Fórum CIMO - Ciência e Desenvolvimento 2012: livro de atas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CIMO
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/7859
Resumo: Esta publicação integra trabalhos apresentados no Fórum CIMO - Ciência e Desenvolvimento 2012, realizado em Bragança em novembro de 2012.A Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança foi criada para atender ao desenvolvimento dos sistemas agrícolas no interior norte de Portugal a par do ensino superior agrícola e à transferência de tecnologia para os empresários agrícolas que aqui desenvolvem a sua atividade. Na realidade, o território nacional, embora de pequena dimensão, apresenta contudo uma variedade de sistemas de agricultura muito diferenciados, que resultam da sua posição latitudinal, extensão no sentido norte-sul e uma fisiografia peculiar, pois o cordão montanhoso de Montejunto estrela faz uma divisória norte-sul que é decisiva no clima, sendo por isso a influência mediterrânea mais acentuada nas regiões do sul. Por outro lado, a divisória orográfica que se estende para norte do sistema montanhoso atrás referido, acentua no norte e no centro do país uma dicotomia litoral interior, acentuando-se a xerofilia estival para o interior, aproximando estes territórios das condições mediterrâneas que dominam no sul. Em face desta distribuição latitudinal e do litoral para o interior, acresce que estes territórios são caracterizados por uma fisiografia muito diversificada que vem introduzir uma enorme variabilidade nos ecossistemas que aqui se desenvolvem. Como consequência, os sistemas de agricultura são extremamente variados o que coloca enormes desafios para a sua racional exploração. Por outro lado, a grande parte destas áreas encontram-se em zonas de montanha, o que faz aumentar ainda mais a variabilidade apontada. A este autêntico mosaico de culturas tão típico destes territórios do nordeste de Portugal está associado uma riqueza agrícola enorme, embora associada a pequenas produções. Em face de tamanha complexidade em boa hora a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança lançou mãos à obra e propôs à Fundação de Ciência e Tecnologia a criação de um Centro de Investigação de Montanha, única forma de atender ao desenvolvimento dos sistemas de agricultura em presença. Esta realidade foi apenas possível devido ao percurso académico que esta Escola realizou, uma vez que lançou desde muito cedo um programa de doutoramentos dos mais ambiciosos do País, que lhe garantiu os créditos científicos indispensáveis para o êxito desta candidatura. Foi esta estratégia que lhe permitiu alcançar as condições indispensáveis para que o Centro de Investigação de Montanha seja a realidade que hoje é. O Forum CIMO-Ciência e Desenvolvimento representa o estado do desenvolvimento da investigação nas principais áreas de estudo em que o CIMO desenvolve a sua atividade: Gestão de ecossistemas e qualidade ambiental; Sustentabilidade de sistemas florestais e agroflorestais; Tecnologia e qualidade dos produtos de montanha; Valorização dos sistemas ago-pecuários de montanha-olival; Valorização dos sistemas agro-pecuários de montanha-pastagens e produção animal; Conservação e monitorização da biodiversidade e Valorização dos sistemas agropecuários de montanha-outros sistemas. Estão representadas as áreas de estudo que constituem os pilares fundamentais de atuação do CIMO em relação aos principias ecossistemas em presença: zonas de agricultura mais ou menos intensiva, áreas florestais e zonas que foram progressivamente abandonadas pela agricultura. Completam esta análise integrada os aspetos ligados à tecnologia e qualidade dos produtos de montanha e aos aspetos da interação entre o homem e o ambiente. O CIMO, ao longo destes dois dias de trabalho debate temas da maior importância para o desenvolvimento sustentado das zonas de montanha, numa abordagem multidisciplinar, rigor científico, abertura internacional e envolvimento com a comunidade regional. Está bem patente o enorme acervo técnico e científico que dispõe este Centro de Investigação sobre as áreas de montanha do nosso país e do NE em particular e que são o garante do desenvolvimento harmonioso destes territórios, bem como a manutenção dos ecossistemas de grande qualidade ambiental que aí se encontram. Espero que esta iniciativa contribua para o aprofundamento sobre o conhecimento das complexas interações entre os vários ecossistemas em presença, de forma a que, aqueles que têm a responsabilidade de os gerir, fiquem mais capacitados para o fazer, tendo sempre em atenção a futura sustentabilidade de tamanha riqueza ambiental que estes territórios encerram.
