Espaços infraestruturais e vacância

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, João Rafael
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.5/17683
Resumo: A formação do território metropolitano de Lisboa assentou numa complexa articulação entre o suporte fisiográfico e hidrográfico e o traçado de diversas redes infraestruturais, nomeadamente rodoviárias e ferroviárias, aterros e espaços portuários, limites e estruturas militares. Dessa articulação resultaram espaços de interface com tecidos urbanos de diversa natureza. A sua reconstituição e interpretação cartográfica permite descodificar as lógicas subjacentes aos processos de territorialização que, frequentemente, coexistem e se sobrepõem, resultantes também de alterações de uso e de racionalidade programática. Numa perspetiva diacrónica, revelam -se os traços da sua transformação: adições, justaposições, mas também persistências, subtrações e demolições. Alguns resultam fragmentados e desagregados, restos de estruturas que se perderam no esteio de mudanças tecnológicas e funcionais, descontinuados no espaço e no tempo. Espaços vacantes na atualidade, constituem áreas de oportunidade para intervenções tópicas, temporárias e imprevistas em lógicas de maior formalidade. Neste sentido, o artigo propõe uma leitura dos processos de infraestruturação do território metropolitano de Lisboa, focando -se no solo portuário e industrial e nas coroas de circulação, demarcação militar e equipamento da capital, articulando -a com o reconhecimento de espaços vacantes na atualidade. A partir desse confronto, propõe -se uma interpretação territorializada das relações entre infraestruturação e produção de vacâncias segundo uma pauta tipológica e temporal.
id RCAP_c4497844d323062bd1e765af84e4119f
oai_identifier_str oai:www.repository.utl.pt:10400.5/17683
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Espaços infraestruturais e vacânciaTraços diacrónicos na formação do terriotório metropolitano de LisboaInfraestruturasEspaços vacantesÁreas metropolitanasLisboaInfrastructuresVacant spacesMetropolitan areasLisbonInfrastructuresLieux vacantsAires métropolitaineLisbonneA formação do território metropolitano de Lisboa assentou numa complexa articulação entre o suporte fisiográfico e hidrográfico e o traçado de diversas redes infraestruturais, nomeadamente rodoviárias e ferroviárias, aterros e espaços portuários, limites e estruturas militares. Dessa articulação resultaram espaços de interface com tecidos urbanos de diversa natureza. A sua reconstituição e interpretação cartográfica permite descodificar as lógicas subjacentes aos processos de territorialização que, frequentemente, coexistem e se sobrepõem, resultantes também de alterações de uso e de racionalidade programática. Numa perspetiva diacrónica, revelam -se os traços da sua transformação: adições, justaposições, mas também persistências, subtrações e demolições. Alguns resultam fragmentados e desagregados, restos de estruturas que se perderam no esteio de mudanças tecnológicas e funcionais, descontinuados no espaço e no tempo. Espaços vacantes na atualidade, constituem áreas de oportunidade para intervenções tópicas, temporárias e imprevistas em lógicas de maior formalidade. Neste sentido, o artigo propõe uma leitura dos processos de infraestruturação do território metropolitano de Lisboa, focando -se no solo portuário e industrial e nas coroas de circulação, demarcação militar e equipamento da capital, articulando -a com o reconhecimento de espaços vacantes na atualidade. A partir desse confronto, propõe -se uma interpretação territorializada das relações entre infraestruturação e produção de vacâncias segundo uma pauta tipológica e temporal.ABSTRACT: Lisbon’s metropolitan territory was shaped by a complex interaction between its physiographic and hydrographic features and the laying of multiple infrastructural networks, namely roads, railroads, ports and landfills, various boundaries and military facilities. This interaction resulted in interfacial spaces with various types of urban fabric. The cartographic interpretation of these interfacial spaces provides insight into the logics underlying their contribution to wider territorial processes, namely those of addition, juxtaposition, persistence, subtraction and demolition. This resulted in fragmented and splintered spaces, remains of structures lost in the wake of technological and functional changes, discontinued in both in space and time. Many became today’s vacant spaces; they are realms of opportunity for topical and transitional interventions, unanticipated by formal rationales. In this context, the paper provides a reading of the processes of infrastructural development of the metropolitan territory of Lisbon, focusing on port and industrial land and the belt structures defined by military perimeters, ring transportation and major urban facilities.RESUMÉ: Cette formation résulte d’une articulation complexe entre sa base physiographique et hydrographique et le tracé des divers réseaux infrastructurels, surtout rodoviaires et ferroviaires, des remblais et espaces portuaires, et des limites et espaces militaires. Il en résulte des tissus urbains de natures diverses. Leur reconstitution et leur interprétation cartographique permettent de comprendre