Sabedoria e envelhecimento: A arte de sobreviver em diferentes mundos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/12732 |
Resumo: | Analisar as práticas, no campo do envelhecimento, da saúde ou outro, envolve o questionamento sobre a existência da sabedoria ou de um saber prático. Tendo como eixo o senso comum, a sabedoria prática caracteriza-se por uma pluralidade e por uma não-compartimentalização do conhecimento que surge lentamente das experiências quotidianas, do sofrimento ao prazer. Esta sabedoria (prática), não se reduz a uma prática específica no sentido de ação, mas incorpora sentidos, significados e valores provenientes da experiência. A sabedoria é sempre mediada pelo contexto cultural ou interpessoal e a sua análise remete sempre para dimensões em que, inevitavelmente, os condicionamentos socioculturais marcam presença. Ao refeltir sobre a sabedoria importa reter não apenas os processos cognitivos favoráveis à “aquisição” da mesma, mas também analisar como se processa/estabelece a ligação da sabedoria à ação, ou seja como é que a ação se relaciona com a sabedoria e como é que a sabedoria se expressa na ação. Para se perspetivar/reconhecer a sabedoria como um saber prático, tem que se superar a cisão entre contemplação e ação, através de uma valorização da praxis individual, nos mais diversos campos/contextos. Quando se afirma que a probabilidade da ocorrência da sabedoria aumenta com a idade, é do processo de aquisição do conhecimento que se fala e não da sabedoria ou saber prático, que oferece resposta para os dilemas do quotidiano. Ser idoso não é uma condição suficiente para a emergência da sabedoria, como apontam os estereótipos, mas parece contribuir bastante. A questão que se coloca é se a sabedoria tradicionalmente associada aos idosos, pode ser concetualizada em termos inteletuais ou se ela remete para o saber prático, que confronta o indivíduo com uma realidade que dele exige respostas para situações concretas. |
id |
RCAP_c3485abdf94a43aa8685a3a624c985a3 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:dspace.uevora.pt:10174/12732 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Sabedoria e envelhecimento: A arte de sobreviver em diferentes mundosEnvelhecimentosabedoriasaber práticosenso comumAnalisar as práticas, no campo do envelhecimento, da saúde ou outro, envolve o questionamento sobre a existência da sabedoria ou de um saber prático. Tendo como eixo o senso comum, a sabedoria prática caracteriza-se por uma pluralidade e por uma não-compartimentalização do conhecimento que surge lentamente das experiências quotidianas, do sofrimento ao prazer. Esta sabedoria (prática), não se reduz a uma prática específica no sentido de ação, mas incorpora sentidos, significados e valores provenientes da experiência. A sabedoria é sempre mediada pelo contexto cultural ou interpessoal e a sua análise remete sempre para dimensões em que, inevitavelmente, os condicionamentos socioculturais marcam presença. Ao refeltir sobre a sabedoria importa reter não apenas os processos cognitivos favoráveis à “aquisição” da mesma, mas também analisar como se processa/estabelece a ligação da sabedoria à ação, ou seja como é que a ação se relaciona com a sabedoria e como é que a sabedoria se expressa na ação. Para se perspetivar/reconhecer a sabedoria como um saber prático, tem que se superar a cisão entre contemplação e ação, através de uma valorização da praxis individual, nos mais diversos campos/contextos. Quando se afirma que a probabilidade da ocorrência da sabedoria aumenta com a idade, é do processo de aquisição do conhecimento que se fala e não da sabedoria ou saber prático, que oferece resposta para os dilemas do quotidiano. Ser idoso não é uma condição suficiente para a emergência da sabedoria, como apontam os estereótipos, mas parece contribuir bastante. A questão que se coloca é se a sabedoria tradicionalmente associada aos idosos, pode ser concetualizada em termos inteletuais ou se ela remete para o saber prático, que confronta o indivíduo com uma realidade que dele exige respostas para situações concretas.USP2015-02-20T10:55:02Z2015-02-202014-07-21T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://hdl.handle.net/10174/12732http://hdl.handle.net/10174/12732porMendes, F. - Intervenção com o título: Sabedoria e envelhecimento: A arte de sobreviver em diferentes mundos. 12ª Conferência Internacional de Representações Sociais (CIRS). 21 de julho de 2014, S. Paulo/Br.naosimnaofm@uevora.pt687Mendes, Felisminainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T18:57:45Zoai:dspace.uevora.pt:10174/12732Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:06:21.481809Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Sabedoria e envelhecimento: A arte de sobreviver em diferentes mundos |
