Doença de Legg-Calvé-Perthes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/5343 |
Resumo: | A doença de Legg-Calvé-Perthes, também conhecida como osteocondrite deformante juvenil e descrita pela primeira vez no início do século XX, teve o seu nome em honra dos cirurgiões ortopédicos Arthur Legg, Jacques Calvé e Georg Perthes. Merecedora de destaque em idades pediátricas pela deformação femoral que provoca, a doença de Perthes permanece como uma das condições mais controversas em pediatria ortopédica, afetando principalmente crianças entre os 2 e os 12 anos de idade. Com uma etiologia provavelmente multifatorial, uma interrupção do aporte sanguíneo para a cabeça do fémur, a qual produz uma necrose isquémica, parece ser o evento catalisador das mudanças estruturais subjacentes à doença. Apesar do amplo debate acerca da sua abordagem diagnóstica e terapêutica idónea, sabe-se hoje que, se não tratada convenientemente, poderá resultar em perda da esfericidade da cabeça femoral, com possível desenvolvimento de dor, limitação da amplitude de movimentos, instabilidade da anca e, em última instância, osteoartrite precoce da anca. O seu tratamento consiste em evitar a deformação irreversível da cabeça femoral, mantendo-a centrada no acetábulo. Assim sendo, um diagnóstico precoce torna-se imperativo. Perante um quadro suspeito, a radiografia simples da anca em incidência ântero-posterior e lateral em posição de Lauenstein poderá ser suficiente para que se estabeleça um diagnóstico correto, permitindo também a estratificação do estágio e extensão da doença. Atualmente, o tratamento padrão baseia-se no método da contenção, seja cirúrgica ou não cirúrgica. Embora este método produza resultados satisfatórios, principalmente em crianças mais novas, a crescente compreensão no que respeita à fisiopatologia da doença tem tornado possível o debate acerca de novas abordagens terapêuticas que visam atuar em diferentes fases da história natural da doença. Para além de serem menos invasivas, estas novas abordagens poderão, no futuro, proporcionar um tratamento curativo para a doença de Legg-Calvé-Perthes. |
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Doença de Legg-Calvé-PerthesUma revisão atualizadaDisplasia da AncaDoença de Legg-Calvé-PerthesDoença de PerthesOsteocondrite Deformante JuvenilOsteonecrose AvascularDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaA doença de Legg-Calvé-Perthes, também conhecida como osteocondrite deformante juvenil e descrita pela primeira vez no início do século XX, teve o seu nome em honra dos cirurgiões ortopédicos Arthur Legg, Jacques Calvé e Georg Perthes. Merecedora de destaque em idades pediátricas pela deformação femoral que provoca, a doença de Perthes permanece como uma das condições mais controversas em pediatria ortopédica, afetando principalmente crianças entre os 2 e os 12 anos de idade. Com uma etiologia provavelmente multifatorial, uma interrupção do aporte sanguíneo para a cabeça do fémur, a qual produz uma necrose isquémica, parece ser o evento catalisador das mudanças estruturais subjacentes à doença. Apesar do amplo debate acerca da sua abordagem diagnóstica e terapêutica idónea, sabe-se hoje que, se não tratada convenientemente, poderá resultar em perda da esfericidade da cabeça femoral, com possível desenvolvimento de dor, limitação da amplitude de movimentos, instabilidade da anca e, em última instância, osteoartrite precoce da anca. O seu tratamento consiste em evitar a deformação irreversível da cabeça femoral, mantendo-a centrada no acetábulo. Assim sendo, um diagnóstico precoce torna-se imperativo. Perante um quadro suspeito, a radiografia simples da anca em incidência ântero-posterior e lateral em posição de Lauenstein poderá ser suficiente para que se estabeleça um diagnóstico correto, permitindo também a estratificação do estágio e extensão da doença. Atualmente, o tratamento padrão baseia-se no método da contenção, seja cirúrgica ou não cirúrgica. Embora este método produza resultados satisfatórios, principalmente em crianças mais novas, a crescente compreensão no que respeita à fisiopatologia da doença tem tornado possível o debate acerca de novas abordagens terapêuticas que visam atuar em diferentes fases da história natural da doença. Para além de serem menos invasivas, estas novas abordagens poderão, no futuro, proporcionar um tratamento curativo para a doença de Legg-Calvé-Perthes.Also known as osteochondritis deformans juvenilis, Legg-Calve-Perthes disease, described for the first time in the beginning of the 20th century, had its name in honor of the orthopedic surgeons Arthur Legg, Jacques Calvé and Georg Perthes. Deserving a special standout for the femoral deformation that it induces, Perthes disease remains as one of the most controversial conditions in orthopedic pediatrics, mainly affecting children between 2 and 12 years old. With a probable multifactorial etiology, an interruption of the blood supply to the femoral head, which produces an ischemic necrosis, seems to be the catalyzing event of the structural changes underlying the disease. Despite the wide debate about its proper diagnostic and therapeutic approach, it’s known today that, if not conveniently managed, could end up in loss of the femoral head’s sphericity, with possible development of pain, limited range of motion, hip instability and, ultimately, early osteoarthritis of the hip. The treatment’s main goal is to avoid irreversible deformation of the femoral head, by keeping it centered in the acetabulum in order to preserve the hip mobility. Consequently, an early diagnosis becomes imperative. Before a suspicious case, a plain radiography of the hip in anteroposterior and lateral projection in Lauenstein’s position could be enough to establish an accurate diagnosis, also allowing stratification of the disease’s stage and extension. Currently, standard treatment is based on the contention method, whether it is surgical or non-surgical. Although this method produces satisfactory results, particularly in younger children, the growing understanding regarding the physiopathology of the disease has made possible the debate about new therapeutic approaches that aim to act in different phases of the disease’s natural history. In addition to being less invasive, this new approaches may, in the future, provide a curative treatment for Legg-Calve-Perthes disease.Nunes, Jorge Fernando PonuBibliorumNascimento, Cláudia Silvana de Sousa do2018-07-23T15:20:38Z2016-5-22016-06-292016-06-29T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5343TID:201773651porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:43:10Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5343Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:16.794500Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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