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Por outro lado, a divisória orográfica que se estende para norte do sistema montanhoso atrás referido, acentua no norte e no centro do país uma dicotomia litoral interior, acentuando-se a xerofilia estival para o interior, aproximando estes territórios das condições mediterrâneas que dominam no sul. Em face desta distribuição latitudinal e do litoral para o interior, acresce que estes territórios são caracterizados por uma fisiografia muito diversificada que vem introduzir uma enorme variabilidade nos ecossistemas que aqui se desenvolvem. Como consequência, os sistemas de agricultura são extremamente variados o que coloca enormes desafios para a sua racional exploração. Por outro lado, a grande parte destas áreas encontram-se em zonas de montanha, o que faz aumentar ainda mais a variabilidade apontada. A este autêntico mosaico de culturas tão típico destes territórios do nordeste de Portugal está associado uma riqueza agrícola enorme, embora associada a pequenas produções. Em face de tamanha complexidade em boa hora a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança lançou mãos à obra e propôs à Fundação de Ciência e Tecnologia a criação de um Centro de Investigação de Montanha, única forma de atender ao desenvolvimento dos sistemas de agricultura em presença. Esta realidade foi apenas possível devido ao percurso académico que esta Escola realizou, uma vez que lançou desde muito cedo um programa de doutoramentos dos mais ambiciosos do País, que lhe garantiu os créditos científicos indispensáveis para o êxito desta candidatura. Foi esta estratégia que lhe permitiu alcançar as condições indispensáveis para que o Centro de Investigação de Montanha seja a realidade que hoje é. O Forum CIMO-Ciência e Desenvolvimento representa o estado do desenvolvimento da investigação nas principais áreas de estudo em que o CIMO desenvolve a sua atividade: Gestão de ecossistemas e qualidade ambiental; Sustentabilidade de sistemas florestais e agroflorestais; Tecnologia e qualidade dos produtos de montanha; Valorização dos sistemas ago-pecuários de montanha-olival; Valorização dos sistemas agro-pecuários de montanha-pastagens e produção animal; Conservação e monitorização da biodiversidade e Valorização dos sistemas agropecuários de montanha-outros sistemas. Estão representadas as áreas de estudo que constituem os pilares fundamentais de atuação do CIMO em relação aos principias ecossistemas em presença: zonas de agricultura mais ou menos intensiva, áreas florestais e zonas que foram progressivamente abandonadas pela agricultura. Completam esta análise integrada os aspetos ligados à tecnologia e qualidade dos produtos de montanha e aos aspetos da interação entre o homem e o ambiente. O CIMO, ao longo destes dois dias de trabalho debate temas da maior importância para o desenvolvimento sustentado das zonas de montanha, numa abordagem multidisciplinar, rigor científico, abertura internacional e envolvimento com a comunidade regional. Está bem patente o enorme acervo técnico e científico que dispõe este Centro de Investigação sobre as áreas de montanha do nosso país e do NE em particular e que são o garante do desenvolvimento harmonioso destes territórios, bem como a manutenção dos ecossistemas de grande qualidade ambiental que aí se encontram. Espero que esta iniciativa contribua para o aprofundamento sobre o conhecimento das complexas interações entre os vários ecossistemas em presença, de forma a que, aqueles que têm a responsabilidade de os gerir, fiquem mais capacitados para o fazer, tendo sempre em atenção a futura sustentabilidade de tamanha riqueza ambiental que estes territórios encerram.Instituto Politécnico de BragançaBiblioteca Digital do IPBCIMO2013-01-08T09:29:14Z20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/7859porCIMO (2012) – Fórum CIMO - Ciência e Desenvolvimento 2012: livro de atas. Bragança: Instituto Politécnico de Bragança. 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