title |
Sabedoria e envelhecimento: A arte de sobreviver em diferentes mundos |
spellingShingle |
Sabedoria e envelhecimento: A arte de sobreviver em diferentes mundos Mendes, Felismina Envelhecimento sabedoria saber prático senso comum |
title_short |
Sabedoria e envelhecimento: A arte de sobreviver em diferentes mundos |
title_full |
Sabedoria e envelhecimento: A arte de sobreviver em diferentes mundos |
title_fullStr |
Sabedoria e envelhecimento: A arte de sobreviver em diferentes mundos |
title_full_unstemmed |
Sabedoria e envelhecimento: A arte de sobreviver em diferentes mundos |
title_sort |
Sabedoria e envelhecimento: A arte de sobreviver em diferentes mundos |
author |
Mendes, Felismina |
author_facet |
Mendes, Felismina |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mendes, Felismina |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Envelhecimento sabedoria saber prático senso comum |
topic |
Envelhecimento sabedoria saber prático senso comum |
description |
Analisar as práticas, no campo do envelhecimento, da saúde ou outro, envolve o questionamento sobre a existência da sabedoria ou de um saber prático. Tendo como eixo o senso comum, a sabedoria prática caracteriza-se por uma pluralidade e por uma não-compartimentalização do conhecimento que surge lentamente das experiências quotidianas, do sofrimento ao prazer. Esta sabedoria (prática), não se reduz a uma prática específica no sentido de ação, mas incorpora sentidos, significados e valores provenientes da experiência. A sabedoria é sempre mediada pelo contexto cultural ou interpessoal e a sua análise remete sempre para dimensões em que, inevitavelmente, os condicionamentos socioculturais marcam presença. Ao refeltir sobre a sabedoria importa reter não apenas os processos cognitivos favoráveis à “aquisição” da mesma, mas também analisar como se processa/estabelece a ligação da sabedoria à ação, ou seja como é que a ação se relaciona com a sabedoria e como é que a sabedoria se expressa na ação. Para se perspetivar/reconhecer a sabedoria como um saber prático, tem que se superar a cisão entre contemplação e ação, através de uma valorização da praxis individual, nos mais diversos campos/contextos. Quando se afirma que a probabilidade da ocorrência da sabedoria aumenta com a idade, é do processo de aquisição do conhecimento que se fala e não da sabedoria ou saber prático, que oferece resposta para os dilemas do quotidiano. Ser idoso não é uma condição suficiente para a emergência da sabedoria, como apontam os estereótipos, mas parece contribuir bastante. A questão que se coloca é se a sabedoria tradicionalmente associada aos idosos, pode ser concetualizada em termos inteletuais ou se ela remete para o saber prático, que confronta o indivíduo com uma realidade que dele exige respostas para situações concretas. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-07-21T00:00:00Z 2015-02-20T10:55:02Z 2015-02-20 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/conferenceObject |
format |
conferenceObject |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10174/12732 http://hdl.handle.net/10174/12732 |
url |
http://hdl.handle.net/10174/12732 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Mendes, F. - Intervenção com o título: Sabedoria e envelhecimento: A arte de sobreviver em diferentes mundos. 12ª Conferência Internacional de Representações Sociais (CIRS). 21 de julho de 2014, S. Paulo/Br. nao sim nao fm@uevora.pt 687 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
USP |
publisher.none.fl_str_mv |
USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136548680105984 |