les logiques sous -jacentes aux processus de territorialisation, lesquels coexistent et se superposent fréquemment, et résultent aussi des modifications de leur usage et des normes programmatiques. Une vision temporelle révèle les aspects de cette transformation spatiale : ajouts et juxtapositions, mais aussi persistances, soustractions et démolitions. Il peut en résulter des fragments désagrégés, des restes de structures abandonnées à cause de modifications technologiques ou fonctionnelles, ou encore des discontinuités spatiales ou temporelles. Les espaces vacants actuels offrent des lieux propices aux interventions spécifiques et temporaires, difficiles à prévoir dans un cadre logique et formel. On propose donc une lecture des processus de infrastructuration du territoire métropolitain de Lisbonne, en insistant sur les espaces portuaires et industriels, sur les ceintures de circulation, sur les démarcations militaires et les monumentales de la capitale, sans oublier leur rapport avec les espaces vacants actuels. Ce qui permet d’offrir une interprétation typologique et temporelle des rapports qui lient les infrastructures aux lieux vacants.CEG. Centro de Estudos GeográficosRepositório da Universidade de LisboaSantos, João Rafael2019-04-02T12:43:04Z2018-052018-05-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/17683porSANTOS, João Rafael - Espaços infraestruturais e vacância : traços diacrónicos na formação do terriotório metropolitano de Lisboa. - Lisboa : GEG. Centro de Estudos Geográficos. 2018, pp. 135-1390430-502710.18055Finis12057info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-06T14:47:21Zoai:www.repository.utl.pt:10400.5/17683Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:02:50.481384Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Espaços infraestruturais e vacância
Traços diacrónicos na formação do terriotório metropolitano de Lisboa
title Espaços infraestruturais e vacância
spellingShingle Espaços infraestruturais e vacância
Santos, João Rafael
Infraestruturas
Espaços vacantes
Áreas metropolitanas
Lisboa
Infrastructures
Vacant spaces
Metropolitan areas
Lisbon
Infrastructures
Lieux vacants
Aires métropolitaine
Lisbonne
title_short Espaços infraestruturais e vacância
title_full Espaços infraestruturais e vacância
title_fullStr Espaços infraestruturais e vacância
title_full_unstemmed Espaços infraestruturais e vacância
title_sort Espaços infraestruturais e vacância
author Santos, João Rafael
author_facet Santos, João Rafael
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório da Universidade de Lisboa
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, João Rafael
dc.subject.por.fl_str_mv Infraestruturas
Espaços vacantes
Áreas metropolitanas
Lisboa
Infrastructures
Vacant spaces
Metropolitan areas
Lisbon
Infrastructures
Lieux vacants
Aires métropolitaine
Lisbonne
topic Infraestruturas
Espaços vacantes
Áreas metropolitanas
Lisboa
Infrastructures
Vacant spaces
Metropolitan areas
Lisbon
Infrastructures
Lieux vacants
Aires métropolitaine
Lisbonne
description A formação do território metropolitano de Lisboa assentou numa complexa articulação entre o suporte fisiográfico e hidrográfico e o traçado de diversas redes infraestruturais, nomeadamente rodoviárias e ferroviárias, aterros e espaços portuários, limites e estruturas militares. Dessa articulação resultaram espaços de interface com tecidos urbanos de diversa natureza. A sua reconstituição e interpretação cartográfica permite descodificar as lógicas subjacentes aos processos de territorialização que, frequentemente, coexistem e se sobrepõem, resultantes também de alterações de uso e de racionalidade programática. Numa perspetiva diacrónica, revelam -se os traços da sua transformação: adições, justaposições, mas também persistências, subtrações e demolições. Alguns resultam fragmentados e desagregados, restos de estruturas que se perderam no esteio de mudanças tecnológicas e funcionais, descontinuados no espaço e no tempo. Espaços vacantes na atualidade, constituem áreas de oportunidade para intervenções tópicas, temporárias e imprevistas em lógicas de maior formalidade. Neste sentido, o artigo propõe uma leitura dos processos de infraestruturação do território metropolitano de Lisboa, focando -se no solo portuário e industrial e nas coroas de circulação, demarcação militar e equipamento da capital, articulando -a com o reconhecimento de espaços vacantes na atualidade. A partir desse confronto, propõe -se uma interpretação territorializada das relações entre infraestruturação e produção de vacâncias segundo uma pauta tipológica e temporal.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-05
2018-05-01T00:00:00Z
2019-04-02T12:43:04Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.5/17683
url http://hdl.handle.net/10400.5/17683
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv SANTOS, João Rafael - Espaços infraestruturais e vacância : traços diacrónicos na formação do terriotório metropolitano de Lisboa. - Lisboa : GEG. Centro de Estudos Geográficos. 2018, pp. 135-139
0430-5027
10.18055Finis12057
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv CEG. Centro de Estudos Geográficos
publisher.none.fl_str_mv CEG. Centro de Estudos Geográficos
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131118714224640