superior a 64 anos, bem como os indivíduos com baixo grau de formação, cuja média de idades foi de 68 anos, revelam níveis de maior preocupação por desconhecerem os seus medicamentos. Discussão O sexo masculino revela uma menor crença na necessidade de tratamento que estudos relacionam com uma perceção menos negativa das consequências, cronicidade e sintomas da hipertensão arterial, traduzindo-se numa menor adesão e manutenção em terapêutica. Os doentes de idade inferior a 65 anos estão mais informados sobre os seus medicamentos, revelando menor nível de preocupação, assim como os indivíduos com média e elevada formação literária, cuja média de idades foi de 60anos, relacionando-se com uma possível melhor adesão. O grupo de baixa escolaridade, que revela maior média de idade, e a faixa etária superior a 64 anos preocupam-se mais com a medicação pelo desconhecimento que têm sobre a mesma. O médico deverá adequar a sua abordagem ao doente privilegiando a explicação da necessidade do tratamento crónico da hipertensão arterial aos homens, assim como esclarecer especialmente os mais idosos e menos letrados acerca dos medicamentos que constituem a terapêutica desta patologia. Conclusões Os doentes do sexo masculino atribuem um menor sentido de necessidade da terapêutica em relação ao sexo feminino. A idade superior a 64 anos e o baixo grau de escolaridade relacionam-se com um maior sentido de preocupação com a sua medicação antihipertensiva.Background Hypertension is a major risk factor for cardiovascular disease, the leading cause of morbidity and mortality in Portugal. It is known that patients develop a pattern of beliefs on the disease and on their medication, which influence the adherence to therapy in diseases primarily asymptomatic in nature, such as hypertension. The aim of this study was to realize the perception of treatment necessity and concern with taking the medication that the hypertensive patient attaches to his specific therapy for the disease according to sociodemographic variables. Additionally, understand the knowledge about the beliefs of patients in the treatment of this disease and its influence on compliance. Methods A study conducted for five consecutive days in February and March 2013 in Coimbra, including as participants a non-probability sample of consecutive literate counselees diagnosed with hypertension, registered in the computer systems of the Health Centers of ACES Baixo Mondego I, whose doctors names were on a list of guiding specific training in General Medicine. A self-fulfilled questionnaire was used with socio-demographic information and BMQ-specific - Beliefs about specific medicines questionnaire, validated to Portuguese language. Statistical analysis was performed according to sociodemographic variables sex, age and educational level. Results Male patients have less perception of necessity of the therapy compared with females. The age group older than 64 years, as well as individuals with low levels of education, in whose average age was 68 years old, show higher levels of concern for not knowing their medications. Discussion Man reveals a lesser belief in the need for treatment which studies relate to a less negative perception of the consequences and symptoms of chronic hypertension, taking to a lower adhesion and maintenance in therapy. Patients under the age of 65 are more informed about their medications, revealing lower level of concern, as well as individuals with medium and high literary education, whose average age was 60 years, correlating with possible better adherence. The group with low education, which reveals higher mean age, and those aged over 64 years are more concerned with the medication for lack of knowledge about it. Physicians should tailor their approach to the patient favoring the explanation to males of the need for chronic treatment of hypertension, as well as clarify especially the older and less educated about the medications that are therapy of this disease. Conclusions The male patients compared to females. Age above 64 years and low educational level are related to a greater concern with the medication.2013-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/48288http://hdl.handle.net/10316/48288porPastor, Ana Isabel Fernandezinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:44Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/48288Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:45:15.395107Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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